Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Polémicas em torno de questões linguísticas.
Linguagem não-binária: pró e contra
A propósito emprego do termo "todes"

A polémica nasceu no Brasil com a adoção, pelo recém-reaberto Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo do pronome neutro (sem género) nos seus perfis nas redes sociais, com um post em que aparece grafado o termo "todes", em vez de todos ou de todas.

 

CfLinguagem não-binária: o reconhecimento de um grupo dentro da língua portuguesa vs. Identitários são pequenos tiranos e negacionistas da cultura e da língua portuguesa.

Linguagem não-binária: o reconhecimento de um grupo <br>dentro da língua portuguesa
Sobre a palavra “todes", em vez dos pronomes «todos» e «todas»
reabertura do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, trouxe à tona discussões sobre a adesão do espaço cultural à linguagem não-binária.
 
Artigo transcrito, com a devida vénia, do jornal brasileiro Folha de Pernambuco do dia 9 de agosto de 2021. Manteve-se a especificidade ortográfica do original. 
 
Cf. Vide, como contraponto deste ponto de vista, o artigo Identitários são pequenos tiranos e negacionistas da cultura e da língua portuguesa cultura e da língua portuguesa + Secretário especial da Cultura do governo de Bolsonaro critica o emprego de "todes" no Museu da Língua Portuguesa + Linguagem não-binária: pró e contra
Identitários são pequenos tiranos e negacionistas <br>da cultura e da língua portuguesa
Sobre o termo "todes" usado no Museu da Língua Portuguesa
«A obsessão pela busca de uma língua “neutra”–  escreve o autor, neste artigo transcrito do portal brasileiro R7, do dia 9 de agosto de 2021 – frequentemente esbarra no ridículo – e na mais absoluta inutilidade. Na verdade, querem contemplar questões de gêneros – que não param de se multiplicar.»
 
A arte da respiração
Dos erros ortográficos à pontuação
Artigo* do autor sobre quantos, na sua opinião, «olham para o português apenas a partir de Portugal e o convertem num objecto de culto (para esses, o português de Portugal deveria manter-se inalterável através dos séculos, como no tempo das danças religiosas medievais)». 

 

*in revista Sábado de 1 de agosto de 2021, escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

 

 
Os anglomaníacos
Idiotas úteis do imperialismo americano

 «Por mais nefasta que seja, a política americana tem a seu favor o mérito da coerência: qualquer império, mesmo que espiritual, procura defender os seus interesses. Washington sabe perfeitamente que a DisneyNetflixApple e outras constituem os melhores meios para conquistar espíritos e escoar as suas mercadorias. Não poderemos dizer o mesmo da União Europeia que, apesar do Brexit, continua a estender o tapete vermelho ao inglês.»

Artigo do jornalista francês Michel Feltin-Palas, publicado originalmente na revista L'Express, no dia  29/06/2021, abordando a questão do domínio da língua inglesa no mundo

A língua portuguesa está em decadência?
A ideia de o português andar pior do que nunca

«A ideia da decadência linguística é simples: estamos a falar pior, a comer letras, a usar menos palavras, a reduzir a complexidade... É uma ideia baseada nas impressões individuais e no ouvir dizer. Ouvimos tanta gente dizer tal coisa que só pode ser verdade. Mais: ouvimos tanta gente a falar mal!» A partir desta premissa, o professor universitário e tradutor Marco Neves,  em crónica incluída no portal SAPO24 em 11 de julho de 2021, desmonta a ideia do que será uma língua em decadência, mostrando que tal não acontece com a língua portuguesa. 

Há racismo editorial no mundo literário em língua portuguesa?
O privilégio de que alguns escritores africanos gozam

«Não é novidade que os escritores africanos negros dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) têm mais dificuldades de publicar no estrangeiro se comparados aos seus pares brancos ou mestiços. Mia Couto, de Moçambique, ou José Agualusa, de Angola, por exemplo, têm sido uma espécie de "porta-bandeira" dos seus países na arena editorial internacional», escreve a linguista, escritora e jornalista moçambicana Nadia Issufo, nesta peça publicada no portal da Deutsche Welle no dia 25 de junho de 2021.

Os professores de português e o “porém” de Vasco Palmeirim
Da evolução terminológica e da formação de professores

Uma pergunta do programa Joker da RTP1 deu azo à reflexão da professora Lúcia Vaz Pedro sobre a evolução da terminologia gramatical em contexto escolar e sobre a formação dos professores. 

Outra Literatura Portuguesa
A reinterpretação do cânone à luz de novos princípios

«A ausência de discussão explícita e consistente sobre o Portugal pós-colonial tem expressão no plano nacional de leitura, nos curricula do ensino básico e secundário e no modo como a literatura portuguesa é tratada pelas instituições. A visibilidade pública da literatura portuguesa não-branca pós-colonial, sobre como estes autores olham o seu Portugal, é quase inexistente», afirma a professora universitária Ana Paula Dourado, que alerta para a necessidade de reinterpretar o cânone literário. Artigo incluído na edição digital do semanário Expresso em 7 de junho de 2021, a seguir transcrito integralmente, com a devida vénia.

 

Afinal, existe ou não existe erro de português?
Linguística e gramática normativa

Em artigo publicado no mural Língua e Tradição no Facebook em 23 de maio de 2021, o linguista brasileiro Aldo Bizzocchi assinala que «[u]m dos pontos de maior tensão entre linguistas e gramáticos é a questão do chamado erro de português» e acrescenta: «A polêmica sobre esse assunto é tão grande que alguns linguistas chegam a taxar a gramática normativa de elitista e opressora, assim como certos gramáticos acusam a linguística de ser uma espécie de vale-tudo em matéria de língua.»