Uma pergunta do programa Joker da RTP1 deu azo à reflexão da professora Lúcia Vaz Pedro sobre a evolução da terminologia gramatical em contexto escolar e sobre a formação dos professores.
Uma pergunta do programa Joker da RTP1 deu azo à reflexão da professora Lúcia Vaz Pedro sobre a evolução da terminologia gramatical em contexto escolar e sobre a formação dos professores.
«A ausência de discussão explícita e consistente sobre o Portugal pós-colonial tem expressão no plano nacional de leitura, nos curricula do ensino básico e secundário e no modo como a literatura portuguesa é tratada pelas instituições. A visibilidade pública da literatura portuguesa não-branca pós-colonial, sobre como estes autores olham o seu Portugal, é quase inexistente», afirma a professora universitária Ana Paula Dourado, que alerta para a necessidade de reinterpretar o cânone literário. Artigo incluído na edição digital do semanário Expresso em 7 de junho de 2021, a seguir transcrito integralmente, com a devida vénia.
Em artigo publicado no mural Língua e Tradição no Facebook em 23 de maio de 2021, o linguista brasileiro Aldo Bizzocchi assinala que «[u]m dos pontos de maior tensão entre linguistas e gramáticos é a questão do chamado erro de português» e acrescenta: «A polêmica sobre esse assunto é tão grande que alguns linguistas chegam a taxar a gramática normativa de elitista e opressora, assim como certos gramáticos acusam a linguística de ser uma espécie de vale-tudo em matéria de língua.»
«As línguas que têm ortografia unificada continuam a ter registos diversos e as que não têm ortografia unificada continuam a ter um idioma-padrão compreendido por toda a gente.Não é megalomania entender esta realidade.» Réplica do historiador e político Rui Tavares a uma nova crónica de Sérgio Rodrigues (Folha de S. Paulo, 19 de maio de 2021) e a um artigo de Nuno Pacheco (Público, 20 de maio de 2021), no contexto do debate à volta do sentido que tem atualmente a ideia de lusofonia e de unidade linguística.
Em 18 de fevereiro de 2021, a investigadora luso-cabo-verdiana Vanusa Vera-Cruz Lima, doutoranda da universidade americana de Massachussetts Dartmouth, identificou passagens racistas em Os Maias, de Eça Queirós, e defendeu a necessidade de as edições escolares as assinalarem em notas pedagógicas. Semanas mais tarde, uma notícia sobre o assunto desencadeava alguma polémica em Portugal.
Sobre a notícia dada pela agência Lusa da palestra de Vanusa Vera-Cruz Lima, o jornalista Luís Miguel Queirós assinou no jornal Público do dia 3 de abril de 2021 um trabalho com a opinião de quatro especialistas portugueses em estudos literários e na obra queirosiana.
Vide, ainda, o artigo de opinião Eça de Queiroz, "Os Maias" e uma pergunta sobre racismo, da autoria de Carlos Maria Bobone, no jornal digital Observador de 21 de fevereiro de 2021.
Os reparos da investigadora luso-cabo-verdiana Vanusa Vera-Cruz Lima, da universidade americana de Massachussetts Dartmouth, sobre passagens de teor racista do conhecido romance de Eça de Queirós Os Maias – o que, na sua opinião, justificavam uma nota pedagógica nas edições escolares do romance [texto aqui] – comentados por quatro especialistas em literatura e no ensino da obra-prima queirosiana: Abel Barros Baptista, Isabela Figueiredo, Raquel Ribeiro e Victor Mendes*. Vide, ainda, o artigo de opinião Eça de Queiroz, "Os Maias" e uma pergunta sobre racismo, da autoria de Carlos Maria Bobone, no jornal digital Observador de 21 de fevereiro de 2021.
* Trabalho assinado pelo jornalista Luís Miguel Queirós, incluído no jornal Público em 3 de abril de 2021, a seguir transcrito. Texto escrito conforme a norma ortográfica de 1945.
«A ideia deste artigo é defender uma forma específica do ato de ensinar fundante. Assim como o locus icónico do cientista da natureza é o seu laboratório, o habitat natural clássico do professor de humanidades é a sala de aula.» Assim se refere o investigador Roberto della Santa ao ensino presencial no contexto universitário, ao mesmo tempo que tece críticas ao ensino à distância.
Artigo de opinião incluído na edição de 28 de março de 2021 do jornal Público.
População trabalhadora, em vez de «os trabalhadores», pessoas desempregada em substituição de «os desempregados» e grupo de pensionistas no lugar de «os pensionistas» são algumas das propostas constantes do novo manual de comunicação do Conselho Económico e Social, visando a neutralidade linguística e inclusiva. As razões destas alterações, ainda em discussão (polémica) interna no organismo de concertação social português, segundo o respetivo presidente, o sociólogo Francisco Assis – nesta notícia assinada pela jornalista Rosa Pedroso Lima, publicada no semanário Expresso de 12 de março de 2021 .
« [N]ão creio que a pronúncia em voga venha de qualquer variante portuguesa, ainda que incorreta» – sustenta o neurocirurgião Martins Campos a respeito da pronúncia de vacina como "vàcina", com a aberto átono.
Publicação do autor no seu mural do Facebook em 14 de março de 2021.
«Vanusa Vera-Cruz Lima considera que a obra deve incluir "um comentário pedagógico", para que a questão racial não seja ignorada. A Associação de Professores de Português (APP) considera que uma leitura implica a análise dos preconceitos raciais do discurso narrativo e contexto histórico.»
Notícia da agência Lusa, publicada em 7 de março no Diário de Notícias.
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