«A ausência de discussão explícita e consistente sobre o Portugal pós-colonial tem expressão no plano nacional de leitura, nos curricula do ensino básico e secundário e no modo como a literatura portuguesa é tratada pelas instituições. A visibilidade pública da literatura portuguesa não-branca pós-colonial, sobre como estes autores olham o seu Portugal, é quase inexistente», afirma a professora universitária Ana Paula Dourado, que alerta para a necessidade de reinterpretar o cânone literário. Artigo incluído na edição digital do semanário Expresso em 7 de junho de 2021, a seguir transcrito integralmente, com a devida vénia.