Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Variedades linguísticas
Adriana Carvalho Doméstica Rio de Janeiro, Brasil 7K

Na frase «O empregado julgou tratar-se de um demente», a linguagem utilizada nesta frase é formal, ou informal?

Desde já, obrigada.

Victor Ferreira Jornalista Lisboa, Portugal 17K

Há não muito tempo, falando com nativos de Lisboa, disse «ides acompanhar [o jantar] com o quê?». Riram-se muito, porque, segundo eles, é uma formulação em desuso em Lisboa, onde supostamente se diria «vão acompanhar... com o quê?». Pergunto se alguma das formulações é mais correcta que outra e se há explicação para esta suposta diferença de utilização do verbo ir. E, já agora, se há alguma que seja mais formal/informal que outra, isto é, «vós ides» é mais formal/informal que «vocês vão»?

Obrigado.

José Romildo de Oliveira Lima Jornalista Brasília, Brasil 22K

Que significa serelepe?

Paulo Aimoré Funcionário público Garanhuns, Brasil 7K

Aqui, no Brasil, a maioria, ao dizer os números de um telefone ou de outra coisa qualquer, nunca pronuncia seis, invariavelmente profere meia. Tal fenômeno pode comprovar-se no país inteiro. Pergunto-vos: Está de acordo com a gramática semelhante uso, isto é, meia em vez de seis?

Maria Pires Professora Recife, Brasil 68K

Minha mãe e meu pai são portugueses e costumam falar a expressão: «cocó, ranheta e facada». Podem explicar-me qual o significado dessa expressão? O que significa cocó? O que significa ranheta?

Agradeço a ajuda.

Ana Lizardo Professora Malmoe, Suécia 14K

Em português do Brasil leio muitas vezes as expressões «texto revisado» ou «edição revisada». Esta utilização parece-me bastante estranha, por utilizar o verbo revisar e não o rever. Está correcta? É aceitável em português de Portugal, ou deve optar-se por «texto revisto» e «edição revista»?

Maria Natália Ferreira da Silva Gonçalves Desempregada Lisboa, Portugal 11K

Gostaria que me esclarecessem se existem, em brasileiro, os vocábulos "ocê" ou "cê", como formas variantes (ou diminutivas?) do vocábulo você. Pergunto isto, porque, de facto, não encontro em nenhum dicionário de língua portuguesa. Penso que, em português de Portugal, não deve existir. Apenas encontrei um site que trata, de modo superficial, um pouco desta questão. Pergunto, pois: é legítimo, isto é, está correcto dizer a alguém: «Cê quer uma sopa?» ou «Ocê não chegou a horas».

Faz-me um pouco confusão.

Obrigada.

Ana Soares Professora Paris, França 23K

A expressão «até logo» tem o mesmo sentido em português europeu e em brasileiro?

Grata pela vossa atenção.

Guilhermina Rebocho Professora Évora, Portugal 10K

Trabalho actualmente num CNO [Centro Novas Oportunidades] e RVCC [Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências] e vou acompanhar um adulto brasileiro num processo de RVCC. Naturalmente, esse adulto utiliza a variante brasileira do português. Segundo informação verbal da Agência Nacional para a Qualificação, este adulto deverá passar a utilizar a variante europeia do português no desenvolvimento do processo. Sou da opinião que, sendo a sua língua materna o português — não interessa a variante — ele não deverá ser obrigado usar a variante europeia.

Gostaria de ver esclarecido o estatuto da variante que os brasileiros falam quando se encontram em Portugal: língua materna, língua segunda ou português língua não materna. Recordo que o Referencial de Competências-Chave só fala em «língua portuguesa e língua estrangeira», não mencionando qualquer variante específica. Por essa razão, e tendo em conta as três possibilidades anteriores, só consigo considerar a variante desses adultos como língua materna e não vejo por que razão devam ser obrigados a usar a nossa variante. Antecipadamente grata.

Carlos Marques Professor Silves, Portugal 9K

Agradecia informação sobre a possível existência de:

Dicionário de dizeres transmontanos

Dicionário de açorianismos

Dicionário da gíria popular

Dicionário de termos antigos

Tenho pesquisado na Internet, mas não encontrei menção a editores que possa contactar para adquirir as obras.

Cf. As dez línguas de Portugal