Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Variedades linguísticas
Luísa Barbosa Funcionária pública Lisboa, Portugal 10K

"Turgia", ou "trugia"? Como se escreve e pronuncia esta palavra, que significa «bugiganga, tralha» e se ouve no Alentejo?

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 6K

Até há pouco tempo (hoje raramente) usava-se nas casas residenciais brasileiras um aparelho eletrodoméstico chamado enceradeira, o qual lustrava pisos cerâmicos previamente encerados. Notai bem que ela, apesar do nome, não encerava, apenas brunia. A palavra, salvo engano, é tipicamente brasileira. Como suponho que tal é verdade e que este eletrodoméstico também era usado em Portugal, pergunto-vos: qual é o lusitanismo que corresponde a este brasileirismo?

Carla Azevedo Professora Vila Viçosa, Portugal 5K

O que significa «linguística ortoépica»?

José Batista Volpon Professor universitário, médico ortopedista Ribeirão Preto, Brasil 9K

No linguajar ortopédico há muitas palavras combinadas que me trazem dúvidas quanto à grafia. Escolhi as mais significativas para lhes perguntar e, por analogia, poder grafar outras. São elas:

"Flexo-extensão", ou "flexoextensão" (movimento combinado de flexionar e estender uma articulação)?

«Deformidade "calcâneo-valgo"», ou «... "calcaneovalgo"»?

"Metafísio-epifisário", ou "metafisioepifisário" (associação de duas regiões ósseas: "epífise" e "metáfise")?

Outra coisa, quando se utiliza a palavra distração com o significado de afastamento de dois segmentos ou fragmentos, posso usar usar o termo "distracionado" como adjetivo? (Ex.: «fratura "distracionada".»)

Muito obrigado.

Cláudia Mousinho Marketing Lisboa, Portugal 7K

A tradução do nome do país Bahrein é "Barém", ou mantêm-se "Bahrein"?

Manuel Alves Reformado Lisboa, Portugal 7K

Lendo Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio (edição da Relógio de Água Editores, Lisboa, 2004), encontro frases, palavras e expressões que desconheço.

Muito grato ficava se me pudessem esclarecer qual o seu significado.

Assim:

Pág. 124, Capítulo X: «sinais dobrados».

Pág. 126, Capítulo X: «dormir a lastro».

Pág. 138, fim do Capítulo XI: «... como Nós-Padre e Nós-Pedro que é tudo estravanquear».

Pág. 164, penúltima do Capítulo XV: «Meninas bispetas» (Serão meninas ricas e muito mimadas?).

Pág. 164, idem: «Cal´te siquer!»

Ao todo são quase três dezenas de dúvidas que irei enviando aos poucos conforme as instruções que tiveram a amabilidade de me informar.

Meus agradecimentos desde já.

M. Luísa Barros Professora do ens. secundário (aposentada) Mafra, Portugal 2K

Em Mafra usam este termo (que não sei bem como se escreve) significando uma prendinha, um agrado. Ex.: «Este bifinho é um requeijanote para o meu marido.»

Será que existe este termo popular?

Muito obrigada, desde já, pela vossa ajuda.

Antonio José de Pinho Estudante Florianópolis, Brasil 17K

Na gramática normativa temos a forma pronominal conosco, sobre isso não há dúvidas. Mas no Brasil, por causa do uso do pronome «a gente» no sentido de nós, também é muito frequente que se empregue «com a gente» significando «conosco». Além desta variante, também há o emprego de «com nós» em contextos informais de fala, por isso não ocorre na modalidade escrita da língua. Como estou estudando este fenômeno no português do Brasil, eu gostaria de saber se esta variação entre conosco, «com a gente» e «com nós» também é encontrada no português de Portugal. Há algum estudo linguístico feito em Portugal sobre esse assunto?

Obrigado pela atenção.

Rogério Lemos Ribeiro Engenheiro civil São Paulo, Brasil 11K

Em uma placa de sinalização rodoviária, que frase está correta e porquê?

«Retorno

«Mantenha a esquerda»,

ou

«Retorno

«Mantenha-se a esquerda?»

Enfim, uso o pronome ou não, e o a tem crase ou não?

Grato.

Fernando Oliveira Brasil 2K

Os dicionários de português portugueses também poderão ser usados no ensino público do Brasil, em substituição dos brasileiros, pelos alunos que assim o desejarem?

Em Portugal, os alunos que optarem pelos dicionários de português brasileiros poderão, na escrita e nos exames escritos, usar os vocábulos conformes às ortografias e acentuações dos ditos dicionários? Isto é: patrimônio e não património, moleque e não rapaz, dilatar e não eliminar, etc.; ou alternar no decurso do texto ora uns ora outros, por exemplo: «Eu vi dois moleques. Mas o meu irmão afirma que viu três rapazes.» «Este fato ultrapassa-me, porque de facto não tenho a certeza», etc.

É o fim dos brasileirismos?

Os meus sinceros agradecimentos.