A palavra em questão tem duas formas, turgia e trugia, mas parece haver preferência pela segunda.
Vítor Fernado Barros e Lourivaldo Martins Guerreiro, no Dicionário de Falares do Alentejo (Porto, Campo das Letras, 2005), indicam duas variantes, turgia e trugia, relativas a um substantivo feminino que significa «artigos vários», «bugigangas, trastes, coisas sem préstimo». Também se regista trugia como regionalismo alentejano na 10.ª edição do dicionário de António Morais da Silva (Novo Dicionário Compacto da Língua Portuguesa, Lisboa, Confluência/Livros Horizonte, 1980), com acepções idênticas às já referidas: «artigos vários», «o mobiliário de um quarto», «objectos heterogéneos», «tralha, complicação». O uso deste vocábulo não se limita ao Alentejo; está também atestado, mais uma vez sob a forma trugia, no falar da serra de Monchique (Algarve), de acordo com o glossário do sítio O Parente de Refóias: «trugia [...]: Utensílios pessoais com pouco valor, geralmente, embrulhados num pano; tarecos; tranquitanas; traquitanas.»