Tenho uma expressão curiosa que me tem afligido durante uns tempos e que é repetida vezes sem conta por todo o lado. Por exemplo, tenham em atenção as seguintes expressões:
«Não vem nenhum...»
«Não há nada...»
«Não fiz nada...»
Ora, estas expressões, tão vulgarizadas, querem dizer exactamente o oposto para o qual são usadas! Ou seja, são negações de negações:
«Não vem nenhum» quer dizer que vêm todos!
«Não há nada», que existe tudo!
«Não fiz nada», que fiz tudo!
As expressões correctas deveriam ser, por exemplo, «Não vem algum» ou «Não fiz algum» ou «Não fiz tudo».
O que têm para me dizer acerca disto?
Muito obrigado pela vossa atenção.
Deparei acidentalmente com a vossa resposta de 13/9/06 a Rogério Batalha sobre a expressão «ao calhas», tendo ficado surpreendida por aparentemente (o s foi colocado entre parênteses) ser aceite como certa e figurar, pelo menos, no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa. Ora, aprendi que a expressão correcta é «ao calha» ou «ao calhar», sendo a variante «ao calhas» do mesmo tipo da «prontos», que actualmente ouvimos em vez de «pronto».
Desde quando «ao calhas» é admissível, se não mesmo correcto, dizer-se?
Os meus agradecimentos antecipados.
Gostaria de ser esclarecida sobre o processo de formação da palavra boquiaberta. Composto morfossintáctico, já que advém da formação de duas palavras.
Quando é que se pode usar a expressão «dá pelo nome»?
A pergunta tem razão de ser porque aparece frequentemente escrita ou dita em casos que me suscitam dúvidas, como por exemplo dizer «o edifício "dá pelo nome" de Império», quando é certo que se eu o chamar por esse ou outro nome ele nunca me vai responder. Não dá mesmo pelo nome.
Sou um revisor de textos actualmente a viver em Barcelona e gostaria que me esclarecessem a seguinte questão: a palavra correcta é biostático ou bioestático?
Agradeço desde já a vossa resposta e aproveito para desejar as maiores felicidades aos autores de tão importante espaço de divulgação para a língua portuguesa.
Vi numa resposta vossa relativamente ao nome Valter que o utilizam sem acento, como aliás surge em regra na comunicação social.
Todavia, ninguém pronuncia «Valtér» como deveria (estando escrito «Valter»), visto a palavra terminar em er, mas «Válter». Acresce que no bilhete de identidade o nome surge com acento.
Gostaria de um esclarecimento vosso a este respeito.
Na frase «fomos todos para o passeio», «todos» é o sujeito?
É legítimo empregar o verbo ministrar no contexto da frase «Está conforme os dados ministrados no conselho de turma»?
Obrigado.
Em primeiro lugar queria deixar o meu agradecimento e os parabéns pelos 10 anos do Ciberdúvidas.
Há dias li num relatório interno da empresa onde trabalho, algo do género:
«Com esta ideia iremos exponenciar a proposta criativa noutros meios.»
Existe o verbo exponenciar? No dicionário não encontrei, nem tão-pouco conhecia, só mesmo o adjectivo exponencial. Falando com a pessoa que elaborou o dito relatório, explicou-me que queria dizer «potenciar».
Agradeço o vosso esclarecimento, pois não encontrei mais argumentos para além de que não conhecia a palavra/verbo.
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