Orações coordenadas adversativas, novamente
A questão da classificação da primeira oração na frase composta por coordenação continua a levantar-me dúvidas, apesar de ter lido todos os comentários que aqui surgem a esse propósito.
Na minha opinião, a forma mais coerente de classificar essas orações seria a de atribuir a ambas o estatuto de coordenadas, deste modo:
«A Sara entrou, // mas saiu logo a seguir.»
Classificação: É uma frase composta por duas orações coordenadas adversativas. Ou seja, a marca adversativa recai sobre ambas as orações; a oposição não se verifica apenas num sentido: «Ela saiu, mas tinha entrado», «Ela entrou, mas voltou a sair».
Todavia, reconheço que nas conclusivas e nas explicativas o problema poderá colocar-se de forma um pouco diferente; aí, sim, poderá justificar-se falar de oração uma principal e de uma coordenada. Afinal, as conclusivas e as explicativas estão muito mais próximas das subordinadas, do que das coordenadas, penso que isso só não muda por uma questão de tradição.Desculpem o tempo que vos tomei.
Obrigado.
"Imelhorável"
A palavra "imelhorável" existe? Parece lógica para definir algo que é impossível de se encontrar melhor!Obrigado.
O grau de nevão
Gostaria que me esclarecessem se a palavra nevão está no grau aumentativo ou normal. Quanto a mim está no grau normal. Porém, todos me dizem que está no grau aumentativo. Se assim é, eu pergunto: qual é o seu diminutivo? Também pergunto: não poderá fazer-se o aumentativo de nevão como nevãozão e o diminutivo como nevãozinho e assim nevão seria grau normal? Acrescento ainda que no Dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora, nevão aparece simplesmente como substantivo masculino e não menciona que seja aumentativo, como acontece, por exemplo, com portão.
O gentílico de Rio de Moinhos
1 – Por regra, e como sempre tenho lido no Ciberdúvidas, os gentílicos compostos são sempre separados por hifen (são-tomenses, cabo-verdiano, etc).
Respostas como a de José Mário Costa deixam-nos confusos.
2 – Ao "passar" pela Wikipédia – que só agora constatei poder ser editada por quem bem quiser e como "lhe der na real-gana", debitando as maiores barbaridades (vide: a biografia do Dr. António Agostinho Neto) – como ia dizendo, ao passar pela Wikipédia, estremeci ao ler o gentílico dos naturais de Rio de Moinhos-Penafiel como sendo "riodemonhenses". De "Rio-de-Mónhos"?!
Pergunto: será "rio-de-moinhenses" ou até "rio-moinhenses"? De acordo com a resposta de JMC poderia ser "riodemoinhenses", como, aliás, nós os naturais daquela vila duriense escrevemos e pronunciamos.
Com o meu pedido de desculpas por uma vez mais abusar da vossa paciência, envio os meus melhores cumprimentos, e um muito obrigado por este espaço único da língua de todos nós.
Aumentativos de gota e chuva
Gostaria que me esclarecessem acerca da seguinte dúvida: qual é o aumentativo de gota e de chuva?
Distracção/Distração
Em ortopedia, em inglês, existe a palavra distraction para referir o afastamento de dois fragmentos ósseos, especialmente em casos de fratura. Em português do Brasil é utilizado o termo distração com o mesmo sentido, mas acredito tratar-se de uma tradução incorreta, pois, no vernáculo, esse termo existe com outro sentido.Então, qual seria a tradução mais correta ou mais próxima para a palavra da lingua inglesa?Grato.
Necrochorume (Brasil)
Qual é o significado de "necrochorume", termo brasileiro?
Sedear vs. sediar
«Sedear a conta num banco» ou «sediar a conta num banco»?
Agradecimentos por me tirarem esta dúvida.
«A primeira epístola de São Pedro»
Na expressão «A primeira epístola de São Pedro», seria correto ao me referir a ela dizer: «primeira a Pedro» ou «primeira de Pedro»? Entendo que o elemento a anteposto ao numeral ordinal primeira permite referir o substantivo epístola. Enquanto, na segunda possibilidade, a preposição de aponta para ação praticada (escrita por) e subentendida na frase. Qual seria a correta pronúncia e/ou compreensão da frase?
Gentílico de Santa Comba Dão
Nasci na cidade de Santa Comba Dão (Portugal) e sempre me considerei um "santacombadense", já que os seus habitantes me transmitiram essa denominação. O vocábulo "santacombadense" faz parte do nosso dia-a-dia e identificamo-nos com tal, sendo que até a própria agremiação desportiva mais representativa se chama «Grupo Desportivo Santacombadense». Ao consultar o vosso Dicionário de Gentílicos1 constatei que afinal não sou "santacombadense" e sim "santacolumbense", o que não me incomodou de todo, já que as origens da minha Santa Comba provêm de «Santa Columba d´Om». No entanto, parece-me um absurdo que após 51 anos de existência eu deva abdicar do meu "santacombadense". Será que a Voz do Povo não deve falar mais alto que a dos tratados de linguística?
1O Dicionário de Gentílicos é um recurso não do Ciberdúvidas, mas do Portal da Língua Portuguesa.
