Inês Duarte (Português: Instrumentos de Análise, Lisboa, Universidade Aberta, 2000, pág. 25) considera que «[…] no caso do português brasileiro, a variedade que se impôs como padrão é utilizada pelas camadas mais cultas do Rio de Janeiro e de S. Paulo». No entanto, Paul Teyssier (Manual da Língua Portuguesa, Coimbra, Coimbra Editora, 1989, pág. 17) adverte: «A norma de Portugal é muito fácil de definir, pois é objecto de um vasto consenso e foi estudada muitas vezes. A do Brasil, pelo contrário, põe um problema específico, pois está longe de ser universalmente reconhecida pelos próprios brasileiros. Enquanto no Brasil não se pode estabelecer um consenso como em Portugal, o enunciado da norma brasileira será, por vezes, necessariamente vago e impreciso.»