Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Diogo Maria Pessoa Jorge Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 595

Dizemos «Essas atitudes raiam o excesso» ou «Essas atitudes raiam ao excesso»?

Obrigado.

Luís Jervell Administrador de empresas Porto, Portugal 608

Posso traduzir transgenderism (inglês) para "transgenderismo"?

Elisa Maia Estudante Aveiro, Portugal 524

A forma "chocolate ao leite" (similar ao francês chocolat au lait) é aceitável se estivermos a falar/escrever português de Portugal?

A contração ao (a+o) também pode ser usada neste contexto (o de indicar que o chocolate tem um teor de leite na sua constituição)?

Obrigada.

Rodrigo B. Landucci Estudante São Paulo, Brasil 632

Hipoteticamente, uma pessoa oferece uma quantia indeterminada para outra. Esta, querendo duzentos reais, deve dizer «Poderiam ser duzentos reais?

Ou «poderia ser duzentos reais»?

Obrigado.

Vicente Azevedo de Arruda Sampaio Professor São João da Boa Vista, Brasil 496

É obrigatório ou facultativo o uso de se em construção como: «fácil de (se) fazer»?

Mais precisamente, pergunto se não é obrigatório o uso de se na frase

«Tomado pela preocupação com a doença, sua vida não seria apenas impossível, mas sobretudo indigna de viver.»

Se for possível, peço referencias bibliográficas para a fundamentação da resposta.

De antemão, muito obrigado.

Kilwanji Duarte Revisor de textos Mato Grosso do Sul, Brasil 838

Gostaria de saber qual é a explicação morfossintática das estruturas (entre as aspas) nas seguintes frases:

«É de lembrar que» os alunos devem trazer o material escolar...

«Importa dizer que» os alunos tiveram a coragem de manifestar-se...

«Importante dizer que» os alunos tiveram a coragem de manifestar-se...

«É necessário realçar que» os alunos devem informar aos pais sobre o que aconteceu.

«Convém referir que» a polícia continua a investigar o caso.

«Faz-se mister que» o pedido seja logo atendido.

Desde já, muito obrigado!

Rafael Lintz Estudante São Paulo, Brasil 583

Na frase «A médica me disse que o horário das 15:00 lhe é melhor que o das 16:00», o uso do lhe é gramaticalmente correto?

Já ouvi falar do caso em que o lhe pode acompanhar um verbo de ligação para agregar significado a um adjetivo, como em «A ferramenta lhe é útil».

O adjetivo melhor também aceita que tenha sentido agregado pelo lhe?

Ou o correto seria, no contexto da primeira frase, «A médica me disse que o horário das 15:00 é melhor para ela que o das 16:00»?

Obrigado!

Jorge Santos Técnico superior Lisboa, Portugal 860

Tenho ouvido a expressão «ir a penantes», no sentido de «ir a pé».

Surpreendi este sentido na Infopédia

Estará correto? Ou será uma corruptela de «regressar a penates», no sentido de regressar a casa, que acabou por ser dicionarizada?

Obrigado.

Ricardo Ferreira Engenheiro Porto, Portugal 551

Tanto quanto pude averiguar, os dicionários de verbos da língua portuguesa, como, por exemplo, o da Infopédia (Porto Editora), registam impactado como a única forma possível do particípio passado do verbo impactar.

É, pois, com alguma perplexidade, que me deparo recorrentemente com formulações como «o dardo tinha impacto o alvo».

Neste exemplo, parece-me que o adjectivo impacto está a ser utilizado em vez do particípio passado impactado, cujo emprego seria mais correcto.

Estará a escapar-me alguma coisa?

Muito obrigado!

André Luiz de Souza Professor Nepomuceno, Brasil 742

Outro dia, numa conversa casual, certa pessoa disse a seguinte frase:

«A Atena (nome de um cão) anda cheia de quereres!»

Outra pessoa comentou que a frase estaria errada, e que o certo seria «cheia de querer», no singular.

De fato, a expressão conhecida, até onde me lembro, aparece no singular.

Achei exagerada essa acusação de erro, primeiro, porque a língua é viva e pode naturalmente se inflexionar; e, segundo, de nenhuma maneira me parece que o sentido da frase foi perdido no plural; e, finamente, é possível justificá-lo, acredito, argumentando que a pessoa que usou a expressão tratou a palavra querer como um substantivo.

Consigo imaginar perfeitamente uma situação em que quereres sejam contáveis: 1 querer, 2 quereres, 3...

Bom, estou longe ser um entendido da língua e gostaria de saber como se pode elucidar essa questão.

«Cheia de quereres» a mim é totalmente inteligível, mas o que podem me dizer os estudiosos? Como a gramática funciona neste caso?

Desde já agradecido abraço