Gostaria de saber se a concordância entre os tempos dos verbos das seguintes orações é aceitável:
«Não abrimos mão, porém, assim sem mais nem menos, mesmo que tal fosse possível, de semelhante honra.»
O «ser possível» é, na frase em questão, uma impossibilidade definitiva. Ora, se substituíssemos, seguindo as regras de concordância, «mesmo que tal fosse possível» por «mesmo que tal seja possível», já estaríamos a abrir uma hipótese de «vir a ser possível», certo?
Por outro lado, o «não abrimos mão» é um facto consumado, que está mesmo a acontecer, logo substituí-lo por um «não abriríamos mão» desvirtuaria o sentido da frase...
Mas a frase fica correcta, contudo, tal como a escrevi em cima?
Muito obrigada!
Está correcto utilizar o termo avaliando com o significado de «aquele que está a ser objecto de avaliação»?
Agradecia a vossa opinião sobre a pronúncia correcta do acrónimo INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica).
Tem-se vindo a impor a pronúncia deste acrónimo como palavra grave, com E tónico por efeito de desnasalização do M lido como ÈME, o que implica considerar a palavra como trissílabo em vez de dissílabo.
Ora, em português, a desinência -m, antecedida de vogal, constitui com esta consoante um ditongo nasal átono, salvo se a vogal for i, u ou e, reclamando para esta última vogal acento gráfico.
Seguindo os acrónimos as regras da pronúncia das restantes palavras da língua portuguesa, a abreviatura INEM, sendo um dissílabo (I-NEM), por efeito do ditongo nasal N(EM) e nada justificando a sua tonicidade, a sua correcta pronúncia deveria ser ÍNEM, com o I tónico ou, em todo o caso, INEM (como palavra grave, embora neste caso necessitasse do acento gráfico, que nada o justifica).
Gostaria de saber se consideram correcta a utilização do verbo sustentabilizar e do nome sustentabilização. Nos dicionários que consultei, eles não existem...
Muito obrigado.
Ao citar passagens de uma obra poética, quando devo utilizar o texto citado entre aspas incluído em discurso parentético?
Devo por exemplo dizer que Caeiro considera que pensar é «estar doente dos olhos»? Se assim for, quando devo incluir os parênteses e o texto citado dentro de aspas?
Examine-se a estrofe seguinte:
«E seguem ambos a passo inteiro:
Um, sentindo o fardo aliviado,
O outro, vergado ao peso do madeiro»
Estão corretas as vírgulas após «Um» e «O outro». São elas de rigor?
Obrigado.
A dúvida apresentada por Alberto Medeiros e esclarecida por Carlos Rocha em 20/06/2008 mostra que no Brasil ainda se usa "Dize-me" na 2.ª pessoa do sing. do imperativo. "Traze-me" e "Faze-me" também são correctas no Brasil? O Acordo 1990 não prevê a uniformização? É claro que não é apenas uma questão de grafia, mas...
Obrigado.
«Aficionado de histórias», ou «aficionado por histórias»?
Obrigada!
Ao se referir ao material usado em uma construção civil, pode-se dizer «construção de aço». Como nas construções convencionais usa-se o aço juntamente com o concreto (betão), uma Associação Brasileira preferiu usar «construção em aço». Penso que essa expressão é um galicismo. Eu preferiria usar «construção com aço».
O que dizem os senhores?
Quais as versões mais correctas:
1) «estamos a aproximar-nos», «estamo-nos a aproximar», ou «estamos a aproximarmo-nos»?
2) «temos que ser nós a servir-nos», ou «temos que ser nós a servirmo-nos»?
3) «estou satisfeito com a possibilidade de podermos ir de Oeiras ao Oriente sem sair do comboio», ou «estou satisfeito com a possibilidade de podermos ir de Oeiras ao Oriente sem sairmos do comboio»?
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