O uso do verbo gravitar
Congratulo o sítio pelo trabalho extraordinário que tem vindo a realizar e agradeço antecipadamente qualquer comentário e informação sobre o que apresento.
É correto dizer «gravitar em redor / à volta desta história», ou trata-se de um pleonasmo desnecessário, uma vez que gravitar significa «à volta de»?
Será mais adequado «gravitar nesta história»?
«Muitas das vezes» vs. «muitas vezes»
É correcto usar «Muitas das vezes não dão a oportunidade à pessoa de ganhar experiência» ou «muitas vezes...»?
«Sabes onde [ou aonde?] vai bater o meu dinheiro?»
(Camilo Castelo Branco)
(Camilo Castelo Branco)
Nesta frase de Camilo Castelo Branco [«Sabes onde vai bater o meu dinheiro?»], figura onde, mas não deveria em vez de onde figurar aonde: «Se ela assim continuar e ficar solteira, sabes onde vai bater o meu dinheiro e mais o teu?»
Cumprimentos
A colocação do pronome pessoal átono na frase
«Pouco se pode dizer»
«Pouco se pode dizer»
A frase em baixo está correcta?
«Relativamente ao frio, pouco pode-se fazer.»
Ou será mais correcto:«"(...) pouco se pode fazer»?
Na minha opinião acho que as duas estão bem mas, neste contexto, gosto mais de como soa a última -- gostaria de saber a vossa opinião. (Imagino que algures na base de dados já deva existir resposta para dúvida similar -- desde já, peço desculpa.)
Obrigado e parabéns pelos 23 anos (participo pouco mas conhece-vos desde, pelo menos, 1997!)
«Hoje apetece-me comer peixe»
«Hoje apetece-me comer peixe.»
Nessa frase o pronome há de estar antes ou depois do verbo? Na minha opinião acho que deve estar antes, pois temos um advérbio e não há vírgula.
Escrevo-lhe porque encontrei essa frase em um texto ( escrito por um português) e deixou-me confusa. Qual é a forma correta?
Também gostava de saber se há uma gramática que trate esse tema detalhadamente, pois tenho muita curiosidade.
Obrigada.
A expressão «dar entrada»
Como se diz: «dar entrada em» ou «dar entrada a»?
Exemplos: «A Joana deu entrada na cidadania portuguesa» e «A Joana deu entrada à cidadania portuguesa».
Anulação e anulamento
Sendo as palavras anulação e anulamento sinónimas, em que situações poderá ser preferível a utilização de uma ou da outra?
No contexto da matemática, a palavra anulamento está consagrada numa situação muito específica: a da «lei do anulamento do produto». Fora desse contexto, fico sempre indeciso...
Obrigado pelo vosso trabalho.
O nome jubarte
1) Qual a grafia correta "baleia jubarte" ou "baleia-jubarte"?
2) E o plural "baleias(-)jubartes" ou "baleias(-)jubarte"
Grato pela ajuda.
Vírgulas e autoria: «Os Lusíadas, de Luis Vaz de Camões, são»
Por vezes, é muito difícil a distinção entre o complemento do nome e o modificador do nome.
Ao resolver um exame nacional, deparei-me com a seguinte sequência: «(...) Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões...»
Não entendo o porquê do uso da vírgula pela parte do IAVE, porque se trata de uma relação de autoria, motivo pelo qual teoricamente deveria ser complemento do nome. Podem esclarecer-me?
Obrigado, desde já, pela vossa disponibilidade e idóneo apoio.
«Fazer de alguém tolo» vs.«fazer-se tolo»
O gramático Júlio Moreira [1854-1911], nos seus Estudos da língua portuguesa, volume I, pág. 140, alerta-nos para a diferença de registo entre «faz de nós tolos» e «faz-nos de tolos»; pois bem, gostaria de saber que diferença há entre «O Joaquim faz-nos de tolos» e «o Joaquim faz-se de tolo».
Seria correto analisar o verbo fazer nessas frases como transitivo-predicativo, em que os complementos nos e se são complementos diretos e «de tolos» e «de tolo» nos respectivos exemplos são predicativos do complemento direto?
No caso de esses exemplos serem equivalentes, porque é que em Portugal e no Brasil também, mas entre pessoas escolarizadas, se usa o verbo fazer como transitivo direto e indireto em frases como estas?
(1) «O Pedro fez de nós tolos.»
Porque não se diz «Pedro fez-nos de tolos», já que também se diz «O Pedro fez-se de tolo»?
Obrigado.
