Os dois compostos de nomes e adjetivos pátrios, isto é, que designam a nacionalidade de alguém, estão corretos.
A forma mais comum de designarmos uma pessoa que é natural de Itália é italiano/italiana e, por isso, diríamos que uma pessoa que é tanto italiana como alemã é italiano-alemã. Poderia pensar-se que, da mesma forma, à semelhança deste caso, existiria um adjetivo composto para designarmos uma pessoa que seja tanto portuguesa como alemã: "português-alemã"1. Na verdade, o mais comum é dizer ou escrever que alguém é luso-alemão, por exemplo, sendo que luso é considerado a forma reduzida de lusitano – «relativo a Portugal ou o que é natural ou habitante» (Dicionário Houaiss) –, que entrou na língua como elemento gentílico. Da mesma forma, pode denominar-se um «indivíduo natural ou habitante de Itália antiga ou atual» (ibidem) de ítalo, uma forma alatinada e reduzida de italiano. Assim, afirmar que alguém é ítalo-alemão está igualmente correto.
1 O composto português-alemão é empregado em associação a dicionário, em títulos (Dicionário Português-Alemão) e expressões como «um dicionário português-alemão» (cf. Rebelo Gonçalves, Vocabulário da Língua Portuguesa, 1966).