Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Gustavo Oliveira do Nascimento Psicólogo São Paulo, Brasil 2K

Gostaria de saber, por favor, se o pronome oblíquo átono o está correto na seguinte frase:

«Não queria discutir minhas reflexões. Na verdade, ainda não sei se o quero.»

Estaria correto omiti-lo, de acordo com a norma culta, como normalmente fazemos na linguagem coloquial? Se puderem me explicar, eu ficarei agradecido.

Muito obrigado pela ajuda.

Até mais.

Sávio Christi Ilustrador, quadrinista, autor literário e youtuber Vitória, Espírito Santo, Brasil 4K

Em inglês, há a palavra trapper, e, em espanhol, há a palavra tramposo (ambas seriam, em português, "armadilheiro", por de certo).

Armadilha em inglês é trap, e, em espanhol, é trampa. Qual será então o motivo de não haver a palavra "armadilheiro" em português? Embora eu já a tenha visto em certas traduções de histórias em quadrinhos, animações, videogames e jogos de cartas colecionáveis... mas, oficialmente, não existe em nosso idioma!

Márlon de Jesus Funcionário Público Porto Velho, Brasil 14K

Em tempos de pandemia do coronavírus, espalha-se rapidamente na imprensa e redes sociais brasileiras as locuções concorrentes "álcool em gel" e "álcool gel". Qual das duas é a correta?

Além disso, seria possível a palavra composta "álcool-gel"?

Agradeço-lhes de antemão a atenção dispensada e rendo-lhes voto de saúde!

Adelaide Saraiva Professora Portugal 6K

Em português de Portugal, devemos escrever «estar de quarentena» em vez de «estar em quarentena»? Qual dos dois o mais correto?

Antecipadamente grata pela vossa resposta.

Tiago Moita Tradutor/revisor Lisboa, Portugal 14K

Tendo em conta que o verbo testar é transitivo directo, isso não faz de «positivo» em «testar positivo"»o complemento directo?

Não me parece fazer sentido. Testa-se a pessoa, não o resultado, diria eu. Soa-me a um decalque do inglês "test positive for", mas encontram-se tantos exemplos na imprensa, que fico na dúvida.

Ficaria muito agradecido se pudessem clarificar esta questão.

 

O consulente escreve segundo a norma ortográfica de 1945.

Miguel Miranda Lucas Estudante Bélem, Brasil 7K

Eu tenho dez anos, sou português, mas moro no Brasil, onde estudo no 5.º ano.

No Brasil, aprendo: porque(ê) e por que(ê), todos com diferentes significados, mas em Portugal penso que não usamos por quê e por que.

Queria saber quais são as regras em Portugal e o que dita o acordo ortográfico.

Obrigado.

Steve Mackenzi Estudante Santa Maria - RS, Brasil 3K

Recentemente vi uma postagem nas redes sociais com a seguinte frase: «Namore alguém que acredita na ciência e defende o SUS.»

Minha dúvida é: a forma certa não seria «Namore alguém que acredite na ciência e defenda o SUS»? Ou as duas formas estão corretas?

Desde já, agradeço.

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 3K

Desejava saber sobre o emprego do pronome complemento -o depois de formas verbais terminadas em ditongo nasal. Já encontrei em textos de autores portugueses de boa nota este registo, por exemplo, "dizem-o" por dizem-no. É correto semelhante uso, ou só enfático?

Gratíssimo ao vosso excelente trabalho!

Antonio Lima Professor Bonito-PA, Brasil 7K

No Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla, ele afirma que xadrez como adjetivo é invariável quando relacionado a cores de tecido. Ex: «tecido xadrez», «camisa xadrez», «gravatas xadrez».

Sendo assim, na frase «estas gravatas xadrez das crianças são lindas», não haveria concordância de gênero e número.

Seria essa uma exceção à regra?

Grato pela resposta.

Conceição de Maria Vasconcelos Lima Revisora de Textos Fortaleza, Brasil 8K

Tenho lido em textos que me são enviados para revisão a locução prepositiva «de acordo com» grafada da seguinte forma: «de acordo o», «de acordo a».

Na primeira vez que vi essa construção, pensei imediatamente que o autor teria escrito a locução e deixado inadvertidamente de inserir a preposição com. No entanto, o autor continuou a usar a mesma locução em outros trechos do texto, e depois eu a encontrei também em outros textos, o que é suficiente para que eu comece a pesquisar em busca de encontrar a fonte desse tipo de construção ou alguma coisa que justifique o seu emprego.

Gostaria de saber se essa regência existe e deve ser acatada na língua culta.

Obrigada.