Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Xavier Fernandes Técnico superior de reinserção social São João da Madeira, Portugal 4K

Com o novo acordo ortográfico, os meses escrevem-se com letra minúscula. E no caso das ruas com meses no nome?

Por exemplo a «rua 10 de Maio», passa a escrever-se «Maio» com letra minúscula?

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 3K

Examinem-se as seguintes frases:

«Carlota disse ao filho para não voltar à cidade.»

«Ela lhe pediu para não chamá-la de Doquinha.»

«No auge da aflição, seu companheiro gritava-lhe para não sair do lugar.»

Gostaria de saber sobre a legitimidade das orações iniciadas por para. São um caso de contaminação sintática? De coloquialidade? Como analisar esse tipo de orações?

Obrigado.

Flávio Gomes Instrutor de Inglês Pedro Leopoldo, Brasil 7K

Vi  [no Ciberdúvidas] que o verbo perguntar pede objeto indireto.

Porém. o Google apresenta um dicionário exibindo o mesmo verbo como transitivo direto na primeira entrada com o sentido de "fazer pergunta(s) a; interrogar", e cita como exemplo a frase "o detetive perguntou todos os suspeitos". (Para abrir a página, procurar por "dicionário perguntar".)

Gostaria que pudessem explicar o por quê da diferença.

Obrigado!

Carolina Gil Rostra Professora Valladolid, Espanha 1K

Sou professora de Português em Espanha e, com frequência, observo que os meus alunos elaboram frases como:

– Gostaste do filme? Sim, gostei dele.

– Pratico natação e como gosto muito dela, vou à piscina duas vezes por semana.

Produz-me muita estranheza este uso do pronome pessoal para substituir realidades que não são pessoas.

Nas minhas aulas, eu nunca uso o pronome pessoal nestas estruturas. Simplesmente respondo:

– Gostaste do filme? Sim, gostei. / Gostei, gostei muito.

– Pratico natação e como gosto muito, vou à piscina duas vezes por semana.

Porém os meus alunos fazem estas pronominalizações de forma natural. Duvido que seja por influência do espanhol, dado que a construção deste verbo é completamente diferente.

Penso que não é correto, mas, às vezes, já me fazem duvidar. Gostava de poder explicar bem o porquê e como não encontrei informação sobre o assunto, pensei que era uma boa questão para este espaço.

Antes de acabar, queria deixar constância do meu mais sincero agradecimento pela extraordinária ajuda que este site me oferece na preparação das minhas aulas.

Muito obrigada!'

Stephen Kourakis Administrador São Paulo, Brasil 6K

O verbo descer pode ser transitivo direto – e. g. «descer o lixo»?

Se não, qual verbo transitivo posso usar?

Aleksandr Ivanov Tradutor Moscovo, Rússia 2K

Sou tradutor profissional e gosto muito do vosso trabalho, considerando-o extremamente útil e importante, especialmente para os tradutores profissionais. A minha pergunta é:

Qual das duas frases nos exemplos abaixo é correta? (refiro-me à preposição "de" ou "em" que precede a palavra "vídeo")

– Isilda Gomes dirige-se aos portimonenses em mensagem de vídeo;

– Não foi a única iniciativa do Papa, que também enviou uma mensagem em vídeo aos participantes.

As minhas tentativas de encontrar uma resposta convincente na Internet não deram resultado.

Desde já agradeço a atenção dada à minha pergunta.

Miguel de Azevedo Técnico superior Porto, Portugal 7K

A propósito do misterioso objecto que tem, nos últimos dias, aparecido e desaparecido nos EUA reparei na grafia monólito, que me era até aqui desconhecida, uma vez que sempre disse/escrevi "monolito" — sem a tónica na segunda sílaba e sem acento agudo.

Pergunto se esta norma será recente já que trabalhos académicos que encontrei, em português europeu, usam da grafia "monolito". E, pela mesma lógica, escrevemos "monografia" e não "monógrafia" ou, se quisermos, "monocelha" e não "monócelha". "Megafone", e não "megáfone", etc etc.

Uma pedra/pedra única, mono + lito, "monolito".

O que me está a escapar?

 

 O consulente adota a ortografia de 1945.

Hélia Galvana TEFL Faro, Portugal 8K

Por que razão catarse se pronuncia "catarZe" e não "catarSe"?

Franqueira Neto Jornalista Macau, Região Administrativa Especial de Macau – China 3K

Costumo aplicar o termo «grandes (ou pequenas) dimensões», no plural, para coisas mensuráveis em termos espaciais, já que a largura, altura, etc. corresponderiam, cada uma, a uma dimensão; e, por outro lado, «grande (ou pequena) dimensão», para coisas que não se medem dessa forma.

Por exemplo: «um móvel de grandes dimensões», mas «um ataque aéreo de grande dimensão».

Recentemente, tenho-me deparado com um uso diverso, nomeadamente um caso em que se falava em «contentores de lixo de grande dimensão».

Isto é correcto ou fazia sentido a distinção que tenho vindo a aplicar?

 

 O consulente adota a ortografia de 1945.

Lucas Tadeus Oliveira estudante Mauá, Brasil 5K

Em «Olegário só podia votar contra», é correto terminar a frase com a preposição? Aliás, fora este caso, há exceções para terminar frase com preposição?

Obrigado.