Gostava de saber se estes são exemplos de hipálages (exemplos do Cap. I de Os Maias): «uma tímida fila de janelinhas», «fresco nome de vivenda», «paz dormente de bairro», «onde já desmaiavam as rosas das grinaldas».
Obrigado.
Começo por dar os parabéns a toda a equipa do Ciberdúvidas pelo serviço que prestam a quem, como eu, tantas vezes tem dúvidas.
Neste momento, a minha dúvida prende-se com a identificação do(s) recurso(s) expressivo(s) que poderemos detetar nas seguintes expressões (retiradas de Os Maias, de Eça de Queirós):
«o dever da mulher era primeiro ser bela, e depois ser estúpida…»
«[Era alta, muito pálida, sobretudo às luzes, delicada de saúde, com um quebranto nos olhos pisados, uma infinita languidez em toda a sua pessoa,] um ar de romance e de lírio meio murcho» (aqui, apenas o que está fora dos parênteses).
Muito obrigada!
Recorro imensas vezes ao vosso site para esclarecer as minhas dúvidas e fico elucidada, mas, desta vez, gostaria de mais um esclarecimento, pois continuo sem saber se posso considerar que, na fase seguinte, se encontra uma enumeração: «Tristeza, uma grande tristeza e uma dor muito forte.»
Fico grata pela vossa atenção.
Gostaria de saber se no verso «E os olhos dum caleche espantam-me sangrentos», do poema Horas Mortas [Sentimento de Um Ocidental], de Cesário Verde, há uma personificação, ou uma hipálage, sobretudo na expressão «olhos sangrentos».
Obrigada!
Gostaria de saber se na expressão seguinte se trata de uma metáfora ou de uma hipérbole:
«O sol baixara um pouco e estendia agora uma estrada de lume pelas águas.»
Obrigada.
Qual é o recurso estilístico presente na seguinte frase: «entre mim e a evidência paira uma névoa cinzenta» [António Gedeão, Forma de Inocência]?
Uma pergunta (colocada por um aluno do 5.º ano):
Já que a personificação corresponde, grosso modo, à atribuição de qualidades humanas (de persona) a seres não humanos, como se designa o processo inverso, quando eu dou qualidades dos animais às personagens (como, no exemplo: «O Luís voava sobre a cidade...»)?
Grato.
Estou escrevendo um glossário de retórica e poética e admiro particularmente certas figuras, como a litotes, o oximoro, o quiasmo e a antimetábole. Cada página é um verbete exemplificado com a poesia galega, portuguesa ou brasileira.
Compreendo a litotes como a sugestão meio eufemística, irônica de uma ideia; ou em dizer pouco para sugerir muito; atenuantemente. Portanto, um conceito um tanto mais elástico, tirado da etimologia da palavra, contrariando a maioria das definições que encontro, costumeiras em enfatizar apenas a negação do oposto. Como um dos exemplos, dentro da minha formulação, escolhi os seguintes versos de Guerra Junqueiro (A Morte de D. João, Introdução):
E o povo... o povo é rei! E rei como Jesus,
Para beber o fel, para morrer na cruz.
Disse-o pouco, mas sugeriu muito o tipo, e de forma irônica, da única "realeza" que cabe ao povo. Se a Sra. Eunice Marta me der o prazer de comentar minha proposição, tomarei por fé seus ensinamentos, ainda que contrários ao que imagino.
Agradeço antecipadamente.
Os versos de Florbela Espanca «É ser mendigo e dar...» e «É ter de mil desejos o esplendor/ E não saber sequer que se deseja» são exemplos de antíteses, ou paradoxos?
Obrigada.
Estou a analisar uma estrofe de Os Lusíadas para a disciplina de Língua Portuguesa e gostava que me ajudassem. Qual é a figura de estilo presente na estrofe 89 no verso que diz «Que brandura é de amor mais certo arreio» e também gostava de saber nesse contexto o que significa a palavra arreio.
Fico à espera da resposta.
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