DÚVIDAS

A presença de oxímoro (revelador do desconcerto)
Veja-se a trova abaixo: Se ouso me aproximar dela E sobre amor revelar tudo, Pouco ou nada se revela, Fico extático, fico mudo   Pode-se afirmar que há um paradoxo nos dois últimos versos, já que, ao mesmo tempo que «pouco ou nada se revela», o eu poético fica extático e mudo? Sendo paradoxo, seria um paradoxo "convencional", diga-se assim, do tipo «morte em vida»? Pois a uma afirmação (a não revelação do amor) é contraposta a descrição de um estado, que sutilmente indica que tudo foi de fato revelado.
As figuras de estilo em A Cidade e as Serras
Não estou a conseguir identificar as figuras de estilo nas seguintes frases: 1. «O Jacinto depois vai encontrar uma criatura apenas humana, e tem um desapontamento tremendo!» (Penso que é uma prolepse.) 2. «Com efeito, era grande e forte a Joaninha. Mas a fotografia datava do seu tempo viço rústico, quando ela era apenas uma bela, forte e sã planta da serra.» (Estou na dúvida entre a metáfora, personificação e adjectivação.) 3. «A estrada não tinha sombras, mas o sol descia muito de leve, e roçava com uma carícia quase alada.» 4. «Os nossos cavalos caminhavam num passo pensativo, gozando também a paz da manhã adorável.» 5. «Hem? Fresquinho, leve, aromático, alegrador, todo alma!» 6. «Mão real, mão de dar, mão de quem vem de cima, mão já rara!»
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