Veja-se a trova abaixo:
Pode-se afirmar que há um paradoxo nos dois últimos versos, já que, ao mesmo tempo que «pouco ou nada se revela», o eu poético fica extático e mudo? Sendo paradoxo, seria um paradoxo "convencional", diga-se assim, do tipo «morte em vida»? Pois a uma afirmação (a não revelação do amor) é contraposta a descrição de um estado, que sutilmente indica que tudo foi de fato revelado.
Não estou a conseguir identificar as figuras de estilo nas seguintes frases:
1. «O Jacinto depois vai encontrar uma criatura apenas humana, e tem um desapontamento tremendo!» (Penso que é uma prolepse.)
2. «Com efeito, era grande e forte a Joaninha. Mas a fotografia datava do seu tempo viço rústico, quando ela era apenas uma bela, forte e sã planta da serra.» (Estou na dúvida entre a metáfora, personificação e adjectivação.)
3. «A estrada não tinha sombras, mas o sol descia muito de leve, e roçava com uma carícia quase alada.»
4. «Os nossos cavalos caminhavam num passo pensativo, gozando também a paz da manhã adorável.»
5. «Hem? Fresquinho, leve, aromático, alegrador, todo alma!»
6. «Mão real, mão de dar, mão de quem vem de cima, mão já rara!»
Está correto o seguinte trecho? Me parece redundante.
«... o Brasil se torna tão perfeito quanto já o é no mundo da Imagem Verdadeira».
Qual o nome da figura de estilo utilizada em frases como «o sargento era temido na caserna» ou «o treinador não tem mão no balneário», em que «caserna» e «balneário» estão por, respectivamente, «soldados» e «jogadores»?
«Ele estava com a resposta na ponta da língua.»
Na frase acima, trata-se de metáfora a expressão «na ponta da língua»?
Gostaria, por gentileza, que se apontassem três figuras de estilo no poema abaixo. Nele pode-se considerar que o "verso" citado pelo sujeito poético retrate um amor não correspondido, ou apenas retrataria a difícil arte de compor um poema?
Versilusão
Quando me vencia a solidão,
Um estranho lampejo surgiu
Quando todo sonho era vão,
O quase-nenhum virou mil
Nascido em trevosa canção,
Um verso, uma imagem sutil,
Rebelde como poucos o são,
Alegre como os ares de abril
Tomei-o nos lábios, vacilante
A voz trêmula, na ilusão imerso,
Queria muito ouvi-la altissonante
Igualando, porém, o ato perverso
Do mais fútil e pérfido amante,
Deixou-me só o fingido verso.
Preciso de exemplos de eufemismo, por favor.
Nas respostas às questões A grafia da expressão «única e exclusivamente» e «Cantar afinado», ou «cantar afinadamente»?, podemos considerar que, em retórica, estas expressões exemplificam a figura da enálage, pela substituição dos advérbios por adjetivos?
Encontrei em Cruz e Souza (Prodígio) estes versos:
Se repetimos a palavra morto, assim: morto/morto/morto/morto, formamos uma nova palavra: tumor. Que nome se dá a essa construção?
No verso «esse vento que sopra e que ateia os incêndios», podemos considerar a existência de uma anáfora? E de uma assonância?
Obrigada pela ajuda!
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