DÚVIDAS

Orações relativas explicativas e orações coordenadas explicativas
Contextualizando: eu aprendi que orações restritivas focam numa parte do todo e as orações explicativas focam no todo que consequentemente geram os seguintes pressupostos: «Os professores que são didáticos devem possuir melhores salários.» (Estou restringindo «professor», já que nem todos são didáticos) «Os professores, que são didáticos, devem possuir melhores salários.» (Estou explicando «professor», já que todos são didáticos) A minha dúvida é  se as orações coordenativas explicativas permitem esse mesmo pressuposto, já que explicam. Do contrário, o que me permitem pressupor? Essa dúvida se amplia no exemplo abaixo: «Expulsaram o aluno João Ferreira, que brigou na escola.» O que nesse caso poderia ser visto tanto como pronome relativo («João Ferreira brigou na escola») e conjunção explicativa («porque brigou na escola»), o que mudaria o sentido. Obrigado.
As classes de palavras de maningue
A palavra de origem moçambicana maningue tem como sinónimo a palavra muito. Procurei saber de que forma a palavra maningue pode ser utilizada, olhando para tal para a classe de palavras a que pertence. Nos dois dicionários que consultei, o da Infopédia e o da Academia, pude ver que se está perante um advérbio. Para além de ser um indiscutivelmente um advérbio, maningue também pode ser utilizado, segundo o dicionário da Infopédia, como pronome indefinido. Já o dicionário da Academia de Ciências de Lisboa, considera, pelo contrário, que a outra classe de palavras a que pertence maningue é a dos determinantes indefinidos. Posto isto, maningue é um pronome indefinido ou um determinante indefinido? Ou os dois? Será que podiam dar alguns exemplos? Muito obrigado.
A expressão «neste conspecto»
Qual o significado da expressão «neste conspecto», muitas vezes utilizada pelos tribunais? Por exemplo: «Quando o despejo tenha por fundamento a falta de pagamento de rendas, encargos ou despesas, a decisão de promoção da correspondente execução deve ser tomada em simultâneo com a decisão do despejo, o que significa que é conferida competência legal a um órgão administrativo para determinar, não apenas o despejo, mas a sua execução, e neste conspecto, o poder de decidir o despejo e de o executar, sob autotutela declarativa e executiva» – aqui.
Virtualmente, eventualmente e aparentemente
Creio que se usam muitas vezes os advérbios virtualmente e eventualmente incorretamente, como anglicismos. São-no, de facto? Além do mais, o advérbio aparentemente será um galicismo? Sendo-o, quais são as alternativas? Finalmente, peço-vos que, caso conheçam outros advérbios utilizados «à inglesa», «à francesa», «à espanhola» ou «à italiana», os deem a conhecer para, possivelmente, corrigir incorreções desapercebidas. Bem hajam!
Artigos definidos e pronomes possessivos
Pode-se omitir o artigo definido do pronome possessivo, já que, a exemplo, «a minha» e «minha» não diferem em sentido. Também, há um tipo de elipse que ocorre via pronome possessivo, como na frase «Peguei minha mochila, pegue a sua também» está omitido o termo mochila após «a sua». Contudo, vem-me à mente às vezes se está correto a omissão do artigo definido do pronome possessivo enquanto há esse tipo de elipse. Alguns exemplos: • «Peguei minha mochila, pegue a sua também.» → "Peguei minha mochila, pegue sua também"; • «O folheto dos outros foi entregue, mas o nosso não.» → “O folheto dos outros foi entregue, mas nosso não". Agradeço a ajuda.
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