As formas que são apresentadas na pergunta estão corretas, mas o seu uso pode depender de tendências existentes em cada país.
No caso de Portugal1, em manuscritos, é (ou era) hábito identificar o destinatário apenas como «Ex.mo Senhor» – ou «Exmo. Senhor» –, seguido do nome e/ou do cargo da pessoa em questão, sem encimar o tratamento de "Ao"2.
Exemplo:
(1) Exma. Senhora
Presidente do Camões, I. P.
Quando se trata de carta dirigida a uma instituição, sem indicar individualmente o destinatário, emprega-se Ao ou À e por baixo escreve-se o nome da instituição. Exemplos:
(2) Ao
Camões. I. P.
(3) À
Fundação Calouste Gulbenkian
Regista-se com satisfação o apreço do consulente pelo trabalho aqui desenvolvido.
1 Foi consultado Falar Melhor, Escrever Melhor, Lisboa, Seleções do Reader's Digest, 1991, pp. 258-264.
2 Tal não impede que, em 04/12/1951, num bilhete de Salazar dirigido ao realizador Leitão de Barros, se leia «Ao Sr. Leitão de Barros» (ibidem, p. 251).