Após ler seu artigo sobre o assunto, continuo na dúvida sobre a tradução de um termo em inglês que deverá se repetir muitas vezes role-model (profissional, empresa, candidato, organização, etc.).
1. Devo usar hífen, ou não?
2. Como fica a flexão no plural?
Ex.: «profissionais(-)modelo», ou «profissionais(-)modelos»;
«candidatos(-)modelo», ou «candidatos(-)modelos»;
«empresas(-)modelo», ou «empresas(-)modelos»?
Estes termos serão usados em todo o material de comunicação da empresa, daí a minha preocupação em evitar erros crassos.
Desde já agradeço.
Uma vez mais recorro ao Ciberdúvidas, desde já agradecendo a vossa ajuda.
Respondendo à pergunta 22 472, é dada a seguinte definição de atrelado (semelhante à de alguns dicionários que consultei): «veículo sem motor rebocado por outro».
Gostava de saber se não pode também utilizar-se atrelado para um veículo sem motor rebocado por um animal. Não podendo, pedia-vos que me indicassem uma palavra para esse tipo de veículos (isto é, que abranja carroças, coches, etc.).
Quanto à consulta Sobre a classe de palavras de o antes de pronome possessivo, no trecho em que segue parte da resposta:
Quanto às hipóteses formuladas, mesmo considerando válidas as hipóteses 1a) e 1b), trata-se de análises que não encontro exploradas na literatura. Permita-se-me acrescentar que não vejo como em 1a) a forma o é apenas artigo definido e adjunto adnominal de um substantivo subentendido e em 1b) não é: na verdade, poderíamos sempre supor que a forma o é um demonstrativo, porque pressupõe uma construção como «o que é meu livro» equivalente a «aquilo que é meu livro», por sua vez, adaptável como «aquilo que é meu», com substantivo subentendido.
As frases eram: «Esse livro é igual ao meu»/«O seu livro é igual ao meu».
A dúvida era: «O pronome meu nas duas frases seria um pronome adjetivo, ou substantivo?»
As hipóteses eram:
1) No caso de se considerar o «meu» nas frases anteriormente citadas como um pronome possessivo adjetivo, haveria duas possibilidades para tal. a) O «meu» estaria adjetivando um substantivo subentendido no contexto, e o «o» seria um artigo definido, e tanto o artigo «o» como o pronome adjetivo «meu» desempenhariam a função de adjuntos adnominais do substantivo subentendido. b) O «meu» serviria como um pronome adjetivo posposto ao pronome substantivo demonstrativo «o», e assim estaria o adjetivando.
2) No caso de se considerar o «meu» nas frases anteriormente citadas como um pronome possessivo substantivo, haveria somente a possibilidade de se entender o «o» como artigo definido que substantiva o pronome, uma vez que se o «o» for entendido, nesse contexto de consideração, como um pronome demonstrativo, só poderia ser de um valor substantivo, assim recebendo a adjetivação do pronome possessivo «meu», que então desempenharia função de adjunto adnominal [isso recairia na própria hipótese b) do item anterior].
O que eu quis enfatizar é que um pronome demonstrativo pode tanto determinar algo como receber uma adjetivação. Já o artigo não pode receber uma adjetivação, uma vez que somente determina. Logo, se eu falo «Aquele meu carro está no conserto», «aquele» e «meu» funcionam como adjuntos adnominais de «carro»; já em «Vou usar seu carro, pois aquele meu está no conserto», «meu» pode adjetivar o «aquele»... mas já em «O meu está no conserto», se eu considerar o o como artigo, ele apenas adjetiva... É claro que quando você fala que, pela lógica de raciocínio que eu apresentava, na hipótese 1b teria que acontecer o mesmo que acontece em 1a, isso é possível, mas não necessário.
Mas, por outro lado, também não vejo o que impediria de o pronome demonstrativo adjetivar o possessivo em «pois aquele meu está no conserto»... Talvez eu prefira pensar que seja o possessivo que o faça, uma vez que essa seria sua função predominante...
Mas aqui aproveito e pergunto: Há casos legítimos em que um pronome adjetiva outro pronome?
Ex.: «Aquela outra mulher não veio aqui»/«Aquela outra não veio aqui»... O que acontece na segunda frase? «Aquela», na segunda frase, seria um determinante, e «outra», um pronome substantivo?
Muito obrigado.
Qual é a grafia correcta: "catecumenato", ou "catecumenado"? O termo deriva do grego, com a intermediação do latim... Ambas as variantes surgem em publicações oficiais da Igreja Católica. O «velho» Morais conhece as duas formas; o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa não regista nenhuma, embora conheça os "catecúmenos"; Houaiss refere apenas "catecumenato".
Agradeço a vossa opinião.
Hipovolemia existe só no Brasil, ou também em Portugal? É que não encontro a palavra nos dicionários.
Tenho uma dúvida em relação à pronúncia das palavras rio e riu. Sou do Norte de Portugal e sempre me habituei a ouvir uma clara diferença na pronúncia das palavras, sendo rio pronunciada como "ri-u" e "riu" como "riw", ou seja, a primeira como duas sílabas sem ditongo (ou quase como "ri-yu") e a segunda como um ditongo onde mal se ouve o "u". Mas desde que me mudei para Lisboa só ouço "riw" para as duas, ou seja, uma só sílaba. É esta a pronúncia-padrão da palavra? Outra coisa que me faz confusão é ouvir o e no início das palavras lido como "ê" em vez de "i", isto também é padrão? (ex.: "êxame", "êmoção", etc.)
«Depois de» é uma locução subordinativa temporal, ou apenas «depois que»?
Na palavra contra-revolucionário, contra é, ou não, um prefixo? Eu não o vejo como tal, visto existir, no nosso léxico, a palavra contra, tendo ela uma autonomia de que não gozam os prefixos (Ex.: «Ele manifestou-se contra a posição oficial da Igreja»). Nesta minha perspetiva, a palavra contra-revolucionário seria formada por composição. Ora, à luz do novo Acordo Ortográfico, as palavras compostas onde «não se perdeu a noção de composição» mantêm o hífen, pelo que me parece que se deva grafar contra-revolucionário (contrassenso já não teria hífen, porque se perdeu a noção de composição da palavra).
Agradeço, desde já, a atenção dispensada.
Respondam-me, por favor: sendo o verbo concernir transitivo indireto, é possível a construção «no que lhe concerne, tudo está bem»? Acontece que o uso do pronome lhe parece-me estranho nesse caso. Certa feita li em algum lugar que os verbos visar e aspirar, quando transitivos indiretos, não aceitam tal construção. E quanto a concernir?
Estamos a escrever um procedimento de trabalho. Neste indicamos que, se acontecer a «situação X», procedemos à "interdição" de um certo equipamento. Após resolução da «situação X», deveremos proceder à "desinterdição" do equipamento. É no termo que significa o oposto de interdição que nos surgem dúvidas, porque não é uma palavra habitualmente ouvida/escrita/lida...
A palavra "desinterdição" como oposto de interdição existe? Pela lógica parece-me que sim, à semelhança de outras (ligar/desligar, coser/descoser, montar/desmontar, etc.).
Para já e para resolver provisoriamente esta questão (e arranjar um consenso na equipa) resolvermos substituir "desinterdição" por reactivação, embora ninguém tivesse ficado particularmente feliz com esta substituição porque não exprime bem o que pretendíamos.
Agradeço o vosso esclarecimento.
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