Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Irving Elias de Vellasco Estudante Uberlândia, Brasil 3K

Redigindo um comentário crítico acerca de um filme, me veio a dúvida: da mesma forma que «aquilo que instrui» é dito «instrutivo», como poderei referir-me a algo que «entretém»?

Ana Costa Professora aposentada Estoril, Portugal 4K

Eu disse: «Vou ao Moledo passear.»

Repeti noutro contexto: «Depois vou até ó Moledo.»

Fui corrigida, «tu vais a Moledo».

Houve teima. Penso que posso dizer ao, a, ó (este não tão correto, mas...).

Vou ao Porto, vou à Figueira, vou a Coimbra, Vou às...

O nome das localidades, são masculinos e femininos...

Gostaria de ser elucidada quanto à questão de Moledo.

«Vou para o...», sentido de ficar.

«Vou ao...», vou, mas posso não ficar.

«Vou ó...» será correto?

Obrigada.

 

Marlene de Freitas Nóia Técnica superior/bióloga Santa Cruz das Flores, Portugal 9K

A minha dívida tem que ver com o novo Acordo Ortogáfico.  Pelo que já estive a ler, a palavra húmido manterá o h devido ao facto de, em Portugal, atribuir-se a esta palavra uma etimologia diferente do que a que é atribuída no Brasil (onde se escreve sem h).

Perante isto, e tendo em conta que a ideia por detrás do novo acordo era a de termos uma gramática única para todos os países que falam português, coloco a questão: mantemos duas gramáticas? Se eu adquirir um dicionário e uma gramática brasileira e me seguir por aqui, vou cometer erros nos textos que escrever em Portugal?

Pedro Henrique Borges Viana Estudante/escritor Patrocínio, Brasil 10K

Minha pergunta está relacionada com a etimologia da língua portuguesa. Ando escrevendo um livro onde os personagens são espíritos. Eles, como são feitos de matéria, são capazes de desaparecer em um lugar para reaparecer em outro. Meu problema está no fato de eu conhecer somente dois verbos capazes de descrever tal ação (teletransportar e teleportar). São verbos sucintos e diretos, mas eu procuro uma coisa diferente, uma vez que estes dois remetem um universo sci-fi e a ideia de naves espaciais e tecnologia do futuro.

Logo, preciso de um verbo que expresse uma nova ideia, onde um espírito seja capaz de teleportar-se sem ser confundido com um alienígena (como pode-se perceber na aplicação deste exemplo). Então, resta-me criar um novo verbo. Mas o que devo fazer para isto? Devo pesquisar prefixos e radicais? É correto fazer isto, ou vai contra alguma norma linguística? Pode ser malvisto aos olhos de estudiosos da língua portuguesa?

Ricardo Vetusto Estudante Rio de Janeiro, Brasil 13K

Na frase «Eu permiti aos alunos estudar/estudarem Português», está certa a concordância dupla?

Cristiano Pinheiro de Paula Couto Historiador Ann Arbor, Estados Unidos 8K

«A história ou, mais precisamente, a historiografia tem participado desse diálogo por meio de contribuições com origem em alguns de seus ramos, como a história intelectual e a história política renovada.»

«A história, ou mais precisamente a historiografia, tem participado desse diálogo por meio de contribuições com origem em alguns de seus ramos, como a história intelectual e a história política renovada.»

Afinal, como devo pontuar essa frase?

Luís Cantante Fernandes Estudante Paris, França 4K

Creio que em Portugal a lei vigente indica que todo o artigo oriundo do estrangeiro e que entra no mercado nacional deverá ser traduzido nomeadamente com a «lei sobre a rotulagem», porém reparei que nos últimos tempos a lei deixou de ser o que era.

Um exemplo concreto é o de uma empresa francesa que comercializa leguminosas embaladas e através da sua filial espanhola implantou a Valerianela locusta com o nome vulgar de canónigos, hispanismo escusado, uma vez que no repositório da «flora digital de Portugal» abundam os nomes vulgares em português para esta planta. Exemplos desses posso ainda citar dois com também duas firmas francesas, uma no sector da panificação em que o termo Millet é utilizado em vez dos diferentes nomes vulgares da língua de Camões, quanto a outra empresa, essa no ramo da cosmética, recorre ao termo Imortelle para uma das espécies de Helichrysum, e quando tentamos perceber o porquê, a resposta é categórica: «os nossos consumidores conhecem melhor esse produto sob essa mesma designação».

A minha pergunta é a seguinte: existe algum organismo que verifique a boa execução da tradução para o nosso idioma?

Caso assim não seja, eu só posso estar pessimista quanto ao futuro do português...

Vítor Serrano Desempregado Loures, Portugal 7K

Obrigado pelo vosso mui útil site.

Gostaria de ver esclarecido um tema que me é caro por via da religião e do seu estudo. As palavras: ruah e nepesh, psiké etc. que possam corresponder a ar, movimento, espírito, vida, ânimo, alma e animal; donde se efectua a divisão conceptual entre alma e espírito e entre estes e os significados etimológicos literais (ar/vida/movimento, etc.)?

Quais as diferenças conceptuais entre alma e espírito?

Poder-se-ia considerar aqui a tese de polissemia, por «empréstimos internos» ou «extensões semânticas»?

Estas questões vêm a propósito de um debate forístico.

Ismael Bisognin Corretor Barreiras, Brasil 7K

Como se escreve por extenso o seguinte numeral: R$/LB 1,8363 (ou seja: um real oitenta e três centavos e sessenta e três... por libra-peso)?

José Luiz Aleo Revisor São Paulo, Brasil 6K

Ultimamente, em meu trabalho de revisão de texto, venho me deparando com um tipo de construção que me causa dúvida: a concordância do verbo pronominal na oração subordinada. Levo em conta a regra de que, pelo menos para verbos não pronominais, esse tipo de concordância é facultativa quando o sujeito da segunda oração já for referenciado na primeira e o verbo estiver no infinitivo pessoal (ex.: «O professor ajudou as crianças a entender a lição»/«O professor ajudou as crianças a entenderem a lição»).

No entanto, a dúvida me ocorre quando o verbo da oração subordinada é um verbo pronominal. Nesse caso, é obrigatória a conjugação em número? E a presença do pronome átono? A fim de elucidar minha pergunta, deixo três frases que exemplificam as alternativas para minha questão:

1. «O garçom nos ajudou a sentar.»

2. «O garçom nos ajudou a nos sentar.»

3. «O garçom nos ajudou a nos sentarmos.»