Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Celso Alves Pais Formador e Docente do Ensino Superior Privado Sra da Hora, Portugal 288

Venho perguntar qual das frases é correta, ou mais correta: "passamos a vida a rebolar-nos na erva" ou "passamos a vida a rebolarmo-nos na erva"?

Filipa Oliveira Mãe Aveiro , Portugal 360

Em português de Portugal é errado classificar uma palavra como substantivo em vez de nome?

Helena Silva Médica Linda-a-Velha, Portugal 327

Estou a terminar um doutoramento numa instituição e gostaria de saber se devo dizer que sou "doutoranda nessa instituição" ou "doutoranda dessa instituição".

Muito obrigada.

Paulo Aimoré Oliveira Barros Aposentado Garanhuns, Brasil 280

Aqui no Brasil muitas pessoas costumam construir orações concessivas com a expressão «mesmo sem» a anteceder um verbo no infinitivo.

Exemplo: «Mesmo sem vê-lo, posso senti-lo.»

Entendo que se trata de uma locução de cuja legitimidade eu duvido bastante. Gostaria de saber a vossa opinião.

Agradeço-vos a atenção!

Alexandre Severo Lisboa, Portugal 623

Na frase «o perfil dela é desfilar de ódio contra tudo e contra todos», não seria mais correto o uso do verbo desfiar no sentido de «fazer correr em fio»?

Obrigado.

Jorge Santos Técnico superior Lisboa, Portugal 1K

Tenho-me deparado com o uso de tchutchuca no português do Brasil.

Por exemplo: 

«Assim, enquanto Musk se comporta como um "tigrão" no Brasil, enfrentando abertamente as autoridades, na Europa, ele assume o papel de "tchutchuca", cedendo rapidamente às exigências regulatórias»   (revista Forum, 05/09/2025) )

«Desmoralizado, Bolsonaro tenta de todas as formas pregar a imagem de "radical" nas redes, no entanto, até mesmo entre os seus apoiadores, o ex-mandatário se revelou "tchutchuca" do STF [Supremo Tribunal Federal]» (revista Forum, 16/04/2025) ).

Gostaria que comentassem esta palavra, que não parece ter registo em dicionários elaborados em Portugal.

Amanda Marques Tradutora São Paulo, Brasil 726

Procuro uma forma antiga portuguesa (medieval ou renascentista) para traduzir o francês arcaico ris (riso).

Há registros além de riso? Alguma variante ou termo em desuso com esse sentido?

Obrigada.

Misael Abreu Professor Simão Dias (SE) , Brasil 763

Gostaria de saber qual é a classe gramatical e a função sintática da palavra horrores na seguinte frase:

«Caminhamos horrores.»

Apenas para esclarecer o sentido, vejo a frase sendo usada para indicar que se caminhou muito, bastante, em demasia. 

Agradeço todos os esclarecimentos que puderem me oferecer.

 

João Martins Funcionário público Coimbra, Portugal 762

Ao longo dos séculos, a ortografia nas diversas edições de Os Lusíadas evoluiu.

Por exemplo, “Occidental praya” passou a ser «Ocidental praia»,” “Daquelles reis” passou a «Daqueles reis», "A fee, o imperio” passou a ser «A fé, o império», “forão dilatando” passou a ser «foram dilatando». Todos estes casos são evidentes e sem controvérsia.

Uma outra alteração surge no final da primeira estrofe: «entre gente remota edificarão….que tanto sublimarão» passou a ser «entre gente remota edificaram …que tanto sublimaram».

Esta alteração parece ser também banal. Mas é mesmo incontroversa?

Será que o poeta não queria terminar a primeira estrofe no futuro?

Se a estrofe terminasse no futuro e não no pretérito, o texto teria sentido: ele vai cantar os primeiros grandes navegadores portugueses (Vasco da Gama e companheiros) que passaram além da Taprobana e que posteriormente à narrativa – ou seja no futuro -- vieram a edificar e sublimar.

Note-se também que nessa primeira estrofe, na primeira edição surge «passaram ainda alem da Taprobana» e não «passarão ainda alem da Taprobana». Assim, duas perguntas concretas:

1/ Se no final do século XVI, o pretérito se escrevia como “edificarão / sublimarão ,” como se grafava o mesmo verbo no futuro (ou seja como se distinguiam as palavras que agora grafamos como edificaram e sublimaram?

2/ Que certeza temos que o poeta desejou terminar a primeira estrofe no pretérito e não no futuro?

Laiza Grener Estudante Rio de Janeiro, Brasil 821

Olá a todos desse maravilhoso site!

Gostaria de saber se posso utilizar a locução prepositiva «à luz de» como conjunção subordinativa conformativa.

Exemplo: «À luz do que é mencionado na Constituição Federal, fica vedada a associação de caráter paramilitar.»

Usei no sentido de «de acordo com, segundo, consoante,conforme, como». É válido isso?

Pois, conforme o Chat-GPT, o período: «À luz do que é mencionado na Constituição» → é uma locução prepositiva («à luz de») seguida de uma oração subordinada adjetiva: «do que é mencionado na Constituição Federal». Nesse caso, não temos uma conjunção subordinativa conformativa, mas sim uma locução prepositiva com sentido de conformidade ou fundamentação.

Obrigada.