Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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João Estêvão Estudante Brasil 304

Li, na Gramática de Napoleão M. Almeida, que o pronome se só pode indicar impessoalidade quando acompanha um verbo intransitivo, transitivo indireto, ou um transitivo direto cujo complemento é preposicionado (e.g.: Louva-se aos juízes).

Ele diz que, não preposicionando os objetos nos verbos trans. diretos, «elas [as palavras que têm essa função] forçosamente passariam a funcionar como sujeitos [i.e. a construção passaria a ser passiva]», e que construções como «Louva-se os juízes», onde o objeto não é preposicionado, seriam galicistas, por atribuírem ao pronome se a função reta.

Qual é o motivo do pronome se não poder indicar impessoalidade com os verbos transitivos diretos sem que o objeto destes seja preposicionado? E por que na construção «Passeia-se bem do Rio de Janeiro» o se não seria sujeito, ao passo que em «Louva-se os juízes» erroneamente se lhe atribuiria a função reta?

Obrigado.

António Vargues Contreiras Trabalhador em funções públicas Faro, Portugal 300

Quando dizemos que uma pessoa, que consideramos feia, é um camafeu (objeto de extrema beleza), qual é a figura de estilo que estamos a empregar?

Obrigado pelo vosso excelente trabalho.

Silvana Giumelli Tradutora Buenos Aires, Argentina 221

Quando uma sigla cujo significado inclui um substantivo deve concordar com o artigo correspondente no/na.

Essa regra também é aplicada no caso de «com base em»? Por exemplo: «Elaboração própria com base no IBGE».

Ou deveria ser: «Elaboração própria com base em IBGE»?

Maria Bolton Professora Londres, Reino Unido 237

«Às vezes, o verão pode ser demasiado quente, e "às outras vezes" pode chover demais»

«Às outras" não me parece correto. Não seria melhor " noutras vezes", "outras vezes", "outras?

Muito grata!

Diogo Maria Pessoa Jorge Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 373

Deve escrever-se «Tive permissão de aí entrar» ou «Tive permissão para aí entrar»?

Suponho que, sendo possível escrever das duas formas, dependerá do contexto – e, se assim for, peço o favor de me esclarecerem quando devo usar de e quando devo usar para.

Obrigado.

Grace Montenegro Enfermeira Porto, Portugal 250

No sentido de abrir caminho, ouvi algumas vezes a expressão «abrir alas». No entanto, não sei se será muito correto. Se o for, rege-se por alguma preposição?

Ou seja, na frase: «A temperatura estival parecia abrir alas para a multidão de pessoas que se aglomerou no Palácio de Cristal.»

Desconheço se faz ou não sentido, contudo, poderia substituir-se por: «A temperatura estival parecia abrir alas à multidão de pessoas que se aglomerou no Palácio de Cristal.»

Uma vez mais, quero reiterar os meus genuínos parabéns a toda a equipa que nos ajuda a aperfeiçoar este tão belo idioma de Camões.

Grace Montenegro Enfermeira Porto, Portugal 243

Tenho uma dúvida quanto à designação dos aeroportos.

Nesse sentido, gostava de saber se quando nos referimos a eles se pode omitir a preposição de. Exemplo:

(1) Com muita ansiedade, Maria e Joaquim chegaram ao aeroporto de Juscelino Kubitschek

ou poderia simplesmente escrever:

(2) Com muita ansiedade, Maria e Joaquim chegaram ao aeroporto Juscelino Kubitschek.

A mesma dúvida surge com os aeroportos de nomes compostos, como: Roissy-Charles de Gaulle, Cristiano Ronaldo, Francisco Sá Carneiro, etc... (o mesmo acontece com os nomes de monumentos). Pode parecer-lhes um dúvida muito inusitada, mas soa-me melhor sem a preposição.

Por outro lado, quando possuem nomes estrangeiros, devemos escrevê-los em itálico?

Peço desculpa por lhes ocupar o precioso tempo com questões deste tipo, mas agradeço encarecidamente a vossa explicação.

Augusto Pereira Reformado Chaves, Portugal 254

Qual a forma correta de escrever: «fui sair» ou saí?

Jaroslav Dobias Professor Bratislava, Eslováquia 284

Sei que o conjuntivo é usado com verbos de opinião na forma negativa, como «não acho que...». Mas também é possível usá-lo em perguntas?

Por exemplo, «Achas que ele fale português»?

Também gostaria de saber se é usado quando nos referimos ao passado. Por exemplo, «Achas que ele fosse a casa?», em vez de «Achas que ele foi a casa?».

Ou depende do grau da incerteza?

Muito obrigado.

João Estêvão Estudante Brasil 278

Diz o prof. Napoleão M. de Almeida, no §402, B de sua Gramática Metódica, o seguinte:

«Os verbos pronominais essenciais muito se aproximam dos verbos intransitivos, uma vez que exprimem ação que não pode passar para um objeto.»

Ora, se ambos os tipos de verbos indicam que a ação fica restrita ao sujeito, que diferença há entre eles, além de um indicar isso mediante pronome oblíquo da mesma pessoa que o sujeito (e.g.: Eu me queixeiTu te arrependesteEle se orgulha), e o outro não indicar isso de modo algum (e.g.: Eu corriTu saísteO pássaro voou)?

Obrigado