Para se referir um jornal com nome em inglês, como The Times, deve-se referir como “o Times”, “o The Times”, ou apenas “The Times”?
Exemplo:
1. De acordo com o Times…
2. De acordo com o The Times…
2. De acordo com The Times…
Li por aqui uma resposta de 24/10/2017 ("Derivação não afixal não pode levar afixos") enquanto buscava sanar uma dúvida muito frequente quando trato de processos de formação de palavras em sala.
Como identificar se a formação é deverbal/regressiva, formando substantivos, ou sufixal para formação de verbos?
No caso, a dúvida surgiu com a palavra processo: trata-se de formação deverbal de processar ou o verbo forma-se, por derivação sufixal, do substantivo processo?
Para além desse caso, é possível estabelecer algum parâmetro? Como a referida resposta cita, a única saída seria o conhecimento de história da língua, da origem de cada vocábulo?
Muito obrigado!
Venho por este meio pedir algum esclarecimento sobre os substantivos grémio (masc.) e guilda (fem.), que apresentam certo grau de sinonímia nas aceções recolhidas em vários dicionários embora nos textos de História, diversamente, pareçam corresponder a realidades diferentes. Transcrevo, para ilustrar, o seguinte trecho:
«Os soldados pertenciam frequentemente a associações conhecidas como collegia. Eram similares aos grémios comerciais ou às guildas do mundo civil e, à semelhança destes, a sua organização incluía oficiais, regras e protocolos.» Gladius. Viver, lutar e morrer no Exército Romano, De La Bédoyère, Guy. Ed.Crítica.
Indico também a seguir os significados dados por alguns dicionários para estes dois vocábulos.
Grémio • Dicionário Houaiss: «5.1 Corporação de ofício (Ex.: ).» • Porto Editora online: «Grupo de entidades patronais que exploram ramos de comércio ou indústria mais ou menos afins.»
Guilda • Dicionário Houaiss: «Associação que agrupava, em certos países da Europa durante a Idade Média, indivíduos com interesses comuns (negociantes, artesãos, artistas) e visava proporcionar assistência e proteção aos seus membros.» • Dicionário Priberam da Língua Portuguesa: «Organização de mercadores, de operários ou artistas ligados entre si por um juramento de entreajuda e de defesa mútua.» • Porto Editora online: «(HISTÓRIA) associação corporativa medieval que agrupava os indivíduos de um mesmo ofício (mercadores, artesãos, etc.) para fins de assistência e proteção de interesses comuns, geralmente regida por regras próprias e com jurisdição e privilégios exclusivos.»
Poderão comprovar do anterior que grémio e guilda são ambos definidos como corporações de ofício.
Acho, contudo, que no contexto da História e dos estudos históricos não são sinónimos.
Visto que a minha procura nos dicionários consultados não conseguiu esclarecer suficientemente esta dúvida, agradecia que pudessem trazer alguma luz sobre as diferenças entre grémio e guilda.
Agradeço de antemão a atenção dispensada e fico à espera da vossa resposta.
Existe a frase «Eu falto terminar a tarefa»?
Existe «eu falto à escola...», «Eu falto à reunião...», «Falta um aluno na sala...»
Na gramática, a estrutura «Eu falto» + outro verbo no infinitivo é válida na língua portuguesa normativa?
Qual seria a classe gramatical/função sintática do verbo faltar e terminar nessa frase?
Tenho duas questões sobre a utilização do apóstrofo em palavras compostas.
Segundo a alínea d) do ponto 1 da Base XVIII do AO90, «Emprega-se o apóstrofo para assinalar, no interior de certos compostos, a elisão do e da preposição de, em combinação com substantivos: borda-d'água, cobra-d'água, copo-d'água, estrela-d'alva, galinha-d'água, mãe-d'água, pau-d'água, pau-d'alho, pau-d'arco, pau-d'óleo.»
Ora, as minhas questões são as seguintes. Primeira, o uso nestas palavras é obrigatório, ou facultativo? Isto é, ambas as formas "mãe-d'água" e "mãe-de-água" são válidas? Segunda, só se usa nas palavras que os dicionários preveem como tal, ou em qualquer composto nas mesmas condições? Por exemplo, apenas encontro, nos dicionários que consultei, a forma botão-de-ouro para designar a espécie botânica. Poderei escrever também "botão-d'ouro"?
Desde já, muito obrigado pela vossa atenção.
Gostaria de saber se, no título de uma obra, o que (pronome) é colocado em maiúscula.
Diz-se que as palavras inflexivas, ou sejam invariáveis, têm minúscula inicial, e que, quando é pronome relativo, é também invariável. O pronome que escreve-se, portanto, com minúscula?
De que fonte (ou fontes) provém a regra ou convenção, para minha consulta posterior?
Muito obrigado pelo vosso excelente trabalho.
Na segunda quadra do soneto "Presença bela, angélica figura", de Luís de Camões, há referência à cor dos olhos da mulher retratada.
Gostaria de confirmar se os olhos da amada são negros, como creio, ou verdes.
Na leitura que faço, os seus olhos são negros e de tal modo belos que causam inveja àquelas que têm olhos verdes. É correta esta leitura?
Muito obrigada.
Gostaria de saber se noiva e nubente são completamente sinónimos.
Segundo o dicionário da Porto Editora, noiva significa «mulher que está para casar ou que está casada há pouco». Faz sentido, porque mesmo recém-casada, lhe costumamos chamar noiva.No entanto, a minha dúvida é se se pode também chamar nubente a uma mulher que acaba de se casar.
Podem elucidar-me, por favor? Consultei algumas fontes, mas não consegui encontrar uma explicação coerente.
Muito obrigada!
Eu e alguns colegas entramos numa boa discussão gramatical devido à frase: «Circe faz você tão tentadora quanto à mais bonita sobremesa.»
Entendemos que o acento indicativo está equivocado (estamos corretos?); mas apresentamos uma divergência: a frase está equivocada, pois apresenta apenas um artigo ou uma preposição?
Não consigo ver a frase citada apresentado a preposição; porque, em estruturas semelhantes, a "preposição" não aparece; porém fiquei na dúvida.
Obs.: Eu entendo que «quanto a» significando «em relação a» tem preposição; mas a estrutura da frase citada parece-me muito com as estruturas dos graus dos adjetivos que não usam a preposição.
Desde já, agradeço-lhes a enorme atenção.
Atualmente, é possível encontrar em dicionários a distinção semântica entre os verbos pontuar e pontoar. O primeiro, em síntese, significa «usar sinais de pontuação», ao passo que o segundo guarda o sentido de «marcar pontos» em torneio, certames, competições, etc. É incontestável que os verbos citados possuem outros significados, mas a dúvida incide sobre a (im)possibilidade de se utilizar pontuar com o sentido de «marcar pontos». Vejamos algumas observações:
1. Cegalla, em seu Dicionário de dificuldades da língua portuguesa, estabelece tal separação de sentido: pontoar para marcar pontos em torneio, pontuar para sinais de pontuação.
2. O Dicionário Houaiss também discrimina os sentidos, mas, ao fim do verbete pontuar, sinaliza que este é sinônimo derivado de pontoar.
3. O Dicionário Caldas Aulete, hodiernamente, registra pontuar com o sentido de «marcar pontos».
4. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa indica pontuar com o sentido de «usar sinais ortográficos».
5. Os dicionários Michaelis e Priberam diferenciam pontuar e pontoar conforme a corrente majoritária (o primeiro para sinais de pontuação, o segundo para marcar pontos).
6. Em dúvida similar enviada à Academia Brasileira de Letras, a resposta que obtive contempla o verbo pontuar com os sentidos de «4 t.d. atribuir grau, nota, ponto a (prova, trabalho, desempenho etc.) <o professor esqueceu-se de p. duas questões>» e de «5 int.; desp marcar pontos <p. numa partida de muitos gols>».
Diante do que foi exposto, minha dúvida remanesce em razão da massiva divulgação por professores de que construções como «o aluno pontuou pouco no certame» estariam incorretas. Logo, pergunto: é aconselhável escrever com tal distinção, é obrigatório ou é facultativo?
Obrigado
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