Estou a rever a minha dissertação de mestrado e gostaria de colocar uma questão sobre a utilização de maiúsculas na primeira letra das designações dos conceitos, em português pré e pós acordo ortográfico.
Devo referir que li os tópicos que encontrei associados a esta questão no site, não tendo encontrado resposta específica a esta questão. Também devo referir que não sei se a minha questão tem regras claras de redação em língua portuguesa, ou especificamente no mundo académico e universitário.
Apenas para contextualizar minimamente, refiro que a minha dissertação está relacionada com a Gestão do Conhecimento nas organizações. Para expor devidamente a minha questão estruturei-a pelas seguintes observações e dúvidas:
1- Existem variados conceitos da área de GC (como em qualquer área) que fui buscar à literatura existente, normalmente em inglês: «Best Practices», «Lessons Learned», «Communities of Pratice».
2- Ao traduzir para português, algumas designações têm uma tradução imediata e a utilização de maiúsculas é bastante transparente:
Ex. Best Pratices (BP) -< Melhores Práticas (MP), Lessons Learned (LL) -< Lições Aprendidas (LA)
3- Existem, no entanto, algumas designações que incluem artigos definidos (de/do/da/dos/das), em que a utilização de maiúsculas na sua tradução é também transparente, ou pelo menos, “aceitável”:
Ex. Communities of Pratice (CoP) -< Comunidades de Prática (CdP)
4- A 1.ª parte da minha questão é se, ao expor um conceito cuja designação consiste numa só palavra, como por exemplo, innovation, se devo redigir a primeira letra em maiúscula ou minúscula (ou seja, respectivamente inovação ou Inovação). Neste caso penso que o correcto é utilizar maiúscula, o que de qualquer forma, em pequenos textos com muitos conceitos fica estranho.
A 2.ª parte da minha questão é se, ao expor um conceito cuja designação inclui algumas palavras e artigos definidos, qual é a regra que se deve utilizar nas palavras. Refiro como exemplo o «Desenvolvimento de novos Produtos, Modelos e Protótipos, Serviços e Processos». O aspecto desta designação fica “estranho” e sou tentado a utilizar maiúscula apenas na primeira palavra, ficando dessa forma «Desenvolvimento de novos produtos, modelos e protótipos, serviços e processos».
Tendo neste momento a percepção de que é mais correcto redigir conceitos de designações longas apenas com a primeira letra da primeira palavra em
maiúscula, por coerência a minha vontade é utilizar sempre apenas a primeira letra em maiúscula e, voltando aos primeiros conceitos referidos, redigir apenas «Comunidades de prática», «Melhores práticas» e «Lições aprendidas».
Esta parte da questão é para mim a mais importante, e leva-me ainda a um outro aspecto. Nos trabalhos de mestrado e doutoramento são utilizadas listas de siglas, em que cada sigla é em primeiro lugar apresentada na lista (ex. “CdP – Comunidades de Prática”), e no trabalho em si a designação é da primeira vez referida por extenso, seguida da sigla entre parentêses (ex. “… as
Comunidades de Prática (CdP) são … . Por esse motivo as CdP têm como função … “).
A questão aqui é se, no seguimento das observações anteriores, se é correcto associar uma sigla com maiúsculas e minúsculas a designações em que apenas a primeira letra está em maiúscula.
Ex. (Na lista de siglas) “CdP – Comunidades de prática; MP - Melhores práticas”
(No texto) “As Comunidades de prática (CdP) são …. Por esse motivo as CdP têm como função … . Ainda nesse sentido, as CdP facilitam a partilha de Melhores práticas (MP). As MP estão relacionadas com a …”)
Agradeço desde já o esclarecimento desta questão.
No meu manual surgiu-me um exercício em que solicitam a divisão dos quatro primeiros versos da estância 129 d´ Os Lusíadas, em 5 orações e a verdade é que ninguém, na minha turma, consegue chegar a uma conclusão.
Podem ajudar-nos?
Gostaria de saber qual a grafia correta da capital da Arménia. Numa pesquisa rápida encontrei Ierevan, Ierevã, Erevan, Erevã, Erevão e Yerevan.
Na sequência da resposta dada à minha dúvida sobre uma pergunta do exame nacional de Português do 12.º ano, que muito agradeço, devo dizer que não creio que as minhas dúvidas tenham sido bem endereçadas.
Eu não duvido de que a opção D esteja, também ela, correcta. Está, aliás, como bem foi dito na resposta em linha com a intenção geral da autora do texto. Acontece que a opção A me parece possível. Isto a menos que o verbo "coincidir" — e é este o epicentro da minha dúvida, perdoe-se-me a parca imaginação da imagem —, a menos que o verbo "coincidir", dizia, retenha pouco da sua carga etimológica (não sei que lhe chame; legado talvez se adeque). Pois, se é formado pela partícula "co" e pelo verbo "incidir", descreverá, suponho, uma incidência em comum. E essa incidência verifica-se; tanto nas leituras críticas que defendem Fernão Mendes Pinto quanto nas que o repreendem.
Porque todas parecem tratar da repreensão de que ele é alvo por relatar acontecimentos falsos.
Gostava de saber a origem do meu apelido, Caronho.
Esse trecho do poema de Cecília Meireles pode ser considerado como uma prosopopeia?
«E as borboletas sem voz
Dançavam assim veludosamente.»
Qual será a maneira correcta de escrever a expressão «mas pronto»?
No seguimento de uma frase do género «Ele quis ir ali, mas, pronto, não deu», entendo que se use uma virgula entre as duas palavras, mas quando a expressão aparece no fim de uma frase, mantemos a vírgula? «Ele era bom naquilo que fazia, mas pronto», ou «Ele era bom naquilo que fazia, mas, pronto»?
Se considerarmos a expressão conforme a dizemos, não terá lógica omitir a vírgula? Como já vi escrito das duas maneiras, com e sem vírgula, tenho essa dúvida.
Num teste feito pela minha professora de Português, tinha de analisar morfologicamente a frase "A publicidade... (não me lembro)... e cria muitos empregos." Ao chegar à palavra "muitos", pensei "Isto é um advérbio. Não, espera, os advérbios são invariáveis. Isto deve ser outra coisa." Não me lembrei logo do que seria. Na altura da entrega e correção, percebi: seria um determinante indefinido, mas a professora corrigiu como sendo advérbio, opção que pus logo de parte. Depois de lhe fazer esta observação, ela argumentou, dizendo que nem todos os advérbios têm de ser invariáveis. E explicou ainda que estas regras gerais podiam ser quebradas, dando outro exemplo: nem todas as palavras com o sufixo -íssimo são adjetivos, como no caso de muitíssimo. Já não lhe consegui dizer a que classe de palavras eu achava que podia pertencer essa palavra.
Já vi noutra pergunta semelhante que responderam dizendo que muito(s)/a(s), nesse caso (... muita saúde...), seria um pronome indefinido. (Até porque os advérbios costumam anteceder os adjetivos. Os nomes costumam ser precedidos por determinantes.) Sabia do indefinido, mas discordo do pronome, porque são os determinantes que antecedem um nome, não os pronomes. Gostaria que me esclarecessem esta questão, além de confirmarem se não é mesmo um advérbio.
Quanto ao muitíssimo, também estou curioso. Desconfio que seja um advérbio, porque a sua raiz também o é. Não posso deixar também de me lembrar de uma palavra muito usada pela minha professora de Geografia: coisíssima. Faz sentido existir. É o quê? Desconfio de um substantivo, mas também não sei.
Gostaria de saber qual das opções abaixo está correta:
Quero compartilhar fotos de eu mesmo cantando.
Quero compartilhar fotos de mim mesmo cantando.
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