Mais de uma vez, nos mais variados contextos, vi surgir a palavra sedutório enquanto sinónimo da palavra sedutor. É tal correcto, ou um abuso linguístico?
A interjeição uai, que exprime espanto, surpresa, impaciência, susto, terror, é muito usada em Minas Gerais, Brasil, pelos mineiros, seus naturais ou habitantes, constituindo-se num verdadeiro símbolo deles e de seu Estado, embora também se faça ouvir em outros Estados brasileiros como, por exemplo, em Mato Grosso do Sul, onde nasci e moro. Eu mesmo sempre a utilizei, pouco me importando se ela é considerada por muitos também como símbolo caipira ou como linguajar caipira.
Li alhures que em Portugal a palavra em apreço é usual em Setúbal. É verdade? Se a resposta for afirmativa, poderiam dizer-me se a mesma tem uso apenas na cidade de Setúbal ou também em todo o distrito de Setúbal? E em outras partes de Portugal ela seria utilizada?
O dicionário em linha da Porto Editora consigna uai, acusando a sua utilização na Guiné-Bissau, entretanto, nada dizendo se nos demais países africanos de expressão portuguesa ela ocorre, pelo que peço os esclarecimentos do Ciberdúvidas quanto a este ponto específico. Registre-se ainda que o referido elucidário eletrônico parece ignorar o uso da mesma no Brasil, já que a ele não faz menção.
Peço ainda informações sobre a etimologia da interjeição em apreço e bem assim se teria vindo de Portugal para o Brasil durante a colonização.
Por favor, os esclarecimentos do nosso Ciberdúvidas, sempre eruditos, corretos e estéticos, portanto de alta qualidade.
Muito obrigado.
É correto dizer: «As árvores fornecem o ar que respiramos, a sombra que nos (abrigamos) ou (abriga) e o verde...»?
«Já lá fora, antes de entrar no automóvel, ainda voltámos a fitar aquela magnífica construção executada pelos monges cestercienses.»
Nesta frase, devo escrever «entrar», ou «entrarmos»? (Quem ia entrar no automóvel era eu e a minha mulher.)
Como é feita a translineação e a divisão silábica de magnífico? Para a primeira é «mag-ní-fi-co», e para a segunda, «ma-gni-fi-co»?
Tenho visto com frequência os vocábulos ingleses amenities (no sentido de comodidades oferecidas por determinado alojamento) e complimentary (na aceção de gratuito) traduzidos em português respetivamente como amenidades e «de cortesia». Tenho grandes reservas em relação a estas traduções, especialmente a primeira, que me parece um decalque, e não as encontrei dicionarizadas como tal nas publicações que consultei.
Grato, desde já, pelo vosso esclarecimento.
A minha dúvida prende-se com a maneira correcta de pronunciar o nome Diego.
Este nome encontra-se na lista autorizada de nomes do Instituto dos Registos e Notariado de Portugal, mas por ser pouco comum ninguém me sabe dizer se se pronuncia "Diêgo" ou "Diégo".
Será que me podem ajudar?
Obrigada.
Deve dizer-se: «Deve evitar-se fazer queimas nos pinhais», ou «deve evitar-se fazer queimadas nos pinhais»?
Sempre ouvi e li «queimas (de geada)» para vegetais (videiras, hortaliças, etc.) e «queimadas» para restos de matos ou urze nos pinhais.
Obrigado.
Gostaria de descobrir mais informação acerca de um topónimo que é o Beco do Brangala, nome que parece ser único entre a toponímia portuguesa. Tenho neste momento duas "teorias": que Brangala tenha por base um antropónimo, provavelmente um patronímico, mas não consigo encontrar mais informação acerca da sua origem. Uma busca pelo Dicionário Corográfico do Arquipélago da Madeira também não me apresentou qualquer referência; e/ou que é uma corruptela de bangala, referindo-se a um individuo em particular pertencente a esse povo. Podem ajudar-me, por favor?
O feminino de gramático, por mais estranho que pareça, é gramaticista, forma muito defendida pelos mais notáveis gramáticos clássicos.
Gramática é a Bíblia da língua. Não é o feminino de gramático.
Alguém que frequentou direitinho a escola, mesmo somente até ao ensino médio, errará no emprego do feminino de gramático? Queria acreditar que não. [...]
Gramática é o feminino de gramático?
Obrigado.
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