A propósito da resposta sobre o valor da expressão «uma vez que» (assim como do de «uma vez»), gostaria de saber a classificação morfológica da expressão «uma vez» na frase «Uma vez deferido o processo, resolvo a situação», uma vez que a dita expressão pode ser suprimida sem afetar o entendimento: «Deferido o processo...»
Gostaria de saber o significado dos seguintes provérbios:
«Ano de ameixas, ano de queixas.»
«A campo fraco, lavrador forte.»
«Mais vale lavrar o nosso ao longe que o alheio perto.»
«A boa fazenda nunca fica por vender.»
«Cada um colhe segundo semeia.»
Como se poderão traduzir em português os termos médicos ingleses intimal thickness e medio-intimal thickness (espessura da íntima, espessura do conjunto da camada média e da íntima), em menos palavras e de maneira mais concisa? Suponho que intimal em português não seja aceitável. Haverá algum vocábulo com esse significado («da íntima», «da média», «da íntimo-média»)?
O novo Acordo Ortográfico recorre frequentemente à expressão «aconselhável ou não aconselhável» em Portugal para suportar a manutenção ou supressão de algumas consoantes. Gostaria de saber qual a posição "oficial" do AO no que diz respeito às variações regionais do português europeu na pronúncia das mesmas consoantes. Na ilha da Madeira, a pronúncia de consoantes que no continente são mudas faz parte do padrão culto. É o caso de sector e de recepção. Como proceder nestes casos? A mesma questão se coloca com algumas variações no Norte de Portugal. No Minho fui criado e educado a dizer "contato", "contatar" etc., tal como no Rio de Janeiro, mas diferentemente de Lisboa. E tenho também dúvidas quanto à acentuação da primeira pessoa do plural dos verbos em -ar, que no Norte de Portugal todo e no Brasil se pronuncia com a fechado ("cantamos"/"cantamos" e não "cantámos"/"cantámos") e indistinguível do presente, como, aliás, nos verbos em -er se faz em todo o lado. No território da República Portuguesa existe uma norma oficial? Ou, como julgo ser o caso (e no espírito do novo AO), permite-se a variação regional?
Qual é o significado da expressão «à meia pálpebra»? Não me parece usual; em que contextos geralmente é utilizada? Imaginei que talvez se referisse a um estado de sonolência (ou a casos em que é possível haver movimento dos olhos, como em um sorriso ou oscitação), em um sentido mais literal, mas, nos poucos registros que encontrei na Internet, a expressão parece ser mais utilizada em uma acepção conotativa (que, aliás, desconheço) como em «passou os olhos à meia pálpebra no corredor». Seria possível dizer e escrever que alguém está «à meia pálpebra de sono»? Seria coerente dispensar o artigo feminino e escrever «a meia pálpebra»? Além disso, também a encontrei grafada com hífen; esta forma hifenizada tem razão de ser?
Já agora, quero congratular a admirável equipe do Ciberdúvidas pelos excelsos serviços prestados à língua portuguesa e a seus falantes.
Gostaria de saber se ambas as sentenças que se seguem — «o João pediu para eu fazer» ou «o João pediu para mim fazer» — estão corretas.
Como fazer a divisão silábica da palavra Lisboa?
Estou atualmente morando numa cidade do Rio Grande do Norte e sempre escuto dizer «prefeitura do Natal». No caso, não sei se a preposição com o artigo do está empregada corretamente, porque sempre pensei que seria correto dizer «prefeitura de Natal».
Qual seria o uso certo?
Tenho uma imensa dificuldade de encontrar textos que apresentem fidedignamente a representação fonética do s beirão, o mesmo som que é usado no galego e também em alguns sotaques espanhóis. Até então, baseado no que estudei, o som que parece se assemelhar mais ao s beirão é: /s̺/ (um s com o diacrítico para marcar que é apical), ou seja, sibilante apicoalveolar surda. Gostaria muito do parecer de vocês sobre esse assunto. Já encontrei este som sendo representado como retroflexo /ʂ/, e inúmeras representando este som apenas com um ponto abaixo do s: /ṣ/.
Espero que possam me ajudar.
É correto dizer-se «ao lado de mim»?
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