Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Cristina da Fonseca Tradutora Cascais, Portugal 338

Normalmente ao escrever um texto utilizo um artigo definido antes do substantivo, que no meu caso é uma substância ativa, e geralmente omito o referido artigo definido quando faço referência ao nome comercial da referida substância ativa.

Um exemplo genérico disto seria: «O paracetamol pode ser tomado com ou sem alimentos» versus «Ben-u-ron pode ser tomado com ou sem alimentos».

Gostaria de saber se isto está de facto correto e como justificar/substanciar estes casos específicos.

Mário Fernando Marques de Oliveira Economista (ex-administrador de empresas) Reformado Coimbra, Portugal 178

Considerando que a Porto Editora considera disjunção como substantivo correspondente ao verbo disjungir, pergunto se deveremos relacionar o adjetivo disjuntivo e o substantivo disjuntor com o verbo disjungir ou disjuntar?

Por analogia, deveremos considerar conjunção como substantivo correspondente ao verbo conjungir? E, quanto ao adjetivo conjuncional, no adjetivo conjuntivo e ao substantivo conjuntiva, deveremos relacioná-los com os verbos conjungir ou conjuntar?

Por último e também por analogia, deveremos considerar adjunção como substantivo correspondente ao verbo adjungir? E, a respeito do adjetivo e substantivo adjunto ou do substantivo adjutor e do adjetivo adjutório deveremos relacioná-los com o verbo adjungir ou juntar?

E se não for abuso solicito que acrescentem conjunto aos vocábulos conjunção, conjuncional, conjuntivo e conjuntiva

Isabel da Silva Administrativa Portugal 298

No final da frase «Aproveito para questionar se é necessário retirar os veículos do interior das garagens individuais», devo colocar um ponto final ou um ponto de interrogação?

A mim parece que devo colocar um ponto final, mas fica sempre uma duvidazinha no ar...

Obrigada.

Alexandra Martins Professora Aveiro, Portugal 264

Na frase «O Joel estava sozinho em casa», qual a função sintática de «em casa»?

Muito obrigada pelos esclarecimentos.

Eugénia Torres Professora Caldas da rainha, Portugal 370
Miguel Reis Professor Lisboa, Portugal 401

Estou com dificuldades em analisar sintaticamente a frase «Fiz do recreio uma festa».

A minha primeira intuição foi considerar o constituinte «uma festa» complemento direto e o constituinte «do recreio» complemento oblíquo. Mas fazendo a substituição pronominal do complemento direto não me soa muito gramatical a frase «Fi-la do recreio».

Parece-me que aqui o verbo fazer se comporta como um verbo transitivo direto, no sentido de «Transformei o recreio numa festa». Neste caso «o recreio» seria complemento direto e «uma festa» seria predicativo do complemento direto. Substituindo o complemento direto pelo pronome, ficaria «Transformei-o numa festa», o que é perfeitamente gramatical.

O problema da primeira fase é que em termos de sentido ela é equivalente à segunda frase, mas as categorias sintáticas não me parecem encaixar bem.

Outro exemplo: «Fiz o João feliz». Aqui não me parece haver dúvidas: «o João» complemento direto e «feliz» predicativo do complemento direto («Fi-lo feliz»). Mas, retomando o primeiro exemplo, eu poderia dizer, com um significado semelhante: «Fiz do João uma pessoa feliz». E, com a estrutura do verbo fazer, o complemento direto passaria a ser «uma pessoa feliz» e «do João» complemento oblíquo.

Mas mais uma vez não me parece muito gramatical a construção: «Fi-la do João.»

Obrigado.

Maria Carreira Engª Portugal 154

Surpreendeu-me muito ouvir que enxertar é usado em várias regiões de Portugal como sinónimo de encetar e de encertar (sendo estes dois termos sinónimos).

Assim sendo, pergunto:

Qual a explicação (simples e razoável) para enxertar = encetar / encertar?

Poderá ser por influência do galego?

Obrigada. 

Maria Freire Professor Portugal 318

A forma verbal "envelopar" existe em português de Portugal?

Grata pela resposta.

Miguel Reis Professor Lisboa, Portugal 341

Gostaria de saber se de facto estou a analisar de forma correta a seguinte frase:

«Este encontro entre o desejo de tornar Camões acessível a todos e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido, tem sido um desafio.»

Sujeito: «Este encontro entre o desejo de tornar Camões acessível a todos e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido.»

Predicado: «tem sido um desafio»

Predicativo do sujeito: «um desafio»

Agora, quanto ao sujeito, vejo um grupo nominal principal («Este encontro») e um complemento do nome encontro: «entre o desejo de tornar Camões acessível a todos e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido»

Continuando a análise em caixinhas dentro de caixinhas, este complemento do nome é constituído por dois grupos nominais, sendo o primeiro «o desejo de tornar Camões acessível a todos», e o segundo «e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido».

Deixarei para depois a análise deste último complemento que integra uma oração coordenada adversativa.

Para já interessa-me esclarecer o constituinte «entre o desejo de tornar Camões acessível a todos». É composto por um grupo nominal «o desejo» e por sua vez por outro complemento do nome «de tornar Camões acessível a todos» assegurado por uma oração subordinada completiva.

Gostaria de proceder à análise sintática independente desta oração completiva: «Camões» seria complemento direto do verbo tornar;«acessível a todos» seria predicativo do complemento direto «a todos», complemento do adjetivo acessível.

A minha dúvida é esta: é defensável a ideia de que «a todos» seja complemento indireto?. Exemplo: «Eu tornei Camões acessível a todos»/ «Eu tornei-lhes Camões acessível» (parece-me pouco gramatical).

Obrigado e bom trabalho.

Christian Lesage Tradutor São Paulo, Brazil 249

Posso dizer "fui ladrado por um cão"?

Obrigado.