Será legítima a aplicação deste "por que", na frase abaixo, com o sentido de "para que"?
Muito obrigado pelo vosso precioso trabalho, que o leio todos os dias com atenção.
"E por que isto suceda, Maria foi caindo(...)"
Agradecia que procedesse à análise sintáctica da seguinte frase: "Vasco da Gama despediu-se do rei de Melinde."
Obrigado.
Gostaria de saber quais os diferentes significados do termo em epígrafe nomeadamente relativamente ao seu uso na arte.
Como apareceu esta palavra na gíria jornalística e na nossa língua?
Suponho que tenha que ver com um neologismo: a "caixa" de composição tipográfica de que os antigos jornalistas se lembram e que se referia ao tamanho (corpo) da letra.
As notícias mais importantes tinham direito a um grande título, na primeira página, composto com uma "grande caixa".
A "caixa" era uma espécie de gaveta onde se ajustavam os caracteres metálicos que iriam fazer a matriz da rotativa.
Estarei errado? Haverá uma etimologia que desconheço?
Deixemos a íris; passemos à pupila…
Obrigado pela resposta respeitante à íris. No que respeita à pupila o que gostava de saber é de onde vem a expressão menina do olho.
Cumprimentos.
Os brasileiros chamam gol ao que nós chamamos golo. Como eu não sou especialista, nem de linguística nem mesmo de futebol, acho mais natural a expressão que ouço mais vezes, ou seja golo. Como ambos os vocábulos derivam do inglês ("goal"), provavelmente as duas opções estão certas.
O que mais me inquieta é no entanto a construção do plural de gol. Nos jornais brasileiros que leio com regularidade, vejo frequentemente gols.
Pergunta: Há mais alguma palavra portuguesa terminada em -ol que faça plural em -ols?
Não seria mais normal que o plural de gol fosse goles, golos, ou até mesmo góis?
Bem, mas uma coisa é certa, de golos, os brasileiros sabem muito mais que nós!
Com respeito à pergunta do consulente Luís Graça, permito-me discordar da resposta emitida pelo Professor José Neves Henriques, por duas razões: a primeira: não cabe a quem lida com determinada palavra, por ser ela restrita a seu meio ou por tê-la criado, o atributo de decidir a regra gramatical que se deve seguir para a mesma palavra. Se assim o fosse, um médico não saberia nunca como escrever um termo novo próprio do vocabulário da Engenharia, por exemplo. As regras gramaticais existem para todos os que as usam e se aplicam igualmente a palavras em uso e a neologismos, principalmente a estes, uma vez que os 'novatos' é que mais se devem sujeitar às regras existentes, mesmo para que não surjam outras, o mais das vezes desnecessárias, que só irão criar confusão - precisamos de pensar também, e mais ainda, nos que ainda vão aprender o nosso idioma.
Quanto ao caso específico do 'não' seguido de adjetivo (aqui, minha segunda razão de discordância) e na forma dos exemplos dados pelo consulente, creio que se deva considerá-lo um advérbio a modificar o termo que se lhe segue (sem necessidade, portanto, de hífen).
Assim, escrevemos:
pessoal docente, pessoal não docente
radiação ionizante, radiação não ionizante
critérios estabelecidos, critérios não estabelecidos
circunstância atenuante, circunstância não atenuante, etc.
No caso - não citado pelo consulente, mas existente - do 'não' seguido de substantivo, emprega-se o hífen, pois se trata de autêntico prefixo:
não-ordenamento, não-realização, não-violência, etc.
Em não havendo um substantivo expresso que modificar, deve-se ter apenas o cuidado de verificar se se trata de uma expressão que exija ou não o hífen.
Vejam-se o seguintes exemplos:
"Os não-fumantes vivem sofrendo o prejuízo causado pela fumaça do cigarro alheio", "Os homens fumantes devem permanecer neste vagão; os (homens) não fumantes, naquele outro".
É claro que, a bem da elegância, não convém servir-se desse tipo de construção nos casos em que a Língua fornece opção. Usemos "projeto inalterado", em vez de "projeto não-alterado", "pessoas indecentes", em vez de "pessoas não decentes", e por aí adiante.
Na esperança de ter sido útil...
Um abraço.
Acho "sanita" horrível, mas tenho reparado (após intensos inquéritos) que a maior parte das pessoas acha, pelo contrário, "retrete" horrível... Será que depende da região de origem de cada um?
Muito agradeceria sua opinião sobre o significado correto do verbo reverter. A consulta se deve a divergências quanto à propriedade de se utilizar "reverter" no sentido de "inverter" ou "fazer refluir" uma tendência ou um movimento. Os puristas teriam tendência a atribuir a este verbo apenas o significado de "voltar à origem", "repetir o ato de verter", "reverter um bem em herança a alguém".
Pessoalmente, defendo que o verbo reverter pode ser usado em todos os casos acima, mas agradeceria uma opinião de quem realmente entende do assunto. Desde já agradeço a atenção e parabenizo os responsáveis por este serviço.
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