Vc. foi/é a melhor coisa que...
(A) Vc. foi a melhor coisa que já me aconteceu.
(B) Vc. é a melhor coisa que já me aconteceu.
A resposta não é fácil. O acontecimento é passado. Mas a namorada, mais importante que o acontecimento, é presente. Se for esta a circunstância no momento da fala, somos levados a proferir a frase (B). Mas se o falante tiver em mente o que aconteceu para que ela passasse a ser a namorada, ele seria impelido a dizer a frase (A). Tudo depende das circunstâncias: acidentais/casuais e psicológicas.
Se a namorada já não existisse, permaneceria nele a saudade. Como sabemos, a saudade assenta no amor, no desejo, na recordação e no tempo passado. E como não há saudade sem tempo passado, o Pedro diria a frase (A) ou outras em tempo passado:
a) Ela foi a minha vida.
b) Ela foi todo o meu ser.
Mas como a saudade torna presente as coisas passadas, que às vezes sentimos que se prolongarão no futuro, o Pedro poderá dizer frases como as seguintes:
c) Ela é todo o meu ser.
d) Ela continua viva em mim.
e) Ela continuará sempre viva em mim.
f) Ela continua e continuará sempre viva e actuante no meu coração.
Se ela já não fosse a namorada do Pedro... depende da situação em que se separaram. Poderia ele proferir frases de amor, de desespero, de indiferença, de repulsa, etc.