No poema "Seus Olhos", de Almeida Garrett, nos versos 4 e 5, «Não tinham luz de brilhar,/ Era chama de queimar», podemos aceitar a presença de três recursos expressivos, a metáfora, a hipérbole e a antítese?
Passo a explicar o meu ponto de vista.
– Metáfora e hipérbole (o poeta pretende realçar o poder que os olhos da mulher têm sobre ele e os sentimentos intensos que ela provoca, ao ponto de o fazer sofrer).
– Antítese (mostra que o amor que o sujeito poético sente é paradoxal, isto é, intenso, mas, ao mesmo tempo, destruidor).
Agradeço, desde já, a atenção e um possível esclarecimento.
Recentemente tive esta dúvida ao rever um texto.
Deve haver vírgula na frase «Voluntários procuram-se!»?
Comecei por (instintivamente) achar que sim, mas depois achei que estava a olhar para os voluntários como um vocativo, que não são.
Muito obrigada.
Gostaria de saber se a palavra infodemia existe no plural, ou se já supõe um coletivo.
Obrigada!
Em frases do tipo «ao que lhe responderam», «ao que lhe disseram», por exemplo, em «perguntei-lhes tal coisa, ao que me responderam...», qual a função do «o que» se liga à preposição a e qual a função do que que antecede «responderam», «disseram»?
Muito obrigado!
É possível relacionar a conjunção adversativa mas com ideias de condição?
Por exemplo, na frase abaixo, pelo menos a meu ver, o sentido expresso pelo referido vocábulo se aproxima muito do mesmo valor da conjunção se ou da locução «desde que».
«Você até pode sair hoje à noite, mas não vá a nenhuma boate, nem consuma bebida alcoólica.»
Obrigado.
Outro dia, lendo o livro Sintaxe Clássica Portuguesa de Cláudio Brandão de Sousa, eis que me deparo com a seguinte construção: «[...] a preposição de serve de exprimir [...].»
O questionamento me surgiu devido ao uso do infinitivo após a preposição de, porque, pelo menos para mim não é comum, foi a primeira vez que vi. Daí procurei em alguns dicionários se havia abonações de exemplos semelhantes, mas só encontrei com substantivos, como por exemplo: «o cabo da vassoura serviu-me de cajado».
Assim, se possível for, por gentileza, gostaria de saber sintaticamente qual seria a função do verbo servir no contexto mencionado. Seria complemento verbal? Oração adverbial?
Obrigado.
Voltando novamente ao uso do infinitivo pessoal/impessoal (flexionado ou não), queria esclarecer se, de facto, há situações que exigem um ou outro. Ou seja, estamos a falar de questões meramente estilísticas, sem que o seu uso indiferenciado implique agramaticalidade frásica?
Muito obrigado pelo contributo.
Estava estudando predicados e sugiram algumas dúvidas que pesquisando pela internet não consegui compreender. Pode me ajudar?
Como classifico um predicado de uma oração com sujeito indeterminado, oculto ou sem sujeito?
Nos dois primeiros casos, apenas observo se há VL [verbo de ligação] + PS [predicado do sujeito] para eliminar um PN [predicado nominal]?
Na oração sem sujeito, se não há sujeito, será sempre um predicado verbal? Meio confuso...
Desde já agradeço.
«Não DEVEMOS ter medo de nada e NÃO (devemos) DESISTIR da luta.»
Na frase anterior será possível subentender o verbo devemos entre o advérbio não e desistir?
Obrigado
Suscita-me dúvida a função sintática do constituinte «de mudança» na frase «Todo o mundo é composto de mudança».
Muito obrigado.
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