A forma antiquíssimo é tradicionalmente considerada a forma correta do grau superlativo absoluto sintético de antigo. A formação do superlativo tem por base o radical da palavra em latim clássico (antiqu-, de antiquus), como outros superlativos transmitidos por via erudita (frigidíssimo, nobilíssimo). Antiquíssimo é, portanto, a forma clássica e normativa. No entanto, a forma antiguíssimo também pode ser usada, pois segue o padrão mais produtivo e regular de formação de superlativos em português – acrescentando o sufixo -íssimo ao radical do adjetivo antigo. Essa flexibilidade ocorre porque a língua permite, especialmente em contextos menos formais, o uso de variantes que sigam as regras gerais de derivação. Apesar disso, antiquíssimo é a forma mais consagrada e geralmente preferida em contextos formais ou literários.
Relativamente ao superlativo absoluto sintético de bom, é ótimo, uma forma irregular que também vem do latim (optimus). Assim, em contextos normativos e formais, ótimo é a forma correta e aceite. Contudo, à semelhança de antiguíssimo, a formação de boníssimo não está errada, uma vez que segue também as regras gerais de derivação em português, com o acréscimo do sufixo -íssimo ao radical do adjetivo. Embora pouco usada, essa forma pode ocorrer em situações informais ou até em usos literários.