A dúvida é esta - com o verbo preferir, no sentido de querer antes, qual o pronome pessoal, referente a primeira pessoa do singular, que deveria ser utilizado e de que forma, em frases como as que a seguir lhes apresento:
Estas frases poderiam estar no seguinte contexto: estou conversando com alguém e quero informar a esta pessoa que, entre nós dois, é a mim que uma certa mulher quer mais.
Analisando essas possíveis frases, pensei o seguinte:
A frase "1" não caberia, porque teríamos duas preposições "a", em desacordo com a regência do verbo preferir.
A "2" apresenta o pronome "mim" sem estar antecedido por uma preposição, de forma que também não seria aceitável.
A "3" teria o pronome "eu" na função de objeto direto, o que também não seria possível.
A "4" parece-me, gramaticalmente, a melhor; apesar de me soar meio estranho e até de uma certa forma ambígüa: o "me" poderia ser um pronome de interesse (interesse meu no fato que informo) e, então, a pessoa preferida indicada pela frase já não seria eu, mas sim meu interlocutor.
A "5", uma variante da "4", teria também o inconveniente de uma má colocação do pronome "me", tendo em vista que o pronome "ela", segundo me consta, obrigaria a próclise.
Assim sendo, acredito que somente a frase "4" seria correta, ainda que ambígüa. Por favor, corrijam-me se estiver errado. Talvez não seja possível, com estes pronomes pessoais, construir, da forma como pretendo (preferir alguém a outrem), uma frase que seja clara, e devesse, então, optar por outras alternativas.
Agradeço-lhes qualquer ajuda que leve um pouco de luz a esta confusão que estou fazendo.
Gostaria de saber um pouco mais sobre termos integrantes. Como definição, complementos verbais, complemento nominal, agente da passiva.
Obrigada.
Aguardo ansiosamente sua resposta.
1. Devemos escrever dez UFIR ou dez UFIR'S?
2. Qual o plural de Unidade Fiscal de Referência?
Grato
O verbo referenciar existe? É sinónimo de referir? Pode dizer-se referenciado?
Podem, por favor, informar a origem do nome "Jessica"? Poder-se-á considerar um nome português?
Antecipadamente grata.
Tenho uma dúvida concernente à formação de palavras. Segundo a gramática de Celso Cunha, se um vocábulo denota ação ele será derivado de um verbo, e, ao contrário, se denota substância ou estado, ele seria primitivo, e o verbo correspondente, este sim, seria o derivado. Assim, canto, dança e beijo seriam derivados respectivos de cantar, dançar e beija – o que constitui exemplos claros de derivação regressiva. Por outro lado, arquivar, ancorar e azeitar, seriam primitivos de arquivo, âncora e azeite, respectivamente; creio que plantar também seria derivado de planta. A questão é a seguinte: que tipo de derivação é esta última?
É fácil compreendermos que ancorar vem de âncora, mas isto seria uma derivação prefixal? Se sim, por que motivo, já que a terminação "ar" não é exatamente um sufixo, mas antes a junção de uma volgal temática com a desinência modo-temporal de infinitivo. Numa gramática de segundo grau – da qual não me recordo o nome –, verifiquei um exemplo similar aos anteriores em que o "ar" aparece como sufixo.
Afinal, para efeito de derivação de um substantivo para o verbo, nós devemos considerar o "ar" (ou "er" ou "ir") como sufixos? Ou estaríamos efetivamente diante de um tipo de derivação à parte?
E em relação a palavras como "embarcar"? Seria uma derivação parassintética, com os afixos "em" e "ar" – pois aí o primitivo seria barco, não?
Queira perdoar-me o "mail" extenso, mas achei que seria uma dúvida interessante, de um tópico que sempre suscita dúvidas no ensino de segundo grau.
Um abraço e desde já agradecido pela atenção,
Por favor, sei que deve haver bastantes perguntas para vós, e apesar de não haver outras questões ainda respondidas vou-me permitir apresentar mais outra.
As frases:
"É-me estranho a forma como ele escreve."
"Sou-te querido?"
"Foram-lhe cortadas as mãos."
Estão corretas? Os pronomes oblíquos estariam empregues como objeto indireto (como penso)? De contrário, como analisar estas frases sob a luz da regência verbal consonante com os pronomes?
Tudo para contrastar com a frase do fantástico F. Pessoa: "Universo, eu sou-te!".
Este sim, indubitavelmente empregue, o pronome, como objeto direto, e portanto errado, como sugere a gramática normativa. Mas quem vai fazer questão com a genialidade de Pessoa que precisou de heterónimos para extravasar suas inspirações.
Gostaria de saber sobre a influência das línguas grega e latina no português.
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