Gostaria de saber qual é o aumentativo de ave. Aguardo resposta.
Obrigada!
Qual a forma correcta de se dizer: “estamos na época pascal” ou “estamos na época pascoal”?
Muito agradecido.
Gostaria de saber se o verbo perguntar admite esta preposição, como no exemplo:
a) Eu perguntei pelo correio.
b) Eu perguntei o Sr. João pelo meu correio.
c) Eu perguntei-lhe pelo carro.
Estaria mais correcto dizer?
a) Eu perguntei se tinha correio.
b) Eu perguntei o Sr. João se tinha correio.
c) Eu perguntei-lhe sobre o carro.
Este verbo admite esta partícula com valor passivo e interrogativo indirecto?
«Argumentando estar presentes» ou «argumentando estarem presentes»? É locução verbal?
Estou a fazer uma tese de doutoramento e tenho me deparado com alguns termos em inglês que já vi em vários sítios traduzidos de diversas formas.
Se estiver no âmbito da vossa actuação gostaria de pedir auxilio para a tradução de duas palavras:
1. Externalization – será traduzido por externalização, exteriorização ou externalizar?
2. Internalization – será traduzido por internalização, interiorização ou internalizar?
Relativamente a uma terceira palavra "impairment" e "impairment loss", estas vêm sendo traduzidas por "imparidade" e "perda de imparidade" na literatura portuguesa. Será que é uma tradução correcta?
Obrigada pela atenção dispensada.
O meu nome é Carlos Moura e exerço a profissão de designer gráfico em Vila do Conde. Estou com uma dúvida em mãos para a qual solicito o vosso esclarecimento, se possível: um cliente meu está a produzir um determinado produto com características que o tornam especialmente resistente e duradouro, antivandalismo. Ele insiste em afirmar que é um produto "antivandálico". Este termo está correcto?
Ouvimos com frequência, inclusive nos meios de massas, referências a "Alá" com toda a naturalidade. Milhões de árabes são, assim, dados como "adoradores de Alá".
Não é isto um flagrante barbarismo? Em árabe, "Allah" significa "Deus".
Ainda por cima, trata-se exactamente da mesma divindade dos cristãos (e dos judeus)... Também há muitos árabes cristãos que, segundo suponho, também dirão "Allah".
Assim, não se devia substituir sempre "Alá" por "Deus"? Se aceitarmos
"Alá", então os ingleses adorarão "God", "Dieu" será adorado pelos franceses e assim por diante...?
Muito obrigado por um conselho sobre este assunto e a minha admiração pela obra inestimável das "Ciberdúvidas"!
Viva a Língua Portuguesa, elemento essencial (do que resta) da nossa identidade cultural!
a) Li, algures, que, em português, apenas as palavras bom, com, Dom, dom, som, tom, trom terminariam ou deveriam terminar em õ, grafado om. As demais teriam que ter outras terminações como, entre outras, ão ou o, porém, nunca terminariam em om ou on.
Em face disso, pergunto-lhes: é verdade o que li?
b) Como sou brasileiro e vivo no Brasil, percebo que os meus patrícios são um tanto complexados em termos de linguagem. Preferem eles dizer garçom em vez de garção, maçom por mação, edredom no lugar de edredão, cupom quando deveriam dizer cupão, etc. Também dizer próton,
nêutron, elétron, íon, méson por protão, neutrão, eletrão, ião, mesão. Acham que, assim, esses vocábulos ficam mais bonitinhos; afinal, desse modo, parecem-se com palavras inglesas e francesas, que são, naturalmente, lindíssimas, muito mais lindas do que as palavras portuguesas. Viva a falta de auto-estima brasileira!
Penso que são erradas as formas cupom, garçom, maçom, edredom, crepom. Concordam comigo?
c) Também tenho dúvidas quanto ao plural de próton, nêutron, elétron, íon, méson. Segundo os dicionários brasileiros da língua portuguesa seria: prótons, nêutrons, elétrons, íons, mésons. Mas, parece-me que seria prótones, nêutrones, elétrones, íones, mésones a forma não digo correta, mas menos errada. Essas duas maneiras de se pluralizarem essas palavras não me soam portuguesmente. A primeira parece-me inglês; a segunda, um misto de inglês e castelhano. Como diz o provérbio, um abismo chama por outro abismo, adotaram-se palavras com formas mal aportuguesadas e como resultado vêm os plurais errados.
Estando nesse emaranhado, outra coisa não me resta a fazer senão pedir o socorro do queridíssimo Ciberdúvidas com a sua orientação muito para lá de confiabilíssima.
Muito obrigado.
1) Ao que parece, em português, nomes de línguas, topônimos, etnônimos e gentílicos exóticos, isto é, não-europeus, terminados em i ou u, são todos de prosódia aguda ou oxítona.
Vejam-se os exemplos: tupi, nepali, concani, hindi, hindustani, urdu, Taiti, Quiribati, Biquini, Havaí, Burundi, Haiti, Malavi, Mali, Jibuti, Fiji, Brunei, Paraguai, Tuvalu, Vanuatu, Xingu, Palau, Toquelau, Bissau, Nauru, guarani, nuquini, assurini, cricati, jamamandi,
pareci, catauixi, mundurucu, macu, cuicuru, bagdali, omani, somali, hindu. Suspeito que sejam, realmente, todas oxítonas porque considero as palavras acima elencadas como vocábulos aportuguesados.
Várias delas aparecem nos dicionários da língua portuguesa, o que confirma a sua aportuguesação. Algumas são etnônimos dos brasilíndios. Ora, se estão aportuguesadas, estão também, em tudo, conformadas à gramática do nosso idioma, estando, portanto, de acordo com as regras de acentuação gráfica da língua portuguesa. Por essas regras, esses vocábulos, que, aliás, não são acentuados graficamente, só podem ser oxítonos.
É isto mesmo? Se a resposta for afirmativa, pergunto-lhes: há alguma razão para que essas palavras exóticas terminadas em i ou u sejam todas de prosódia aguda, em nosso idioma.
2) Por que tem que ser "bagdalí" e não "bagdáli", "urdú" e não "úrdu", "Vanuatú" e não "Vanuátu"? O que determina, se é que determina, a prosódia oxítona desses tipos de vocábulos?
Biquini seria uma exceção à regra, já que, no Brasil e, talvez, no mundo todo, seja pronunciado como grave ou paroxítona: "Biquíni"?
3) Por último, devo dizer-lhes que, no Brasil, a imprensa televisionada tem o mau hábito de dizer "somáli" em vez de "somalí", "bagdáli" no lugar de "bagdalí" e "Burúndi" quando deveriam dizer "Burundí". Pelo visto, há muita dúvida quanto a prosódia dessas palavras, por essa razão, cometem-se muitas silabadas.
Muito obrigado.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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