Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Raquel Santos Estudante Porto, Portugal 4K

Estou a ter alguns problemas para distinguir ditongos crescentes.

Poder-me-ão dizer se é uma situação normal, dado que são muito instáveis e que há quem os considere falsos ditongos. (Já vi quem defenda serem falsos ditongos, outros, porém, chamam-lhes falsas esdrúxulas. Não sei qual seria a designação apropriada.).

O problema é, no momento em que tenho de acentuar graficamente as palavras que os incluem, não sei porque tenho de aplicar a regra.

Como posso justificar a acentuação gráfica em palavras como: contrário, mágoa, tábua, nódoa, ténue, árduo, vácuo, polícia, côdea, cárie, aéreo? Ou a sua ausência em: lavandaria ou geometria?

Agradeço desde já a atenção e parabenizo o sítio do Ciberdúvidas e o vosso labor extraordinário. Bem hajam!

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 3K

Relativamente à variação dos ditongos ou/oi, presente em palavras como ouro/oiro, poder-se-á afirmar que o ditongo oi é de cunho popular?

Obrigado.

João Saavedra Estudante Lisboa, Portugal 5K

A dúvida surge na seguinte frase:

«Na segunda parte do trabalho, pretendeu-se determinar as constantes cinéticas da invertase de S. bayanus

A construção frásica «pretendeu-se determinar» está correta, ou deveria ser «pretendeu determinar-se»? Ou será que ambas são aceites?

Na Gramática do Português, volume II (organizada por Eduardo Buzaglo Paiva Raposo, Maria Fernanda Bacelar do Nascimento, Maria Antónia Coelho da Mota, Luísa Segura e Amália Mendes, publicada pela Fundação Gulbenkian), no sub-capítulo "Propriedades dos verbos auxiliares", a secção sobre construção passiva pronominal apresenta os exemplos «Pretende-se corrigir os exames antes do fim do mês», «Pensou-se expulsar os diplomatas bizantinos» ou «Lamentou-se perder as chaves da casa» (p. 1249) como estando gramaticalmente corretos.

Ana L. P. Cavalheiro Professora Pelotas, Brasil 1K

Gostaria de saber como funciona a obrigatoriedade ou não dos pronomes o ou a, ou seja, se é obrigatório o uso, conforme estes exemplos:

– Conheces estes livros?

– Não, não conheço.

ou:

– Conheces estes livros?

– Não, os não conheço.

 

Obrigada.

Jorge Gastão Estudante Lastro, Brasil 2K

«Pois que adianta querer ser isto tudo se eu me vejo como um incompleto íon!»

Sobre esta sentença, tenho três indagações:

1. Nesta sentença, a locução "pois que" equivale a que tipo de conjunção? Ou ainda: qual o valor conjuntivo do termo "pois que"?

2. Caberia também um sinal de interrogação ao final desta sentença?

3. Caberia uma vírgula após a palavra tudo?

Obrigado.

Alexandre Badibanga Estudante Luanda, Angola 3K

Visitar a vossa página tem sido das melhores coisas que venho fazendo de um tempo para cá. O rigor e a facilidade com que descrevem/explicam são invejáveis!

Hoje trago mais uma pergunta, desta vez, no campo da análise sintática. Ei-la:

Gostava de saber que função sintática desempenha o grupo destacado, na frase abaixo:

«Em cada poste estava encostado um ramo de palmeiras

Eu considerei como complemento direto, pois responde à pergunta «o quê?» feita à locução verbal «estava encostado». Porém, há pessoas que classificam como sujeito. Neste prisma, gostaria de entender se há lógica em classificar tal expressão como sujeito.

Obrigado

João Martins Professor Portugal 2K

Comprei recentemente a edição fac-similada do famoso Cozinheiro dos Cozinheiros de Plantier. É um livro extraordinário, no sentido gastronómico do termo. Mas também achei muito interessante as diferenças na grafia do português, desde o final do século XIX, e algumas palavras agora muito raras (trocazes, láparo, lebracho, tencas, etc.).

Mas a minha pergunta concreta tem a ver simplesmente com a palavra às (contr. de prep e artigo) que nesse livro surge sempre como "ás."

A minha pergunta é quando tal mudança teve lugar na ortografia portuguesa e porquê.

Muito obrigado.

Conceição Cardoso Professora Trancoso, Portugal 3K

Como ficaria no feminino o seguinte verso de Antero de Quental: «Paladino do amor,busco anelante» [de "O Palácio da Ventura"]?

Grata.

Américo M. Alcaide Pereira Informático Praia de Mira, Portugal 19K

Tenho visto as duas formas, "primaço" e "primasso", escritas nas redes sociais para se referirem a primos chegados ou muito amigos.

A pergunta é, qual das formas está correta, se é que alguma o está, uma vez que ambas não constam em nenhum dicionário?

Obrigado

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 2K

Examinem-se as seguintes frases:

«Quando foi que te vi tão bonita?»;

«Quando é que te vi tão bonita?».

Não falta na segunda frase a harmonia dos tempos verbais? Pois dizemos «Foi ontem que te vi tão bonita», mas não «É ontem que te vi tão bonita».

Obrigado.