Como se escreve: Montevideu, Montevidéu ou Montevideo?
Temos continuado a receber muitas perguntas sobre a Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário, recentemente adoptada em Portugal. Apesar do esforço de adaptação, os consulentes fazem perguntas que revelam o gosto por comprender o funcionamento da Língua Portuguesa. Esta atitude diz respeito não só aos professores, mas também a muitos que nos acompanham noutros países, nomeadamente no Brasil.
Mas são as palavras – o seu uso, a sua formação, a sua existência – que concentram a maior atenção. Neste âmbito, a nossa herança linguística, ligada à cultura local, suscitou algumas perguntas. Por exemplo, dúvidas sobre vocábulos como garavalha, tardo e “camarinhar” lembraram mais uma vez as origens da nossa língua no Noroeste da Península Ibérica, terra de mitos e cantigas de amigo, donde se espalhou para sul e, depois, para o mundo.
Sobre os equívocos que a pronúncia ironicamente tece, aparece um novo texto na nossa Antologia, da autoria do jornalista e escritor José Alberto Braga, que o redigiu especialmente para o Ciberdúvidas. Recomendamos ainda o Pelourinho, esta semana a pedir mais cuidado com o plural da palavra ténis. E assim chegamos a mais um fim-de-semana.
Como se deve escrever a palavra "jibóia": com j ou g? Já a vi escrita de duas formas, inclusivamente em dicionários.
Como se diz/escreve: lamejinha? lambujinha? lamujinha? Isto já deu discussão e os dicionários que eu possuo não me esclarecem...
Obrigada pela atenção.
Gostaria de saber qual a forma correcta:
referencial “inércial” ou referencial “inercial”
O contexto é o da física e está obviamente relacionado com a inércia de um corpo.
Gostaria de ver explicado o termo “tombamento” usado em português do Brasil para um conjunto de regras tendentes a proteger património.
Segundo pesquisas efectuadas, o termo “tombo” serviu em tempos para designar o local e o registo de documentos guardados (daí Torre do Tombo), sem qualquer carácter jurídico ou legal; era um registo de acervo e não de normas; e, segundo creio, o tem sido até agora embora a entidade responsável por este acervo tenha passado a chamar-se Instituto, incluindo o termo Torre do Tombo só por razões históricas.
Eu sei que o verbo “tombar” tem dois significados: «inclinar», ou «cair»; «registar», ou «catalogar»; este último parece que o deixamos "tombar".
Gostaria de saber se a palavra "garvalha", de uso corrente no Minho e sinónimo de caruma, existe ou não.
É curioso porque não a encontrei em alguns dicionários.
Agradecia que me indicassem o mesmo relativamente à palavra "ensarranhar".
É frequente ver-se escrito: «espólio do museu».
Ora, espólio quer dizer bens deixados por pessoa falecida.
E um museu não é uma pessoa.
Julgo, pois, que está errada esta designação e que deveria ser substituida por acervo, colecção ou património do museu.
Estarei certo?
Vim para o Brasil há mais de quarenta anos e até hoje não encontrei ninguém que me explicasse por que razão as letras do alfabeto são femininas quando falamos delas antepondo a palavra "letra" (a letra "a", a letra "b", etc.), mas quando nos referimos a elas individualmente (o "a", o "b", etc.) passam para o gênero masculino.
Tal situação não existe, por exemplo, nos idiomas italiano e espanhol, onde sempre são mencionadas no feminino.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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