A expressão «arregaçar as mangas» é adequada em um texto que exige o uso da norma culta?
1. Decorrerá na próxima semana, de 4 a 7 de Abril, a visita oficial do primeiro-ministro português José Sócrates a Angola. Ao contrário do que mais se coadunaria a um país, como Portugal, de desenvolvimento económico intermédio e na cauda do contexto da União Europeia – realidade que lhe retira qualquer hipótese para grandes investimentos públicos ou privados na sua política de cooperação –, não foi na cultura, sequer na componente científica e muito menos na língua que se centraram as prioridades políticas do Governo de Lisboa. Antes pelo contrário. Na comitiva de José Sócrates – que juntou 77 empresários ligados ao sector bancário, construção civil, indústria alimentar, telecomunicações, petróleo, turismo, etc. – , dos cinco ministros que o acompanham, nem um tutela as áreas susceptíveis da viabilização de projectos a favor da promoção e difusão do português em Angola ou na sua aprendizagem nos diversos níveis do sistema de ensino local, ainda tão deficitário a todos os níveis. Sobre esta opção do Governo português escreveu o jornalista e escritor angolano José Eduardo Agualusa.
2. Ficam também em linha:
– 33 Respostas de Hoje;
– o Correio, com uma chamada de atenção para o texto "Envergonhado com os erros da Lusa", o qual aponta os constantes erros gramaticais da Agência Lusa (Portugal);
– um Pelourinho sobre quaisquer, plural de qualquer, e a confusão entre quão e quanto;
– o referido texto de José Eduardo Agualusa, em O Português na 1.ª Pessoa;
– e as Respostas Anteriores, entre as quais salientamos algumas bastante recentes:
Ele e ela como pronomes pessoais do caso oblíquo?
O valor possessivo de lhe em «O medo acrescentou-lhe asas aos pés.»
Boa semana.
Será que me poderia dar, exemplificando, a distinção entre os conceitos acima referidos?
Grata pelas vossa atenção
Gostaria de saber como se pronuncia a palavra «transigir». Sendo que a letra «s» não se encontra entre duas vogais lê-se com som sibilante?
Costuma-se pronunciar com som «z».
Obrigado.
Já vi quem escrevesse “urinocultura” como querendo significar “urocultura”. Queria saber se a palavra “urinocultura” de facto existe e se assim for, se é apenas sinónimo de “urocultura”, ou se terá outro significado.
Obrigado.
Sei que já responderam a várias dúvidas relacionadas com esta questão, mas o meu problema é o seguinte:
Além da utilização com valor espacial, uma destas expressões é frequentemente utilizada no sentido de referir alguém ou alguma coisa que é «responsável por». Será que se podem usar as duas expressões? Ou a sua utilização com este sentido pertence apenas ao domínio da oralidade?
Exemplo:
«Sei quem está por trás do assalto.»
ou
«Sei quem está por detrás do assalto.»
Parabéns pelo vosso excelente trabalho! A dúvida que me traz à vossa página já vem de longe. Confrontado com estrangeirismos como o do desporto que pratico há anos – “kayaksurf” – caio habitualmente na dúvida sobre a forma como escrever este casamento entre o “kayak” e o “surf” (“surfe”?).
Lembro-me que “bodyboard” ou “kitesurf” são igualmente "estrangeiros" e são sempre escritos como uma só palavra. Agora, quando entrevisto um inglês, escrevo "kayak surf" ou, eventualmente, "surf kayak". E em relação ao português? É que há quem escreva "kayaksurf" e também "kayak surf". E quanto aos praticantes... “kayaksurfistas”?
Agradecia a vossa ajuda!
Bom trabalho!
No contexto da tradução de um texto técnico de inglês para português, apareceu-me o termo inglês "pentasil", cuja tradução em português não é conhecida dos especialistas (cristalografia). Segundo pude apurar, a parte "sil" refere-se a "sílica".
A fim de guardar a sonoridade "ss" de sílica, que é importante para perceber o significado do termo, parece-me mais adequado escrever em português "pentassil". Gostaria de saber o que pensam, ou se há outras regras a ter em conta na formação de novos termos.
Somos frequentemente confrontados com anglicismos de uso frequente, mas de tradução difícil ou questionável. Já recorri diversas vezes ao Ciberdúvidas com exemplos que me parecem de interesse geral.
É o caso de hoje: como dizer em portugês "building blocks", forma muito usada em gestão para referir as "partes" que constituem o "todo" em análise. Já a expressão traduzida num livro brasileiro por "blocos de construção", o que me parece ser um tanto literal!
A vossa ajuda é, pois, imprescindível.
Saudações cordiais.
Durante a preparação para um exame de português surgiu-me a seguinte questão, para a qual eu não consegui encontrar resposta: «na sua evolução a partir da língua latina, um destes fenómenos é característico do português. Qual?
a) queda do [f] no início das palavras
b) queda do [n] intervocálico
c) queda das consoantes oclusivas nas sílabas tónicas
d) queda das consoantes sonoras no final das palavras.»
Se pudessem ajudar...
grato pela colaboração.
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