Ao ler a frase "Proteja-se a si e aos outros" fiquei com uma dúvida. Qual a razão para usar "a si" e "aos outros"?
Na frase "Proteja-se a si e aos outros" usamos "a si" porque o pronome pessoal reflexo "si" vem acompanhado da preposição "a". Logo, dizemos "Proteja-se a si" tal como dizemos "Convido-o a si". Mas qual é a lógica da segunda parte, "proteja aos outros"? Qual é o papel da preposição "a" contraída com "os outros" neste exemplo, sabendo que "proteger" não é regido pela preposição "a"?
Compreendo que digamos "Vi-o a si ontem", para reforçar o interlocutor, mas não percebo o sentido na frase que agora aparece em muitos cartazes. É que julgo que a frase "Proteja aos outros" não faz sentido.
Parece-me mais correto dizer: "Proteja-se e proteja os outros" ou talvez "Proteja-se a si e proteja os outros". Julgo que é a mesma em "Encontrei-te a ti e aos outros", pelo que deduzo que "a mim/ti/si e aos outros" seja uma fórmula que não depende do verbo que a antecede.
Obrigado pelo esclarecimento!
Nesta frase «Nas capelas pendiam as armações de paninho negro (...); ao centro, entre quatro fortes tocheiras de grosso morrão, estava a eça, com o largo pano de veludilho cobrindo o caixão do Morais, (...)» (Eça de Queirós, O Crime do Padre Amaro, capítulo XI, pág. 195 da editora Livros do Brasil, 2013) – o que significa "eça"? Ou é uma gralha ortográfica?
Estive lendo estes dois artigos em O Globo e na agência de notícias Alma Preta.
Em ambos, foi levantada a questão de o sentido original de algumas palavras não ser mais respeitado. Daí, a dúvida: devemos levar isso a sério realmente, se a maior parte das palavras troca de sentido com o passar dos tempos?
É porque, em um artigo, dizem que foram deturpados os sentidos originais das palavras aniversário e obra-prima. Já no outro, dizem que foi deturpado o sentido original da palavra índio! Mas não é bem comum que palavras passem por mudanças um tanto quanto radicais e extremas, sejam para o bem, sejam para o mal? Vejam o caso da palavra desaforo, por exemplo, na página Origem da Palavra!
Pois muito bem, que palpites vocês próprios têm disso tudo aí de verdade?
Por favor, muitíssimo obrigado e um grande abraço!
P.S.: por falar em aniversário, percebi que vocês fizeram 25 anos de existência enquanto site. E eu também faço anos no dia 29 de janeiro. Bem legal poder fazer anos! Não é verdade isso?
Qual é o feminino de mestre-escola?
Muito obrigada desde já.
Qual a origem da expressão «minha jóia»?
Exemplos: «Como vai, minha jóia?» e «Não deu para ir no seu aniversário, minha jóia».
Seria pronome de tratamento?
Obrigado desde já pela resposta.
Na designação de instituições com o nome de um patrono, aceitam-se como corretas, por exemplo, «Hospital de Egas Moniz», em vez de «Hospital Egas Moniz»?
Será possível ao Ciberdúvidas saber se a origem da palavra cara-metade (um dos cônjuges em relação ao outro) é mitológica?
E em que circunstâncias entrou este substantivo na língua portuguesa? Não encontrei respostas a estas questões em nenhum dicionário que consultei.
Ainda sobre esta designação, será o português a única língua que tem esta palavra formada de cara + metade?
Exemplos: inglês, better half; francês, ma moitié1, âme sœur; espanhol, alma gemela; italiano, anima gemella, etc.
Qual das frases está correta? Ou estarão as duas?
«Todos os que estavam com ela sorriam e a acarinhavam.»
«Todos os que estavam com ela sorriam e acarinhavam-na.»
Que sentido tem a expressão «elegância florentina», usada na crónica de Clara Ferreira Alves na Revista do semanário Expresso [de 22/01/2022]?
Gostaria de saber se existe alguma diferença de sentido entre o uso de ainda que / embora / mesmo que.
Por exemplo:
– Ainda que hoje tenha tempo, não vou às aulas.
– Mesmo que hoje tenha tempo, não vou às aulas.
– Embora hoje tenha tempo, não vou às aulas.
Li num livro que a locução/conjunção usada dependeria de saber se é de um facto real (realmente tenho tempo mas, na mesma, não vou às aulas) ou de um facto hipotético (não sei se terei tempo, mas caso tenha, não vou às aulas). Isto é verdade? Pesquisei em várias gramáticas e em nenhuma encontrei tal distinção, é por isso que fiquei com a dúvida.
Muito obrigada pela atenção dispensada.
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