Na frase «Que lindo dia!», como se classifica morfologicamente o «que» nela inserido? Não encontro classificação adequada nem na terminologia utilizada até agora nem na nova terminologia (TLEBS).
Gostaria de saber se a palavra “rejogar” existe. Nãoo a encontro no dicionário, mas já a vi referenciada em diversos “sites”. É correcto utilizá-la? Obrigado.
Deparei-me com uma dúvida e, mesmo depois de consultar gramáticas e prontuários diferentes, não fiquei satisfeita. As palavras «pêlo» (substantivo) e «pelo» (contracção de preposição) são consideradas palavras homógrafas, mas a sua fonia não é igual? Será que não se podem considerar homónimas? No caso de «pêlo» (substantivo) e «pelo» (forma verbal) a pronúncia é de facto diferente e, no primeiro caso, existe alguma diferença na pronúncia? Obrigada pela ajuda.
Na sequência das perguntas de outros consulentes sobre os conceitos de “analfabetismo”, “iliteracia” e “iletrismo”, dirijo-me ao Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, a fim de solicitar aos vossos colaboradores um parecer sobre o melhor modo de traduzir para português o vocábulo inglês “innumeracy” (o qual, noto de passagem, já ganhou carta de alforria na Internet com o surgimento de uma página que lhe é especificamente dedicada: http://www.innumeracy.com).
À guisa de intróito, permito-me salientar que encontrei o termo “inumerismo”, quer no Dicionário da Academia, quer nos títulos das traduções dos ensaios de John Allen Paulos, Inumerismo: o Analfabetismo Matemático e as suas Consequências, trad. Raul Sousa Machado, Mem Martins, Europa-América, 1991, e O Circo da Matemática: para além do Inumerismo, trad. Carlos Fernandes e Florbela Fernandes, Mem Martins, Europa-América, 1993.
Não parece, todavia, que o termo tenha colhido o favor da generalidade dos falantes (mesmo, ou sobretudo, cultos) do português europeu. Será a expressão do subtítulo do primeiro ensaio, “analfabetismo matemático”, a (melhor) alternativa? Ou deverá preferir se o vocábulo “inumeracia”, formado por decalque do inglês e por analogia com “iliteracia” (ao qual, aliás, prefiro “analfabetismo”), que já foi título de uma crónica de José Manuel Fernandes, no Público de 4 de Agosto de 2001, e de uma diatribe de Nuno Júdice, no número de O Independente a que se alude nesta página da Internet?
Desde já, o meu muito obrigado.
De tanto ouvir na televisão, rádio e jornais a expressão «Hoje vão estar entre 10 a 100 pessoas no recinto», começo a duvidar dos meus conhecimentos. Julgo que o correcto é «entre 10 e 100 pessoas» e não «entre 10 a 100 pessoas», mas o número de profissionais da comunicação social que utiliza o «entre X a Y» é tão vasto, que gostaria de ter a confirmação da versão correcta. Muito obrigada.
A minha dúvida prende-se com o facto de cada vez mais ouvir (principalmente pela TV nos vários serviços desportivos) a conjugação de verbos que à partida deveriam estar flexionados no conjuntivo, alterados para o presente do indicativo. Ex: «Se a bola não tocasse em...» por «Se a bola não toca em...». Gostaria que me esclarecessem essa dúvida, uma vez que vai contra os meus ensinamentos da língua portuguesa.
Obrigado.
Gostaria de saber o significado das iniciais M. I., que encontrei em várias cartas, antes do cargo da pessoa a quem se dirige a carta (ex.: M. I. Presidente da Assembleia da Republica; M. I. Ministro das Finanças; M. I. Presidente do ICS, etc.
Muito obrigada.
Causou-me estranheza o termo logótipo que li no Ciberdúvidas, já que sempre dissera e ouvira logotipo (paroxítona). Consultei meu dicionário e é esse mesmo o termo que aparece, porém com a ressalva que seria melhor logótipo, como se parece preferir em Portugal. Tal prosódia (sancionada pelos livros brasileiros, pelo que parece) terá surgido por influência de outras palavras terminadas em tipo, proparoxítonas, que infelizmente a língua em sua variante brasileira transforma em paroxítonas. Veja-se biótipo e biotipo. Se continuar assim, logo estaremos dizendo fenotipo, genotipo e estereotipo.
Sou professora de Inglês, mas neste momento faço trabalho de assessoria na Câmara Municipal de Beja. Como é conhecido, a designação romana de Beja era Pax Julia. Por isso, temos hoje muitas referências toponímicas com esta designação ou dela derivadas, inclusivamente o nosso teatro municipal que se chama "Pax Júlia". No entanto, entre alguns interessados sobre este assunto e com o cuidado que uma instituição pública deve ter com uso correcto da nossa língua na comunicação com os cidadãos, persistem algumas dúvidas sobre se o acento de "Júlia" se deve ou não utilizar agora. Uns argumentam que se deve respeitar a grafia latina, que não usava acentos, outros defendem que a palavra está convertida para a grafia actual do português e, como tal, deve utilizar o acento porque é uma palavra esdrúxula. Gostaríamos que nos esclarecessem, dentro da medida do possível, para resolver este tira-teimas. Obrigada.
Pode dizer-se "desactuar" em linguagem técnica – mas e em bom português?
Trata-se de um livro sobre técnicas de automação. Aborrece-me não só o corrector dar erro como não encontrar referências claras ao termo nos prontuários ou globalmente na Internet. O termo “desactuar” uso-o desde sempre relacionado com interruptores que podem ser "actuados" e "desactuados".
Um frase tirada do livro:
«Enquanto este botão estiver actuado, deve piscar uma luz amarela e [deve] ser feita uma chamada para a polícia (simulada com o acender de outra lâmpada). Após a sua desactuação o sistema fica disponível para novas aberturas até que o botão de Liga Cofre seja desligado.»
Obrigado.
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