Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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João Soromenho Lisboa, Portugal 1K

Na designação de instituições com o nome de um patrono, aceitam-se como corretas, por exemplo, «Hospital de Egas Moniz», em vez de «Hospital Egas Moniz»?

João Soromenho Professor Portugal 3K

Será possível ao Ciberdúvidas saber se a origem da palavra cara-metade (um dos cônjuges em relação ao outro) é mitológica?

E em que circunstâncias entrou este substantivo na língua portuguesa? Não encontrei respostas a estas questões em nenhum dicionário que consultei.

Ainda sobre esta designação, será o português a única língua que tem esta palavra formada de cara + metade?

Exemplos: inglês, better half; francês, ma moitié1, âme sœur; espanhol, alma gemela; italiano, anima gemella, etc.

 

1 Ver "Âme soeur" na Wikipédia e "Ma moitié" em Omnilogie

Adélia Palma Professora Portalegre Fortios, Portugal 2K

Qual das frases está correta? Ou estarão as duas?

«Todos os que estavam com ela sorriam e a acarinhavam.»

«Todos os que estavam com ela sorriam e acarinhavam-na.»

Mário Fernando Marques de Oliveira Reformado (economista) Coimbra, Portugal 1K

Que sentido tem a expressão «elegância florentina», usada na crónica de Clara Ferreira Alves na Revista do semanário Expresso [de 22/01/2022]?

María Fernández Estudante Madrid, Espanha 41K

Gostaria de saber se existe alguma diferença de sentido entre o uso de ainda que / embora / mesmo que.

Por exemplo:

– Ainda que hoje tenha tempo, não vou às aulas.

– Mesmo que hoje tenha tempo, não vou às aulas.

– Embora hoje tenha tempo, não vou às aulas.

Li num livro que a locução/conjunção usada dependeria de saber se é de um facto real (realmente tenho tempo mas, na mesma, não vou às aulas) ou de um facto hipotético (não sei se terei tempo, mas caso tenha, não vou às aulas). Isto é verdade? Pesquisei em várias gramáticas e em nenhuma encontrei tal distinção, é por isso que fiquei com a dúvida.

Muito obrigada pela atenção dispensada.

Patrícia Sanches Desempregada Faro, Portugal 5K

Gostaria de saber se existe alguma diferença interpretativa entre as duas seguintes frases: «vamos passear pelo parque» e «vamos passear no parque».

Obrigada.

Phelipe de Andrade Estudante – Faculdade de Comunicação Social Entroncamento, Portugal 3K

Minhas dúvidas estão em volta de uma coisa que foi me ensinada no ensino fundamental e que eu diversas vezes presenciei: que, quando numa sala cheia de "garotas" e com somente um "garoto", os termos corretos a se dizer são sempre no masculino, por ex., «todos vocês».

Logo, se há mais de um gênero de pessoas num mesmo espaço, é obrigação do enunciador dizer os termos em masculino.

Isso não implica que o gênero masculino é também, em determinadas circunstâncias, o termo neutro da língua portuguesa?

Logo, mesmo me referindo a um grupo formado somente por não-binários e mulheres, o correto termo a usar é “eles”.

Então, o termo neutro da língua portuguesa, (pelo que eu entendo ser o “elus”), só pode ser usado para se referir a um grupo de não-binários, e não a todos os gêneros que forma o espectro?

Seria tudo isso correto, ou o uso do masculino, quando se fala com o público geral, é só um sinal do machismo/misoginia na língua portuguesa?

Isa Lopes Gestora de Comunicação e Marketing Lisboa , Portugal 5K

Gostaria de esclarecer a forma correta de escrita/leitura:

«O serviço funciona aos dias úteis, das 9h às 18h» ou «O serviço funciona nos dias úteis, das 9h às 18h»?

Obrigada pela atenção e disponibilidade.

Manuela Costa Mãe Almada, Portugal 4K

Se o verbo intransitivo fala só por si, porque na frase «A Alda caminhou muito» dizem que é verbo intransitivo, mas tem um complemento – muito?

Agradeço a vossa explicação.

José Alves Professor Brasil 1K

Gostaria de saber como é que a pronúncia do "e" átono, que era pronunciado como "i", passou a ser pronunciado como /ɨ/.

Também gostaria de saber se esse é um fenómeno que ocorre com todos os is átonos, e não somente os que derivam dum "e" átono.

Em galego-português, ou até mesmo no período pré-clássico, o "e" átono era registrado, na escrita, como um "i", devido a harmonização vocálica, processo que ainda acontece no Brasil, como é possível observar em palavras como "pepino" antes também escrita como "pipino", e até mesmo quando eram nasais, como em "mentir" (mintir), "mentira" (mintira), "ensinar" (insinar), que aparecem escritas assim até em Os Lusíadas.

Sempre me pergunto como é que uma mudança tão grande como essa foi "desfeita", e o "e" que tinha passado para um "i" é agora um "ɨ", e no caso das nasais, voltou a ser pronunciado como "e".