DÚVIDAS

Niilismo, outra vez
Se a palavra niilismo deriva do termo latino nihil, que se pronuncia "niquil", por que motivo a língua portuguesa adoptou o termo niilismo e não "niquilismo"? Se a língua portuguesa importou da língua francesa o termo niilismo, que por sua vez a tinha recebido da língua latina, porque adoptou aniquilar, aniquilamento, etc. e não respeitou o mesmo critério devendo ficar "aniilar", "aniilamento", etc.? Obrigado desde já pelo esclarecimento.
O género do anglicismo "plotter"
O nosso vocabulário tem hoje muitos termos em inglês que não estão (ainda) aportuguesados, principalmente na área da informática. É o caso de plotter, máquina para desenho, impressão ou corte. A minha pergunta prende-se com o facto de ouvir sistematicamente dizer «a plotter», «uma plotter» (do mesmo modo, «a layer» ou «uma layer») quando acho que a palavra deverá ser masculina dado que acaba em r. Fico a aguardar os vossos esclarecimentos. Os meus agradecimentos antecipados.
Columbano
Ao ver o programa Um contra Todos de 22 de Janeiro do corrente ano, a pergunta de casa (passatempo), relacionada com o tema Personalidades, era quem é o irmão do também pintor de Rafael Bordalo Pinheiro. Nas possibilidades de resposta, a certa era «Colombano Bordalo Pinheiro» – sim, Colombano com o na segunda sílaba. A questão é a seguinte: é com o ou com u (Columbano)? É que na Internet aparece das duas maneiras, e a curiosidade é que trabalho na Av. Columbano Bordalo Pinheiro em Lisboa e sempre escrevi com u. Em que ficamos? Acho que seria interessante para o vosso programa. Obrigado pela atenção,
A dupla negação no português (e nas demais línguas românicas)
Tenho uma expressão curiosa que me tem afligido durante uns tempos e que é repetida vezes sem conta por todo o lado. Por exemplo, tenham em atenção as seguintes expressões:«Não vem nenhum...»«Não há nada...»«Não fiz nada...»Ora, estas expressões, tão vulgarizadas, querem dizer exactamente o oposto para o qual são usadas! Ou seja, são negações de negações:«Não vem nenhum» quer dizer que vêm todos!«Não há nada», que existe tudo!«Não fiz nada», que fiz tudo! As expressões correctas deveriam ser, por exemplo, «Não vem algum» ou «Não fiz algum» ou «Não fiz tudo». O que têm para me dizer acerca disto? Muito obrigado pela vossa atenção.
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