A palavra (feminina no Brasil, mas masculina em Portugal) tem origem no tupi “pïa'sawa”, «nome comum a diversas palmeiras», «trançado de fibra de folhas de palmeiras, principalmente as do género Attalea» e «vassoura confeccionada com essas fibras» (ver Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
José Pedro Machado regist[r]a piaçá como variante de piaçaba, sem mais explicações. A verdade é que, nos dicionários consultados (Houaiss, Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa), a forma piaçá é sempre remetida para piaçaba, o que parece indicar preferência por esta última. No entanto, não posso afirmar que uma forma seja mais correcta que outra, porque não tenho dados que fundamentem uma tal avaliação.
O que constato é que piaçaba apresenta um b que corresponde ao som [w] do tupi, enquanto piaçá pode constituir uma variante que surgiu ou de outra variante da palavra tupi, ou de uma adaptação alternativa da palavra original ao português. Outra hipótese ainda é a de a sílaba ba de piaçaba se ter perdido, porque é átona postónica e não se ouve tão bem como a sílaba çá; daí, piaçá. Nesse caso, considerar-se-ia piaçaba a forma mais correcta, com o argumento de que é mais próxima do étimo tupi. Mas, como disse, tudo são conjecturas.