Nas frases «A Maria continua na faculdade» e «A Maria conheceu o Augusto na faculdade», a expressão «na faculdade» não pode ser complemento circunstancial de lugar nas duas frases. Que funções tem então?
Nas frases «O Pedro pensa na vida» e «O Pedro brinca na escola», «na vida» e «na escola» desempenham que função gramatical? Não podem ser os dois complemento circunstancial de lugar, pois não?
Gostaria de conhecer o significado da palavra aléu, que é muito comum em Vila Real.
Gostaria de saber o plural de roaz-corvineiro.
É oxítono, ou paroxítono?
Grato.
«Sentaram-se todos em redor da merenda, metendo a mão no cesto, à vez, sem outro resguardar de conveniências que não atropelar os dedos, agora o cego que é mão de Baltazar, cascosa como um tronco de oliveira, depois a mão eclesiástica e macia do padre Bartolomeu Lourenço, a mão exata de Scarlatti, enfim Blimunda, mão discreta e maltratada, com as unhas sujas de quem veio da horta e andou a sachar antes de apanhar as cerejas.»
José Saramago, Memorial do Convento.
Qual é a figura de linguagem que o narrador utiliza para marcar as diferenças de nível e grupo social das personagens?
Eu sou um portuense que já viveu em Coimbra e Lisboa. Agora vivo em Londrina, no Brasil.
Se é verdade que o povo da classe baixa de Coimbra fala surpreendentemente com "b", não deixa de ser verdade que a classe culta de Coimbra fala muito parecido com aquilo que nós temos como padrão.
A classe alta do Porto e de Lisboa precisa de fazer muito esforço para falar "corretamente". Mande um lisboeta dizer «O rio riu para mim» ou mande um portuense dizer «A imagem e o som são excelentes» e logo verá o que pretendo dizer.
Agora, aquilo que me surpreendeu é que os brasileiros falam à "moda do Porto".
Desde pequeno, me tinha dado conta de que o "ão" no Porto tinha sons completamente diferentes conforme as palavras, assim como o "om": "naum" para "não"; "bão" para "bom"; "mom" para "mão", etc.
Acontece que, quando cheguei ao Brasil, reparei que as pessoas também seguiam essa linha. A coisa acontece num estilo totalmente diferente, só uma pessoa com o "bichinho" da língua nota nisso.
Contudo, pensei para mim: «sou um bairrista incurável.»
Por razões profissionais comecei a usar muito o MSN em atendimento técnico, etc. Para surpresa minha, as pessoas não só falam como escrevem consciente e irreverentemente "naum" para "não",
"bão" para "bom", etc.
Inclusivamente já há imagens animadas associadas a essa maneira errada para escrever...
A minha pergunta é existe alguma explicação linguística para isso?
Obrigado!
Em português correcto pode-se dizer "geniosidade"?
Sou estudante do 12.º ano e, como tal, fiz o exame nacional de Português.
Nesta prova, na segunda pergunta do primeiro grupo, pede-se para referir «as sensações representadas no poema». Ora, a minha resposta debruçou-se não acerca daquilo que traduz visão, tacto e audição, mas sim sobre o estado psicológico do "eu" poético: desespero, curiosidade...
A minha dúvida é até que ponto «sensações» está mais ligado àquilo que provém dos sentidos do que ao estado de espírito do indivíduo e respectivos sentimentos.
Terá esta palavra mais do que um significado?
Na frase «viram-nos na palestra», qual a função do «nos»? Que testes podem ser feitos para se concluir que é objecto directo ou indirecto?
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