Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Teresa Winter Socióloga Karlsruhe, Alemanha 5K

Qual a diferença entre «projecto de êxito» e «projecto com êxito»?

Muito obrigada.

Roberto Miranda Bancário São Paulo, Brasil 9K

Gostaria de saber o significado dos provérbios populares:

«De fio a pavio.»

«Rente como pão quente.»

«Chegar o rabo à ratoeira.»

Patrícia Loureiro Consultora Lisboa, Portugal 7K

Gostaria de saber qual o significado da expressão «pé de vento».

Obrigada.

 

Gonçalo Ortiz Administrador Rio de Janeiro, Brasil 7K

Qual a diferença de atraiçoar e trair? Dizer «traí um amigo» é o mesmo que dizer «atraiçoei um amigo»?

Muito obrigado.

 

Maria Daniela Estudante Braga, Portugal 21K

Quais são os verbos transitivos e intransitivos nestas frases?

Frase A — «O gigante Adamastor primeiro assustou os navegadores mas depois partiu em lágrimas.»
Frase B — «No fim da tormenta, Vasco da Gama respirou profundamente e todos agradecerem a Deus.»

Maurício Carvalho dos Santos Engenheiro Rio de Janeiro, Brasil 2K

Tenho encontrado a palavra "corretude" em textos de engenharia de software e na prova de algoritmos, como tradução para a palavra inglesa correctness. No entanto, não a encontro nos dicionários e nem nos eletrônicos. Devo empregá-la assim mesmo?

Kelly Pinheiro Professora Rio Branco, Brasil 11K

Qual é o aumentativo da palavra ônibus?

Sandra Fichera Estudante de Letras Atibaia, Brasil 8K

Eu preciso fazer um trabalho sobre a origem da palavra sempre: saber se no latim ela tem o mesmo sentido, por que veio para a língua portuguesa e não para as demais latinas.

Luci Gonçalves Advogada São Paulo, Brasil 7K

Por favor, qual a forma correta? «Na hipótese de que os acionistas decidam aumentar o número de ações», ou «na hipótese de os acionistas decidirem aumentar o número de ações»?

Desde já agradeço.

Nuno Gonçalves Consultor Los Angeles, EUA 9K

Ao ler por curiosidade a Constituição da República Portuguesa, deparei-me com o artigo 24.º, parágrafo 2, que refere que:

«Em caso algum haverá pena de morte.»

A frase despertou-me algumas dúvidas e resolvi fazer uma busca no vosso site. Foi então que reparei que, já antes, Pedro Andrade, de Braga, tinha colocado uma questão sobre o referido parágrafo.

Ao contrário do sr. Andrade, não tenho qualquer dúvida quanto à semântica da frase e interpreto-a como um repúdio total da pena de morte pela legislação portuguesa.

Fiquei, isso sim, com dúvidas quanto à sintaxe da frase, uma vez que se trata de uma frase declarativa negativa sem a presença de qualquer elemento de negação. Estou familiarizado com a expressão «em caso algum», mas pensava que não era de uma correcção linguística suficiente para poder ser utilizada num documento como a Constituição.

Explica o Ciberdúvidas na resposta a Paulo Andrade:

«[...] posposto a um substantivo, algum assumiu, na língua moderna, significação negativa, mais forte do que a expressa por nenhum»

Sou, assumidamente, um leigo em linguística. No entanto, há três questões que me assaltam após ler a explicação do Ciberdúvidas:

1. A língua moderna existe por oposição a quê? À língua clássica? Como se distingue uma da outra em pormenores tão ínfimos? O bué, fazendo parte da língua moderna, teria lugar na Constituição?

2. «A palavra algum assumiu...» Assumiu? Como? Será que foi por abuso de linguagem ou porque se trata simplesmente de um coloquialismo? De novo, este tipo de expressões não deveria ser evitado na redacção da Constituição?

3. Significação mais forte. Como é que se mede a força dos pronomes indefinidos? Se se tratasse de adjectivos, eu até entenderia, mas escapa ao meu entendimento como é que esta explicação tão subjectiva pode justificar o emprego de tal expressão na Constituição.

Aceito e compreendo perfeitamente que os colaboradores do Ciberdúvidas não têm possibilidade absolutamente nenhuma de saber o que se passava dentro das cabeças dos membros da Assembleia Constituinte e, como tal, estão impossibilitados de responder literalmente às minhas perguntas.

No entanto, queria despedir-me com duas dúvidas concretas:

1. As frases «Em caso algum haverá pena de morte» e «Não haverá pena de morte em caso algum» estão ambas correctas? Se sim, como é possível que tenham o mesmo significado quando uma é a negação clara da outra?

2. Como se explica a versatilidade do pronome algum por oposição ao seu antónimo nenhum? «Em caso algum haverá pena de morte» é, aparentemente, o equivalente a dizer «Em caso nenhum haverá pena de morte» (ignorando, claro está, a "força" dos pronomes), ao passo que «Em algum caso haverá pena de morte» é exactamente o oposto de «Em nenhum caso haverá pena de morte». Há alguma regra escrita que aluda a este facto?

Peço imensa desculpa pelo longo texto e espero que o Ciberdúvidas tenha alguns minutos para me elucidar.