A palavra "imuno-deficiência" é ou não hifenizada?
Como devo dizer: «pessoa alcoólica», ou «pessoa alcoolizada»?
Em economia existe o conceito de "desi(e)conomias" (quando um acréscimo na produção aumenta o seu custo médio), contudo, tenho muitas dúvidas quanto à forma correcta como se escreve.
Agradecia imenso o vosso esclarecimento.
Qual a verdadeira definição das palavras casamento e matrimónio? Alguma delas tem uma definição mais cristã do que a outra? São sinónimos, ou representam conceitos completamente diferentes?
Qual é a forma correta: «visão indígeno-comunitária», ou «visão indígena-comunitária»? Por quê?
Muito obrigado!
Ao consultar um livro sobre teatro, deparei-me com a palavra sianalética. Não consegui, nas minhas pesquisas, encontrar uma definição para este termo. Peço, pois, a vossa ajuda.
Obrigada.
«Função do figurino
[...] O corpo sempre é socializado pelos ornamentos ou pelos efeitos de disfarce ou ocultação, sempre caracterizado por um conjunto de índices sobre idade, sexo, a profissão ou classe social. Essa função sianalética do figurino é substituída por um jogo duplo: no interior do sistema da encenação, como uma série de signos ligados entre si por um sistema de figurinos mais ou menos coerente; no exterior da cena, como referência ao nosso mundo, onde os figurinos também têm um sentido.[...]» PAVIS, Pratice, 1947 — Dicionário do Teatro; tradução para língua portuguesa sob a direção de J. Guinsburg e Maria Lúcia Pereira — São Paulo: Perspectiva, 2005 (p. 169).
Tenho uma questão quanto ao verbo representar no seguinte contexto: «actor/actriz que vai desempenhar o papel da sua própria história de vida.»
Estará correcta a seguinte redacção:
«O actor vai representar-se a si próprio no filme.»
A questão que me foi colocada é se o «representar-se a si próprio» é redundante?
Agradeço um esclarecimento quanto a esta dúvida.
Foram recentemente aprovados os novos estatutos da Entidade Regional de Turismo do Algarve, nos quais se esclarece que a designação futura da mesma passa a ser Turismo do Algarve. Mas quando a portaria faz referência ao nome Turismo do Algarve, fá-lo sempre no feminino: «A sede da Turismo do Algarve situa-se em Faro.»
Qual a grafia correcta: a Turismo do Algarve (versão que tem implícita a palavra «entidade») ou o Turismo do Algarve (versão que valoriza o género das duas palavras – masculino)?
Muito obrigada pela atenção.
Gostaria de saber se a palavra cavalete tem diminutivo.
A dúvida que venho levantar surgiu-me numa aula de Português que tive recentemente. Na ocasião, ditava a professora alguns apontamentos sobre Sophia de Mello Breyner. Quando falou acerca da sua formação em Filologia Clássica, comentou acerca do modo como Sophia grafava as palavras gregas utilizando dígrafos como ‹ph› e ‹th›. Olhando para o meu caderno, onde (por ter surgido algures no ditado) estava escrita a palavra «Delphos» assim grafada, comentei o facto de eu fazer o mesmo. Fui prontamente instruído para que não o fizesse, porque, citando a professora, «as normas da língua assim o exigem».
Inconformado, procurei informar-me mais sobre o assunto. Pesquisando no Dicionário Porto Editora 2008 descobri que Delphos ainda não foi incorporado na língua como Delfos, a menos que esta palavra conste de outros dicionários mais completos. Pouca diferença faria, contudo, visto que o facto de uma palavra estrangeira ser introduzida na língua não me forçaria a utilizá-la com a grafia portuguesa (como confirmado pela resposta a uma dúvida que levantei anteriormente aqui no Ciberdúvidas, referente a aportuguesamentos).
De seguida, pesquisei os métodos oficiais de romanização do grego antigo, e verifiquei que, para esta língua específica (isto é, o grego antigo por oposição ao grego moderno), um grande número de sistemas de romanização (há muitos, como seria expectável) aceita o uso deste tipo de dígrafos em detrimento das letras isoladas.
Mantenho assim a minha convicção de que nada há de errado em escrever, para manter o mesmo exemplo, Delphos.
A partir desta questão originou-se outra dúvida: como proceder no que respeita aos nomes próprios? A minha professora de Português, estou certo, não hesitaria em escrever Hélio, Édipo, Pitágoras e (já agora) João (como em «A Vida e Morte do Rei João», peça de Shakespeare). Mas porque não posso eu grafar Helios, Œdípous, Pythagoras e Rei John, para não falar de (já que mencionei Shakespeare) Romeo e Juliette? Sou um defensor de que antropónimos não se devem traduzir... e contudo, se escrevesse «Œdípous» num teste de Português, seria certamente penalizado.
Em que ficamos? Existe alguma regra que determine uma romanização oficial do grego antigo para uso em textos portugueses? E no que toca a antropónimos, como devo proceder?
Sem mais por agora, agradeço antecipadamente.
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