Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Luís Amaral Afonso Investigador reformado Lisboa, Portugal 4K

Ouvido no História (15/4/2009) versão portuguesa (?) Santa Claus, Pim Pam Pum (Audiovisuais):

1. «Houve 30 fatalidades [ing. fatalities] num desastre ocorrido, anos atrás, no estádio do Liverpool.»

E ainda:

«... o salão serviu de sala de morte temporária» (formidável! afinal, ela não é definitiva…)

Quem ensina [a estas pessoas], de uma vez para sempre, que difere de: «sala temporária de morte» (de acolhimento dos cadáveres)?

2. /lazulí/ acentuada na última sílaba em vez do correcto lazúli, grave.

3. «armada… de navios»!

Eu explico aos neófitos: não há qualquer redundância, a especificação é indispensável, pois por aqui é vulgar encontrarmos army traduzido por armada.

4. "Plantaformas".

5. «"A luxuriosa" cabine do Capitão»: o [...] tradutor queria dizer apenas luxuosa. É o falar difícil: luxuriosa, que tem acepção muito diferente, é sempre escolhida, pois fica muito mais pirotécnica, para embasbacamento dos ignorantes.

6. /mediúcres/ por medíocres.

7. "Reino Médio", em vez do normal Império do Meio (China).

8. /Ormuze/ por Ormuz.

Agora, peço a Ciberdúvidas, um favor: insisti, junto dos teimosos exterminadores do verbo pôr, até a voz ficar rouca, que a mais das vezes não é substituível por colocar. Essa prestimosa gente dos meios de comunicação convenceu-se de que pôr constitui trabalho exclusivo das galinhas (e de outras aves).

E assim se vai ensinando o povo, por estas boas almas.

Manuel Monteiro Revisor Lisboa, Portugal 3K

"Nikita Cruchov", ou "Krutchov", ou "Krutchev"?

Obrigado.

António Ferreira Professor do ensino básico Faro, Portugal 4K

«Língua não materna», ou «língua não-materna»?

«O não cumprimento da planificação», ou «o não-cumprimento da planificação»?

Susana Augusta Henriques Professora Coimbra, Portugal 7K

O que é mais correcto: «o resultado das entrevista individuais», ou «os resultados das entrevistas individuais»?

João P. Farinha Barreiro, Portugal 15K

Qual é a melhor tradução possível para o galicismo faits-divers?

Obrigado.

Fernando Ferreira Emp. de escritório Leiria, Portugal 5K

Tengarrinha é um apelido que derivará de um nome de uma erva silvestre?

Se assim é, que tipo de erva é esta e quais as suas características?

João Manuel Maia Alves Reformado Cacém, Portugal 3K

Fernando Venâncio Peixoto da Fonseca escreveu que os brasileiros usam dígrafo com o significado de duas letras que representam um único fonema.

Não me parece que sejam só os brasileiros a dar a dígrafo esse significado. Se assim fosse, certamente a palavra não teria sido usada na Base I do Acordo Ortográfico.

Cristiana Silveira Estudante São Paulo, Brasil 25K

Em resposta apresentada no dia 07/04/2006, referente à pergunta «Gostaria de saber se, nas orações «o professor ministrou a aula lentamente» e «o juiz proferiu a sentença vagarosamente», os termos lentamente e vagarosamente são predicativos do sujeito», a atenciosa consultora ofereceu várias explicações, incluindo esta:

«[...] Os predicados podem ser:

predicado verbo-nominal – existem dois núcleos significativos: um verbo significativo e um predicativo do sujeito. («A Joana sorriu animada») [...]»

Minha dúvida reside no já exaustivamente abordado tópico do predicativo do sujeito. Após ler diversas considerações sobre o tema no sítio do Ciberdúvidas e em gramáticas normativas, concluí que o predicado verbo-nominal existe só quando há um predicativo do objeto (e, para isso, é necessário haver verbos como considerar, julgar, fazer, etc., que pedem complemento). Nos casos em que há predicativo do sujeito e verbo de ligação (ex.: «João é bonito»), o predicado é nominal. Já para os casos em que há um verbo significativo, seguido de um “qualificador” do sujeito, esse “qualificador” corresponde a um aposto, e o predicado é verbal (exs.: «Maria sorriu entusiasmada.» «Maria chegou atrasada.» «Maria olhou o mar, triste.»).

Minhas conclusões podem ser consideradas verdadeiras? Se houver equívoco(s), onde ele(s) está(ão)?

A afirmação da consultora parece destoar de minhas conclusões, visto que, para ela, a frase «A Joana sorriu animada» contém um predicado verbo-nominal e, neste, um predicativo do sujeito («animada»). No entanto, em outras respostas, termos em posição semelhante foram tratados como aposto (ex.: «A rapariga sorriu entusiasmada»).

Outra questão: pode haver predicativo do sujeito sem que haja um sujeito explícito? No Brasil, circula uma conhecida canção que começa assim: «Era uma casa muito engraçada [...].» O sujeito é «uma casa», certo? Mas eu poderia dizer apenas «Era uma casa» ou «Era janeiro» ou «Era um bom homem» e considerar que haja (ou há?) somente predicativo do sujeito?

Quando penso que estou começando a entender o assunto, leio, leio e fico mais confusa. Por favor, ajudem-me. Muito obrigada!

Isabel Fernandes Professora Porto, Portugal 25K

As expressões futsal e futebol de salão designam a mesma realidade desportiva?

Sempre achei que sim, mas hoje em conversa com amigos um deles mencionou que não se tratava do mesmo desporto.

Obrigada.

Fátima Silva Estudante Vila Real, Portugal 9K

Tenho algumas dúvidas relativamente à análise destas duas frases no que respeita à voz passiva.

1.ª — «Todos os movimentos são cuidadosamente calculados.»

Eu considero aqui que estamos na presença da voz passiva, resultante da construção verbo ser + particípio passado. Por favor, corrijam-me se estou errada.

Relativamente ao verbo ser, o seu estatuto aqui é de verbo semiauxiliar?

2.ª — «Deixou de haver bons cristãos e malvados palestinianos.»

O que devo considerar? Que se encontra na voz activa, dada a ausência de particípio passado?

No que refere à identificação do complemento directo, é aqui possível a aplicação do critério sintáctico da pronominalização? Parece que não soa muito bem dizer «Deixou de havê-los».

Muito grata pela atenção dispensada.