Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Fábio Vasco Estudante universitário e operador de call center Qta. do Conde, Sesimbra, Portugal 6K

Ouvi hoje de manhã na rádio um participante de um jogo, ao despedir-se, dizer: «Um beijinho muito grande...» Antítese ou algo do género, não!?

Liliana Moreira Docente Porto, Portugal 5K

Como se designa um conjunto de migalhas, ou migalhas já é um conjunto de...? Já li a associação entre migalheiro e mealheiro. Mas a minha dúvida deriva da palavra migalheiro. Já verifiquei que alguns dicionários remetem para o significado de «avarento» e «sovina». Haverá alguma relação entre migalheiro e migalhas... A palavra migalheiro deriva de que palavra primitiva?

Jaime Granalho Advogado Santarém, Portugal 5K

Por que razão Ansiães (toponímico: Carrazeda de Ansiães) e outros se escreve com um s, e anciães («velhos») se escreve com c?

Obrigado.

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil 15K

No Brasil, até há poucos anos, ouviam-se de pessoas, normalmente incultas e de origem rural, orações como estas: «Comprei as ferramentas por mode que preciso delas para o trabalho», «Você vai à feira por mode quê?», «Estou ajuntando dinheiro pro mode comprar uma mesa», «Pru mode de que a senhora quer falar com a minha filha»; «Aprumode que as moças estão fazendo um bolo.»

Como podeis observar, nelas aparecem as locuções «por mode», «pro mode», «pru mode», «aprumode». Sempre que as ouvia, já desde a minha infância, elas chamavam-me a atenção e deixavam-me encabulado, pois mal entendia o seu significado. Tempos depois, quando eu já era adulto, nunca pude descobrir a real origem das mesmas.

Tudo o que sei de fato a seu respeito é o seguinte: a) Que eram consideradas do dialeto caipira do Brasil falado por pessoas, em geral de pouca instrução, do campo ou de cidades do interior do país. b) O seu uso se dava em todo o território brasileiro. c) É possível que estas expressões ainda não tenham morrido de todo no Brasil hodierno. d) O significado delas, ao que parece, são por causa, por que razão (ou motivo), por que, para.

Quanto à origem dessas expressões, não encontrei nada de certo, porém, há pouco, descobri, pelo Diccionario da Real Academia Galega em linha, que em galego existe a locução «por mor de», a qual, segundo o mesmo, «Indica a causa, o motivo de que algo suceda». Pelas similitudes fonéticas e semânticas entre a locução galega e a primeira das expressões acima mencionadas («por mode»), comecei a imaginar que esta poderia ser uma derivação deturpada daquela, a qual teria passado ao português do Brasil através dos dialetos do Norte de Portugal. Então, «por mor de» teria virado, possivelmente aqui no Brasil mesmo, «por mode», sendo esta, por sua vez, também distorcida para «pro mode», «pru mode», «aprumode».

Em plena dúvida quanto ao assunto acima ventilado, recorro à luz refulgente deste sol de primeira grandeza chamado Ciberdúvidas.

Muito obrigado.

Walter Roberto Tradutor Loulé, Portugal 7K

Vejo e ouço repetidamente esta expressão «x quilómetros de distância» (e outras semelhantes, como «a poucos passos de distância» ou «sala com 24 m² de área») em todos os meios de comunicação. Gostaria de saber se estas redundâncias podem ser consideradas erros — não se diz 2 horas de tempo, por exemplo. A noção da grandeza em questão parece-me suficientemente implícita na unidade de medida, desde que não haja outras grandezas envolvidas (como numa relação altura-largura, por exemplo).

Obrigado.

Jone Paraschin Jr. Publicitário São Paulo, Brasil 5K

É correto usar a preposição a na expressão «facilidade de aprendizado a novas tecnologias»? No caso, a preposição a estaria no lugar da locução adverbial «em relação a».

Inês Cardoso Professora Ílhavo, Portugal 11K

O verbo arriscar, quando usado pronominalmente, rege a preposição a? Ou seja, podemos considerar correctas as seguintes construções:

— «arriscamos, pois, dizer que este entendimento é consensual»;

— «arriscamo-nos, pois, a dizer que este entendimento é consensual»?

Sendo arriscar(-se) transitivo, na primeira frase o complemento directo é «dizer»; já na segunda frase o complemento directo é o pronome pessoal, razão por que se entende, depois, a necessidade da preposição. Estarei a fazer o raciocínio correcto?

Regina A. Professora Aveiro, Portugal 3K

Gostaria de saber que tipo de texto é uma ementa? Instrucional, ou expositivo/informativo?

Obrigada.

Carla Janeiro Liberal Évora, Portugal 8K

Gostaria de saber o que significa a palavra pupia, que também aparece escrita como popia.

Trata-se da designação de um doce da região do Alentejo.

Muito obrigada.

Elisabete Moiteiro Professora Leiria, Portugal 5K

Gostaria de saber qual a tradução da frase: «échelas usted más blandas» (Cena II), da peça de teatro Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garrett.