Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Fernando Oliveira Brasil 2K

Os dicionários de português portugueses também poderão ser usados no ensino público do Brasil, em substituição dos brasileiros, pelos alunos que assim o desejarem?

Em Portugal, os alunos que optarem pelos dicionários de português brasileiros poderão, na escrita e nos exames escritos, usar os vocábulos conformes às ortografias e acentuações dos ditos dicionários? Isto é: patrimônio e não património, moleque e não rapaz, dilatar e não eliminar, etc.; ou alternar no decurso do texto ora uns ora outros, por exemplo: «Eu vi dois moleques. Mas o meu irmão afirma que viu três rapazes.» «Este fato ultrapassa-me, porque de facto não tenho a certeza», etc.

É o fim dos brasileirismos?

Os meus sinceros agradecimentos. 

Fábio Vasco Estudante universitário e operador de central de atendimento Sesimbra, Portugal 4K

Não concordo muito que se dê primazia à fonética em detrimento da etimologia, embora assuma naturais evoluções linguísticas e esteja disposto a compreender melhor o polémico "N.A.O." [Novo Acordo Ortográfico]... Ora, mais até do que todas as outras alterações inerentes à entrada em vigor do dito acordo, as que mais "confusão"/relutância/"receio" me causam e para as quais gostaria de obter, se possível, justificação (ou, pelo menos, reflexão conjunta) são:

— Supressão do acento circunflexo nas formas verbais crêem, dêem, lêem e vêem, etc.;

— Supressão do acento agudo na forma verbal pára, tornando-a indistinta da preposição para (!);

— Supressão do acento circunflexo em pêra e pêlo, por ex., tornando ambos os termos indiferenciados das preposições pera (ainda que arcaica) e pelo.

E qual a lógica de manter o acento circunflexo em pôde (do verbo poder) e pôr, distinguindo ambas as palavras da forma verbal pode e da preposição por e, ao mesmo tempo, avançar com a supressão do acento agudo de pára!?

E não será demasiado radical/precipitado alterar completamente a grafia (e consequente imagem mental) das palavras assumpção para assunção e peremptório para perentório!?

E porquê, por ex., a estranha grafia windsurfe, que mais parece um "cruzamento" forçado de português com inglês...? Sou apologista do anglicismo windsurf ou então tenta-se aportuguesar completamente o termo (ou, pelo menos, arranjar-lhe um equivalente), não?

Obrigado a todos e espero não ferir susceptibilidades e/ou ser mal interpretado, mas, acima de tudo, defendo a minha língua!...

Nuno Aragão Arquite{#c|}to Viseu, Portugal 6K

Estou a fazer uma tradução do inglês e debato-me com a expressão inglesa «a ten-thousandfold world system», uma expressão que pode ter leitura tanto do ponto de vista da diversidade como da dimensão. Tal como, creio, por ex., a palavra quádruplo, a qual tanto se pode referir a quatro nuanças de uma situação como a uma dimensão quatro vezes maior.

Procurei no dicionário (Houaiss) e vi que a palavra miríade significa: «número, grandeza, correspondente a dez mil».

Do mesmo modo que a quatro corresponde quádruplo, que palavra deve corresponder a dez mil? Lembrei-me de "miriadécuplo", mas tenho sérias dúvidas.

 Agradeço a resposta que me deram. Porém, a minha referência à expressão inglesa pretende apenas indicar o enquadramento. Na verdade, a minha questão é somente:

– se a quatro corresponde quádruplo, a cinco corresponde quíntuplo, a nove corresponde nónuplo, a noventa corresponde nongêntuplo, que termo corresponde a dez mil? Será miriadécuplo, já que uma miríade são dez mil?

Agradecido pela atenção.

Claudio Mangini {#Desenhador|Desenhista} industrial Harmonia, Brasil 6K

Como fica a questão das palavras com dupla ortografia aceitas hoje e que não estão previstas no acordo ortográfico?

Por exemplo: próton/prótão, aluguer/aluguel, louro/loiro, cabina/cabine, camioneta/caminhoneta, etc.

Seguindo o "espírito" do novo acordo, entendo que posso utilizá-las em qualquer de suas grafias. Estou enganado?

Anderson Pereira Oficial de justiça Colatina, Brasil 26K

Como fica o caso de palavras como "pronto-socorro" e "pronto-atendimento"?

Rosa Pinto Professora Praia, Portugal 28K

A palavra obrigado ou obrigada, quando usada como forma de agradecimento é considerada uma interjeição? E no caso de «muito obrigado(a)», é uma locução interjectiva?

Ana Amador Formadora Setúbal, Portugal 5K

Como se pronuncia Wikipédia? "Viquipédia", ou "Uiquipédia"?

Obrigada.

Carlos Vieira da Silva Tradutor Lisboa, Portugal 22K

Os meus cumprimentos pelo vosso excelente trabalho, cujos resultados aprecio diariamente e diariamente me são úteis.

A dúvida que gostava de ver esclarecida relaciona-se com a utilização frequente, e a meu ver errada, do termo continuidade em vez de continuação: «F. é a favor da continuidade do treinador»; «Não há condições para a continuidade de S. em funções». Em ambos os casos parece-me que o termo certo é continuação, devendo continuidade ser utilizado quando se pretenda falar da capacidade/qualidade de continuar: «Vai ser um trabalho na continuidade do anterior».

Será assim?

Os meus agradecimentos.

Pedro Marrachinho Estudante Portimão, Algarve, Portugal 6K

Eu gostava de saber o que é o asteísmo, na gramática portuguesa.

Obrigado.

Óscar Barroso Professor Mirandela, Portugal 10K

Estou a fazer uma acção de formação baseada na semântica e na pragmática, e surgiu a questão de qual seria a origem da palavra confusão. Gostava, se possível, de saber a origem da palavra e da sua formação.

Desde já o meu muito obrigado!