1. As aranhas vivem perto dos seres humanos, mas não são por estes estimadas ou apreciadas, antes pelo contrário. Por isso, não usamos normalmente as formas sintéticas do aumentativo e do diminutivo, dado que as formas sintéticas possuem, frequentemente, carga afectiva ou emocional. Pontualmente, poderemos ouvir aranhuço e aranhão como aumentativos de aranha.
De relevar que aranhão é, além de «aranha grande», «aguaí-vermelho (Chrysophylium maytenoides)» e «padrão ornamental da cerâmica portuguesa e holandesa que lembra vagamente um animal com diversas pernas e antenas espiraladas; us. em abas de pratos nos séculos XVII e XVIII e também em antigas faianças de farmácia» (Dicionário Houaiss).
Como diminutivo, existe aranhiço e aranhinha, mas com a particularidade de o segundo termo também ser um tipo de aracnídeo.
Para referirmos as dimensões das aranhas, usamos frequentemente formas analíticas: «aranhas enormes, pequenas, pequeninas», etc.
Usando material pirotécnico, os respectivos especialistas podem criar pequenos artefactos que produzem fogachos. Uma forma genérica para os leigos será foguetinho.
Em relação aos foguetes de grandes dimensões e longo alcance, usamos o vocábulo foguetão, que também é usado como unidade lexical autónoma, podendo significar, por exemplo, «veículo propulsionado pela impulsão obtida da reação da matéria ejetada, previamente armazenada no seu interior, que atinge grandes velocidades e é utilizado principalmente para transportar satélites artificiais e lançá-los em determinada órbita, para exploração do espaço cósmico, etc.; foguete espacial» (Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora).
2. A frase complexa «As paredes eram castanhas, não eram?» é composta por duas orações. A primeira oração, «as paredes eram castanhas», é afirmativa, e a segunda oração, «não eram», é negativa. Ambas se encontram incluídas num contexto interrogativo, como é evidenciado pelo ponto de interrogação. A segunda oração solicita ainda uma confirmação do interlocutor.