Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Olga Maria dos Santos Barbosa Professora 1CEB Porto, Portugal 1K

Leciono o 3.º ano de escolaridade e estou a trabalhar as funções sintáticas sujeito e predicado. No meu tempo de estudante, ensinavam-nos que o predicado é a ação que é praticada pelo sujeito. Mais tarde, em seminários de Gramática num curso de mestrado, fiquei com a ideia de que não é correto falarmos em "ação", pois nem todos os verbos pressupõe ação, mas um estado.

Consciente da importância desta primeira abordagem para jovens estudantes, a quem não quero transmitir informações erradas sob pena de comprometer as necessárias competências da disciplina de português, solicito e agradeço um parecer.

Como devo ensinar os meus meninos?

Eu costumo dizer: o sujeito é aquele acerca de quem estamos a falar, como se fosse a personagem principal da frase e o predicado é "aquilo que temos a dizer acerca do sujeito" ou a "que informação tenho acerca do sujeito", o que nem sempre há uma ação, como ocorre nas seguintes frases" A mãe é adulta" ou "A Ana está crescida!".

Grata pela atenção dispensada.

Joana Ferraz Oliveira Bancária Lisboa, Portugal 1K

O verbo coçar pode ser usado com o sentido de «fazer comichar», como no seguinte exemplo»?

«Urticária – caracterizada por placas avermelhadas com relevo na pele, que coçam muito.»

Obrigada.

José Saraiva Leão Estudante Foz do Iguaçu, Brasil 1K

Mecê é a forma reduzida de vossemecê?

Muito obrigado!

Maria Isabel Hoyo Professora Espanha 1K

É correto dizer «aceito sem qualquer problema»?

Ou deveriamos dizer «aceito sem nenhum problema»?

Luís Pereira Professor Coimbra, Portugal 3K

Gostaria de saber se um antecedente de um pronome relativo corresponde apenas ao nome ou a grupo nominal.

Por exemplo, na frase «Vi uma mulher linda e fotografei-a», o antecedente do pronome pessoal -a corresponde a «mulher» ou a «uma mulher linda»? Ou exclui-se o modificador?

Por exemplo, na frase «a corrupção é um vício intemporal que abrange diversos setores da sociedade», o antecedente do pronome relativo que corresponde a «vício» ou a «um vício intemporal»?

Temos de estabelecer uma diferença entre o pronome pessoal e o pronome relativo, em termos de abranger um nome ou um grupo nominal? Se sim, por que motivo?

Sei que, em muitos casos, o pronome substitui um grupo nominal. Entre colegas, que têm estas dúvidas, não há consenso e existem dúvidas.

O vosso contributo seria permitir-nos-ia obter mais segurança da identificação de antecedentes.

Ainda outra dúvida associada, é legitimo pedir uma expressão a que se refere um pronome, de modo a que um aluno dê a resposta correspondente a um grupo nominal em contexto de gramática, ou apenas em termos de interpretação textual. Por exemplo, «Uma pequena luz bruxuleante cintila e eu vejo-a», cujo pronome se refere à expressão «Uma pequena luz bruxuleante».

Sara Graça Estudante Lisboa, Portugal 1K

Seria possível esclarecerem-me qual o tipo de sintagma de lhe na frase «A Maria comprou-lhe o carro» (sendo inicialmente «A Maria comprou o carro ao João»)?

Luis Guimarães Jornalista Amadora, Portugal 2K

«Um forte sentir de»/ «Uma forte sensação de»/ «Uma sensação repentina»/ «Um sentir de infelicidade».

Apesar de muito em voga, está correta a substantivização verbal?

Obrigado.

Diogo Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 1K

Afinal escreve-se «Canal do Suez» ou «Canal de Suez»?

E quando dizemos apenas «Suez» referindo-nos ao canal, deve ser com ou sem artigo (Suez ou o Suez)?

Muito obrigado.

Tiago Almeida Desempregado Porto , Portugal 2K

Vi escrito na comunicação social a seguinte frase: «Os temas essenciais continuam de fora da mesa.» Pergunto-me se a preposição de não estará a mais e se aquela frase não se deva escrever antes: «Os temas essenciais continuam fora da mesa.» Qual destas duas é a frase correta?

Se possível, gostaria que me esclarecessem sobre este ponto.

Muito obrigado.

Maria de Fátima Oliveira Professora Mafra, Portugal 1K

Na frase «Ora, nesta noite, vamos acabar com o estado a que chegámos», a modalidade evidenciada será a deôntica (valor de obrigação) ou a epistémica (valor de certeza)?

A minha dúvida prende-se com o facto de não haver utilização do modo imperativo ou de um verbo modalizante, como dever, para ser considerada deôntica. Contudo, a frase parece implicar uma intenção de exortar à ação.

Agradeço, desde já, a vossa ajuda no esclarecimento desta dúvida.