Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: artigo
Ícaro Gaspar Aguiar Estudante Bahia, Vitória da Conquista, Brasil 557

Pode-se omitir o artigo definido do pronome possessivo, já que, a exemplo, «a minha» e «minha» não diferem em sentido.

Também, há um tipo de elipse que ocorre via pronome possessivo, como na frase «Peguei minha mochila, pegue a sua também» está omitido o termo mochila após «a sua».

Contudo, vem-me à mente às vezes se está correto a omissão do artigo definido do pronome possessivo enquanto há esse tipo de elipse.

Alguns exemplos:

• «Peguei minha mochila, pegue a sua também.» → "Peguei minha mochila, pegue sua também";

• «O folheto dos outros foi entregue, mas o nosso não.» → “O folheto dos outros foi entregue, mas nosso não".

Agradeço a ajuda.

Terrence Fraser-Bradshaw Educador Almendralejo, Espanha 548

«Ricardim gosta da música popular» ou «Ricardim gosta de música popular»?

Qual destas frases fica correctamente escrita desde a perspectiva puramente gramatical? Eu optei pela primeira, já que é uma música específica, ou seja, que Ricardim gosta da música popular.

Grato pelas doutas respostas.

María Fernández Estudante Madrid, Espanha 572

Gostaria de saber se é correto o uso do artigo após os verbos referidos.

Por exemplo: «adoro desportos» ou «adoro os desportos»? «Gosto de filmes de terror» ou «gosto dos filmes de terror»? «Odeio pessoas arrogantes» ou «odeio as pessoas arrogantes»?

Já vi das duas formas e não sei qual seria o correto, ou se há contextos em que usamos o artigo e outros em que não. Nesse caso, gostaria de conhecê-los.

Muito obrigada pela ajuda.

Enrique Sánchez Professor Sevilha, Espanha 1K

Lendo alguns artigos e blogues de viagens, deparei com o topónimo Dubai acompanhado de artigo definido «o Dubai».

Quando é referida apenas a cidade, e não o emirado, deveremos escrever Dubai acompanhado do artigo definido o?

Obrigado!

Nadia Del Corto Engenheira Itália 1K

Gostaria de saber por que fazemos a contração da preposição de com o artigo definido a na expressão «coelho da Páscoa», mas não a fazemos na expressão «domingo de Páscoa».

Nelson Brás Tradutor Figueira da Foz, Portugal 1K

Antes de mais, muito obrigado por tantos esclarecimentos que já me deram e parabéns pelo excelente serviço que prestam à língua portuguesa através do vosso portal!

No meu trabalho, é frequente encontrar a expressão “sign in” (por exemplo, “Please sign in to procceed”. Na maioria das vezes, traduzo “sign in” como “inicie sessão”, por economia de espaço, uma vez que as traduções se destinam, maioritariamente, a botões e pequenos campos de texto de aplicações informáticas. Entretanto, em certas ocasiões (quando o espaço e o contexto assim o justificam), também utilizo “inicie uma sessão” (por exemplo, “Para prosseguir, inicie uma sessão na aplicação”).

Acontece que, sempre que opto por esta última fórmula (uma sessão), o revisor de uma das muitas agências para as quais trabalho insiste em classificá-la como “erro de estrutura gramatical”, justificando que “Quando alguém inicia sessão numa conta específica, o que é o caso, essa pessoa não está a iniciar sessão numa conta indefinida”.

Confesso que tenho alguma dificuldade em entender a lógica do revisor, porque “uma” não se refere à conta, mas sim à sessão, pelo que não vislumbro como é que pode fazer com que a conta seja definida ou indefinida. Sempre encarei a escolha entre as duas fórmulas (com e sem “uma”) como opcional (“vou comer bife”/“vou comer um bife”; “vou abrir conta no banco X/”vou abrir uma conta no banco X”), consoante o autor do texto pretenda ser mais ou menos específico.

Estarei errado?

Grato pela atenção.

Patrícia Sanches Desempregada Faro, Portugal 1K

Gostaria de saber se existe alguma diferença de interpretação entre estas duas frases:

«A Vanessa é irmã da Filipa.»

«A Vanessa é a irmã da Filipa.»

Colocando a segunda frase em diversos contextos, parece-me que a usaria em situações de enfâse ou de explicação. Enquanto a primeira, usaria para falar de uma característica da Vanessa.

Está correta essa interpretação?

Agradeço a atenção dispensada.

Helena Topa Tradutora Porto, Portugal 1K

Gostaria de saber o que poderá justificar dizer-se «Prémio Nobel de Literatura».

Vejo frequentemente escrito em capas de livros e em vários textos (artigos de jornal, etc.). Utiliza-se a contração da preposição de +artigo a, para todos os outros Prémios («da Física», «da Economia», «da Medicina», «da Paz», «da Química»). Porquê, então, «de Literatura»?

Que, aliás, não é uma utilização constante, há quem diga e escreva «da Literatura».

Qual a forma correta?

Obrigada.

Paula Xavier Professora Figueira da Foz, Portugal 1K

Em «com animais que falam e têm sentimentos e comportamentos como os dos humanos», os é um pronome pessoal ou demonstrativo?

João Martins Professor Portugal 1K

Comprei recentemente a edição fac-similada do famoso Cozinheiro dos Cozinheiros de Plantier. É um livro extraordinário, no sentido gastronómico do termo. Mas também achei muito interessante as diferenças na grafia do português, desde o final do século XIX, e algumas palavras agora muito raras (trocazes, láparo, lebracho, tencas, etc.).

Mas a minha pergunta concreta tem a ver simplesmente com a palavra às (contr. de prep e artigo) que nesse livro surge sempre como "ás."

A minha pergunta é quando tal mudança teve lugar na ortografia portuguesa e porquê.

Muito obrigado.