Em meu trabalho ouvi um comentário com uma palavra que estranhei: "orientativo". No contexto, achei que orientador era o mais adequado.
Fiquei curiosa e procurei por essa palavra em diversos dicionários, a começar na academia de letras brasileira e de Lisboa, tampouco encontrei. Todavia, deparei-me no Google com diversos documentos oficiais que utilizam esse termo.
Existe? Está correto?
Obrigada pelo auxílio.
Qual a diferença entre «cooperação amigável» e «cooperação amistosa»?
Muito obrigado.
Qual é o mais correto nos seguintes exemplos?
a) trajado com um fato avermelhado.
b) trajado de um fato avermelhado.
A minha dúvida prende-se com a escrita correta da palavra "músculo-invasivo", tendo em consideração o novo acordo ortográfico.
Já pesquisei em várias fontes e a forma mais consensual parece-me ser "músculo-invasivo", contudo, com o novo acordo, não deveria ficar "musculoinvasivo"? Ou "músculoinvasivo"? (se bem que esta última me parece menos provável).
Agradecia muito esclarecimento da parte de alguém que, de facto, consiga identificar a grafia correta desta palavra.
Qual é a forma correta de escrever: "artrite psoriásica", "artrite psoríaca" ou "artrite psoriática"?
As três formas são encontradas em diferentes textos, mas em nenhum lugar se fala sobre a origem do termo ou qual a forma adequada de escrevê-lo.
No site dos medicamentos de Alto Custo, utiliza-se o termo "psoríaca".
Em sites de sociedades médicas, os termos psoriásica e psoriática são preferidos.
Todas as formas estão corretas?
Tenho uma questão quanto à qual a gramática tradicional é um tanto quanto esquiva, então gostaria de seus pareceres.
Se trata de campo semântico de adjetivos em sintagmas nominais com mais de um substantivo.
Considerando-se que a GT [gramática tradicional] diz que um único adjetivo caracteriza mais de um substantivo (pelo menos enquanto o sentido do adjetivo os cobrir) e que isso ocorre conforme a disposição de termos no sintagma — inclusive em todos os casos de concordância atrativa — (o que é minha maior dúvida se de fato o é), me interesso em saber como contornar interpretações equívocas nestes casos, mormente casos em que a concordância atrativa é obrigatória, por ex., quando adjetivo(s) anteposto(s) (funcionando de adjunto adnominal) aos nomes:
«Comprei manuais e gramáticas velhos/velhas.»
(penso que caracterize ambos independentemente da ausência de determinantes e da concordância estabelecida, tanto é que se objetivasse a caracterização de somente um nome contornaria assim:
«Comprei manuais velhos e gramáticas.» / «Comprei gramáticas velhas e manuais.»
Nestes casos, a concordância se faz obrigatoriamente com o mais próximo, pois logicamente só há o mais próximo para concordar. Por conseguinte, quanto a isso também gostaria de saber que acham.)
«Comprei velhos manuais e gramáticas.»
(nota-se que o sentido do enunciado, provocado pelo deslocamento do adjetivo, mudou.
Aqui começa a complicar em meu entender, pois o adjetivo pode, conforme sua carga semântica, caracterizar ambos. E fico em dúvida se efetivamente ocorre, a ausência de determinantes teria alguma implicação diferente na interpretação? Suponho que não...
«Comprei os manuais e as velhas gramáticas.»
(Por mais que a concordância seja atrativa, não por intuição possibilidade de caracterização semântica de ambos.)
Para não ir à exaustão com exemplos, para com casos de adjuntos adnominais, paro por aqui.
Ao predicativo do objeto agora:
Minha questão com este é mais sobre como contornar a interpretação de que ambos os substantivos são modificados. Para tal recorrendo a pontuação, penso conseguir fazê-lo. No entanto, como estou estudando pontuação ainda (sou um exímio "pontuador"); não sei se satisfaço plenamente a questão, portanto a vocês recorro.
«Comprei velhas as gramáticas; e os manuais» (não necessariamente velhos).
(E as gramáticas enquanto velhas, não necessariamente estão velhas no momento da enunciação.)
Aguardo suas reflexões ansiosamente. Obrigado pela atenção.
O melhor dicionário português (Houaiss) data a palavra lusitano de 1572. A primeira utilização registada dessa palavra seria então no verso «Que da ocidental praia lusitana» na obra de Luís Vaz de Camões, publicada em 1572. Esta datação parece-me, no entanto, inverosímil; e a palavra é certamente muito mais antiga que 1572.
Em 1587, na segunda edição das Chronicles of England, Scotland, and Ireland de Raphael Holinshed surgem o adjetivo Lusitan («the Lusitan ships») e o substantivo Lusitan («to recouer so much of the Lusitans»). [...] A segunda edição das Chronicles não surge muito depois dos Lusíadas, e é improvável que uma palavra erudita criada em 1572 em Portugal surgisse como adjetivo e substantivo numa publicação inglesa pouco tempo depois.[..]
Eu partia do princípio que a palavra lusitano tinha surgido na língua portuguesa ainda que não pelo pena de Luís Vaz, e que daí migrara para outras línguas incluindo Lusitan e depois Lusitanian em inglês, lusitains e depois lusitanien em francês, e noutras línguas.
Mas será necessariamente assim? Será possível que a dita palavra tenha surgido de forma erudita noutra língua europeia e migrado para a língua portuguesa? Que opinam?
Obrigado-
Encontrei a "palavra" zerésimo (em português), zeroth (em inglês) e cerésimo (em espanhol) em diversos dicionários, sejam físicos, sejam digitais... e, em tese, seria o numeral ordinal anterior ao primeiro!
Pois muito bem, é legítimo usar o termo zerésimo?
Por exemplo, na seguinte situação: alguém que não tem netos, até o momento, está em seu "zerésimo" neto (por exemplo)!
Existe o termo? É neologismo? É algo comum de se utilizar?
Por favor, muitíssimo obrigado e um grande abraço!
Na canção "Nasci Maria" de Cláudia Pascoal existe um verso que diz: «Até quero ser ressolha.»
A minha pergunta é: qual é o significado de «ser ressolha»?
Gostaria de vos perguntar se me podem responder à seguinte questão: sucedâneo é sinónimo de substituto? Ou quer dizer «que sucede, vem depois»?
Muito obrigada.
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