Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
Célia Aparecida da Silva Revisora São Paulo, Brasil 17K

Olá! Por gentileza, na frase «Despertar e incentivar a criança para o novo idioma», está correta a regência com a preposição para, já que os verbos possuem regências diferentes?

Muito obrigada pela atenção.

Sousa Ribeiro Advogado Porto, Portugal 8K

Em primeiro lugar, os meus cumprimentos e parabéns pelo site e serviço de esclarecimento público e pedagógico tão utilmente prestado.

A minha dúvida, na senda da mais correcta expressão oral das palavras, é perceber como proferir oralmente a forma verbal dos verbos da 1.ª conjugação na 1.ª pessoa do plural nos tempos verbais pretérito perfeito e presente, ambos do modo indicativo. Distinguem-se, quer pelo seu contexto, quer, quando na forma escrita, pelo acento (obrigatoriedade que julgo desaparecer com o famigerado acordo ortográfico).

E foneticamente? Não são ambas as formas verbais palavras graves, com acentuação na penúltima sílaba? Como portuense, confesso que tenho manifesta dificuldade em imitar as pronúncias mais sulistas, que alternam o a aberto com o a fechado, conforme seja o tempo pretérito ou presente. Pergunto: qual a forma mais correcta de pronúncia? Está errada a não distinção fonética/sonora feita no Norte, no que tange à pronúncia dos dois tempos verbais?

Antecipadamente grato pela vossa resposta, deixo os meus votos de sucesso para este sítio virtual e para os seus colaboradores.

Thais Souza dos Santos Estudante Salvador, Brasil 95K

Quanto à regência do verbo acessar, ele é objeto direto, ou indireto? Por exemplo: a frase «Acesse o site» está correta?

Ana Moreira Professora Coimbra, Portugal 6K

A palavra renascerei é derivada por prefixação, ou considera-se o sufixo da desinência verbal e é derivada por prefixação e sufixação?

Ney de Castro Mesquita Sobrinho Vendedor Campo Grande, Brasil 24K

As expressões «dar-se o trabalho»/«dar-se ao trabalho», «dar-se o luxo»/«dar-se ao luxo», «dar-se o respeito»/«dar-se ao respeito» e outras análogas parecem ter o mesmo significado no português do Brasil, sendo, portanto, absolutamente equivalentes. A alternância parece ser apenas uma questão de estilo.

Exemplificando com as duas orações seguintes: «Joana deu-se o trabalho de arrumar a mesa para o almoço» e «Joana deu-se ao trabalho de arrumar a mesa para o almoço», podemos concluir que, na primeira, Joana deu a si o trabalho de arrumar a mesa para o almoço, arrumando-a. Na segunda, Joana entregou-se (deu-se) ao trabalhado de arrumar a mesa para o almoço, arrumando-a. Realmente, duas maneiras diferentes de se dizer a mesmíssima coisa.

Segundo a ilustre e erudita consultora Dona Eva Arim, do Ciberdúvidas, em resposta de 9 de outubro de 2006, a um meu patrício, «dar-se ao» tem no português europeu o sentido de «aceitar a realização de uma tarefa considerada fora do âmbito das suas atribuições por imperativos de rigor, qualidade...», ora, no português brasileiro, este sentido a mesma locução não dá à oração onde aparece. Somente significa que alguém se deu ou se entregou ou se dedicou a algo, sendo este algo da sua atribuição ou não. Tudo conforme o que está exposto no parágrafo anterior.

Como ficou claro, «dar-se ao» também é do português do Brasil e não somente do de Portugal, como afirmou a consultora supramencionada em sua resposta, aliás, entre nós, brasileiros, usa-se cada vez mais apenas «dar-se ao»; «dar-se o» está desaparecendo.

Feitos estes esclarecimentos, gostaria de indagar se a locução «dar-se a», embora semanticamente equivalente a «dar-se ao», não seria a mais antiga e a mais correta na nossa língua, como li em alguns textos sobre o assunto. Esta parece ser, há séculos, a forma tradicional abonada pelos gramáticos e dicionaristas e usada pelos bons escritores do nosso idioma. «Dar-se ao» já seria uma inovação, algo bem mais recente, sem tradição em nossa língua; apesar de tudo não faltam gramáticos e dicionaristas modernos que consideram as duas corretas, abonando, portanto, a segunda forma, mas estas autoridades do português modernas vão abonando tudo a torto e a direito. Aceitam tudo.

A luz refulgente do mais brilhante e iluminador sítio da Web, por favor.

Muito obrigado.

Miguel Soares Estudante Viana do Castelo, Portugal 8K

Gostaria que me esclarecessem a seguinte dúvida:

«Ora certa noite, e já depois de se ter deitado, a mãe lembrou-se de que se calhar não tinha deixado o lume bem acondicionado para não pegar fogo.(...) Eis senão quando, ao passar ao quarto do filho, viu por debaixo da porta uma risca de luz. (...) A mãe nem queria acreditar.»

A Estrela, de Vergílio Ferreira

Neste contexto, a forma verbal passar é um infinitivo pessoal, ou impessoal?

Passar refere-se à mãe (sujeito), contudo também podemos considerar «ao passar ao quarto do filho (...)» como um grupo móvel, o que me leva a pensar que, assim sendo, se trata de um infinitivo impessoal.

Grato pela vossa colaboração.

Ana Paula de Oliveira Estudante Aracaju, Brasil 12K

Foi solicitado numa prova de vestibular que o candidato assinalasse uma oração sem sujeito. Dentre os itens, a resposta dada pela instituição como correta foi: «Aqui não me cheira bem.» Essa resposta se dá exclusivamente pela sintaxe dos termos aqui, não e bem como adjuntos adverbiais, ou há algo relacionado ao verbo cheirar? Pois, se formulasse «Algo não me cheira bem», o sujeito é algo, certo? O verbo é transitivo indireto? Acabei me confundindo, não sei se a questão é bem simples e eu me perdi lendo muitas teorias... Por favor, responda-me.

Obrigada!

Maria Ferreira Estudante Lisboa, Portugal 16K

O que significa a expressão «Tu és tramada!»?

Joaquim Meirelles Engenheiro Porto, Portugal 8K

Qual o processo de formação do verbo encantar?

Maria Miguel Pires Mediadora imobiliária Porto, Portugal 13K

Ultimamente tenho ouvido muito a expressão «ligar com ele», em vez de «ligar-lhe». Penso não estar correcto. Agradecia-lhes que comentassem.

Obrigada.