Qual a frase correta: «Dois terços da população votou» ou «dois terços da população votaram»?
Obrigada.
Poderiam confirmar-me a evolução fonética de dous>dois? Houve alguma epêntese do i? É apenas um processo de regularização da escrita? É esta a minha dúvida.
Obrigado pelo vosso trabalho.
Na frase «Até meados dos anos 1980, mais de metade de todas as mulheres casadas se uniu à força de trabalho», está correto dizer «mais DE metade»?
O certo não seria «mais DA metade»?
Gostaria de saber quais são os motivos para colocar palavra mais antes do elemento ao que acompanha ou ao final da frase. Por exemplo: «escrevi mais um livro», mas «não havia muitas pessoas mais».
Li uma resposta similar, mas continuo sem entender a razão.
Muitíssimo obrigada.
Está correta a frase «A única coisa que precisamos de saber é quanta compreensão e respeito eles têm pelo caminho um do outro», ou necessitamos de colocar «A única coisa que precisamos de saber é quanta compreensão e quanto respeito eles têm pelo caminho um do outro»?
Muito obrigada.
Na frase «Na nossa escola, há muitas árvores», a palavra muitas pertence a que classe/subclasse de palavras? Diria quantificador existencial, no entanto, esta designação já não consta do Programa e Metas Curriculares de Português – Ensino Básico e Secundário. Qual a classificação atual e correta [em Portugal]?
Muito obrigada pela ajuda.
Gostaria de saber se se deve escrever por extenso, numa ata, o número de um artigo respeitante a uma lei.
Obrigada.
Pode dizer-se «duzentos cinquenta», «quinhentos cinquenta», etc., ou tem de dizer-se «duzentos e cinquenta», «quinhentos e cinquenta», etc.? Há alguma regra que explique a presença do «e» em «vinte e quatro» e a sua ausência em «vinte cinco»?
Em 2008, [foi] dada uma resposta relativamente [ao tema de] todo. Depois de ler esta resposta, continuo com dúvidas relativamente a esta questão.
Quando os determinantes significam «inteiro», em frases como «comi o frango todo» ou «comi todo o frango», a segunda opção não me soa tão bem como a primeira. Não sei se existe algum motivo para isso, mas reconheço que pode ser apenas uma questão pessoal, de uso. Porém, quando o quantificador significa «qualquer» ou «cada» (ainda que, por vezes, me custe reconhecer em algumas frases este significado), nem sempre é possível intercambiar o lugar de todo/a.
Em frases como:
1. “procurei-o por todo o lado” vs. *”procurei-o pelo lado todo” (O significado é «qualquer» ou «inteiro»?)
2. “procurei-o por toda a parte” vs. *“procurei-o pela parte toda” (O significado é «qualquer» ou «inteiro»?)
3. “todo o bebé chora” vs. “o bebé todo chora” (no segundo caso, acho que se trata de um uso adverbial, tal como em “ficou todo zangado” e não significa o mesmo).
4. “todo o médico tem a sua maneira de lidar com os doentes” vs. *o médico todo tem a sua maneira de lidar com os doentes”.
5. “toda a gente chora” vs. “a gente toda chora” (no segundo caso trata-se de um uso adverbial?)
A minha dúvida relativamente ao significado deste quantificador, particularmente quando se indica que tem a aceção de «cada» e «qualquer», também está relacionada com os exemplos dados na resposta do Ciberdúvidas em 2008. Todos os exemplos estão [no] plural. Acho que quando se usa todos/as + artigo + substantivo estamos a falar da totalidade numérica de um dado conjunto (dos elementos desse conjunto). Porém, quando se usa todo/a + artigo + substantivo o significado é de «inteiro».
Relativamente às frases 1 e 2, reconheço que os substantivos lado e parte, ao serem polissémicos, possam ocasionar estas impossibilidades. Tanto assim, que se se usar [no] plural, a expressão apresenta outro significado: «por todos os lados» em frases como «uma ilha é uma porção de terra rodeada pelo mar por todos os lados». A sensação que tenho é que o uso dos quantificadores todo/a ([no] singular), com o significado de «qualquer» ou «cada» não é tão comum na variedade de português europeu e apresenta algumas restrições na posição de todo/a.
Gostaria por favor que me esclarecessem sobre estas questões. Desde já agradeço a vossa atenção e muito obrigada pelo vosso trabalho.
Como devo escrever? «Metade dos inquiridos não concordou com a medida», ou «Metade dos inquiridos não concordaram com a medida»? «Um terço desses peritos não sabe do que fala» ou «Um terço desses peritos não sabem do que falam»? «Uma grande percentagem de portugueses fala inglês», ou «Uma grande percentagem de portugueses falam inglês»?
Muito grato.
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