Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: substantivo
João Paulo Fernandes Lopes Arquivista Vila Nova de Gaia, Portugal 251

Em Trás-os-Montes, pelo menos no concelho de Vinhais, utiliza-se o termo "moco" (com o fechado) na expressão «em môco» que designa um pássaro recém-nascido, ainda sem penas e apenas com uma ténue penugem. Não encontro essa expressão nem o termo "moco" em dicionários de regionalismos, nomeadamente:

– Mirandelês / Jorge Golias, Jorge Lage, João Rocha, Hélder Rodrigues. – Mirandela : Câmara Municipal de Mirandela, 2010. ISBN 978-972-9021-12-1; -

– Dicionário dos Falares de Trás-os-Montes / Vítor Fernando Barros. – Porto: Campo das Letras, 2002. ISBN 972-610-580-3

Colocada a questão numa ferramenta de inteligência artificial, obtive a informação genérica seguinte:

«O termo “moco” parece derivar do latim mucus, possivelmente relacionado ao estado frágil e vulnerável dos filhotes de pássaros, que ainda estão sem penas e cobertos apenas por uma leve penugem.»

Gostaria de, se possível, obter a informação sobre a existência registada do termo ou expressão, qual a sua origem etimológica e qual o seu uso e emprego em Portugal, em resposta fundamentada por um dos vossos habilitados autores.

Muito obrigado.

Cristina Ramiro Tradutor Alcalá De Henares, Espanha 244

Se eu tiver um software que eu chamei "Prox", teria de me referir a ele como "O Prox" ou "A Prox", se eu decidir não fazer menção à palavra software na oração?

Se pudesse ter uma explicação sobre o assunto seria ótimo!

Obrigada

Grace Montenegro Enfermeira Porto, Portugal 320

É cada vez mais frequente ouvir a palavra litrada na hotelaria.

Nesse sentido, tentei consultar o seu significado em diversos dicionários sem obter qualquer resultado.

Ainda ontem, na minha hora de lazer, fui com umas colegas de trabalho a tomar café e ouvi uma conversa que sobressaía do tumulto. De forma bastante clara, um cliente dizia: «traga-nos uma valente litrada de cerveja, por favor».

A minha dúvida é se existe e ainda não foi incluída nos dicionários, ou se é apenas um termo usado na região do Porto.

Se existir, pode ser incluída em textos literários?

Obrigada!

Ana Paula Mendes Cardoso Professora Almada, Portugal 363

É possível considerar a presença de deítico pessoal na frase «Atualmente, os alunos estudam bastante», mesmo estando a forma verbal na 3.ª pessoa?

Obrigada.

Diana Esteves Estudante Braga, Portugal 342

A dúvida que tenho diz respeito ao grau.

É discutível que a formação do grau seja um processo flexional?

A flexão é sistemática e obrigatório, contudo não se nota isto no que diz respeito ao grau. Não sei se estou a complicar um pouco, mas gostaria de esclarecer esta dúvida.

Obrigada

Cátia Carvalho Gestora de marketing Lisboa, Portugal 716

Deparo-me que a palavra "súper" começa a aparecer com acento, mas que em algumas ocasiões não tem. Qual é a regra?

Sozinha, a palavra tem sempre acento?

Há alguma ocasião em que não tenha?

Quando aparece em palavra composta, nunca tem acento?

Gostaria da vossa ajuda, por favor. Obrigada

Francisco Michel da Silva Rodrigues Professor de Língua Portuguesa Guamaré (RN), Brasil 592

Em aulas de gramática, especialmente de morfologia, costuma-se explicar o processo de substantivação principalmente com o uso de artigos (definidos ou indefinidos). No entanto, considerando que os substantivos podem ser determinados por outras classes de palavras nominais, como pronomes, adjetivos e numerais, seria correto dizer que esse processo também pode ocorrer por meio deles?

Por exemplo, em uma frase como «Naquele momento, Maria lançou estonteante olhar ao seu amado, o qual, também a fitava apaixonado», o substantivo olhar é determinado pelo adjetivo estonteante

Isso leva a uma nova questão: estaria esse adjetivo funcionando como um simples determinante do substantivo ou como uma espécie de determinante substantivador? Ou, neste caso, ambas as classificações se aplicariam igualmente?

Em síntese, ainda que essa questão mostre-se elementar, ela tem me inquietado.

Desde já, agradeço qualquer esclarecimento.

Marta Amaral Estudante universitária Portugal 329

Confirmei no Dicionário Prático de Regência Nominal de Celso Pedro Luft que se escreve, tal como se ouve habitualmente, «sou licenciada em x PELA Universidade y» e «sou doutora(/doutorada) em x PELA Universidade y».

Pergunto, primeiro, se o mesmo se aplica – como seria de esperar – à designação mestre: é-se mestre em x POR [instituição de ensino y] (o dicionário referido é omisso neste ponto)?

Pergunto, depois, se é possível explicar gramaticalmente esta construção, que não é óbvia para mim.

Na frase «Sou licenciada pela Universidade y», «pela Universidade y» desempenharia, se compreendo bem, a função sintática de complemento agente da passiva – é a instituição de ensino que "licencia", i.e. que confere o grau académico de licenciado ao estudante. Não sei se este raciocínio está correto, e não consigo aplicá-lo aos outros casos: em «sou mestre pela Universidade y» e em «sou doutor pela Universidade y», o mesmo constituinte («pela Universidade y») não pode desempenhar a função sintática referida, parece-me. Conseguiriam explicar esta construção?

Obrigada pelo vosso precioso trabalho.

Rui Cuco Professor Vila Viçosa , Portugal 468

"Míni" é como habitualmente nos referimos [em Portugal] a uma cerveja pequena, de 15ml a 25ml. Como devemos formar o plural no exemplo abaixo?

«Dê-me duas míni, por favor!»

Ou «Dê-me duas mínis, por favor!»

Obrigado

Filomena Marques Docente Vila Real , Portugal 487

Nação – devo considerar nome comum ou coletivo?